domingo, 10 de setembro de 2017

Cruz Vermelha lança apoio financeiro para ajuda humanitária


O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) lançou nesta sexta-feira um modelo de financiamento de assistência a países em conflito, com a apresentação do primeiro produto financeiro que será remunerado em função da eficácia da ajuda aportada.
"Esse mecanismo de financiamento inovador foi criado para encorajar o setor privado a apoiar os programas de saúde do CICV mediante investimentos sociais", explicou a organização com sede em Genebra.
"São principalmente a multiplicação dos conflitos e o aumento do seu orçamento anual que levaram o CICV a imaginar esse modelo inovador", acrescentou em um comunicado.
O programa começa a dar seus primeiros passos.
Os fundos criados por investidores - 27,5 milhões de dólares - vão servir para construir e fazer funcionar, durante cinco anos, três novos centros de readaptação física em Nigéria, Mali e República Democrática do Congo, que vão atender milhares de pessoas.
O programa também vai cobrir os custos de formação de pessoal, que foram contratados recentemente.
Ao fim do quinto ano, os financiadores finais (Bélgica, Suíça, Itália, Reino Unido e a Fundação La Caixa) vão entregar os fundos ao CICV em função dos resultados obtidos.
Eles vão servir para reembolsar os investidores parcialmente, completamente ou com juros, dependendo do "grau de eficácia alcançado pelos novos centros do CICV", indicou o comunicado.
Essa "eficácia" vai ser medida com base do número de pessoas que tiverem recebido ajuda para a mobilidade de profissionais de readaptação física, e será comparado com a dos centros já estabelecidos.
Se os resultados dos novos centros não alcançarem o valor de referência, o investidor social vai perder um certo percentual de seu investimento inicial. Se, ao contrário, o valor de referência foi superado, ele vai receber o montante de seu investimento inicial mais juros anuais.

AFP

  O livro com a peça teatral Irena Sendler, minha Irena:


A história registra as ações de um grande herói, o espião e membro do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, Oskar Schindler, que salvou cerca de 1.200 judeus durante o genocídio perpetrado pelos nazistas. O industrial alemão empregava os judeus em suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas na Polónia e na, então, Tchecoslováquia.   

Irena Sendler, utilizando-se, tão somente, de sua posição profissional – assistente social do Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia – e se valendo de muita coragem, criatividade e altruísmo, conseguiu salvar mais de 2.500 crianças judias.

"O Anjo do Gueto de Varsóvia", como ficou conhecida Irena Sendlerowa, conseguiu salvar milhares de vidas ao convencer famílias cristãs polonesas a esconder, abrigando em seus lares, os pequeninos cujo pecado capital – sob a ótica do führer – consistia em serem filhos de pais judeus.

Período: 2ª Guerra Mundial, Polônia ocupada pela Alemanha nazista. A ideologia de extrema-direita que sistematizou o racismo científico e levou o antissemitismo ao extremo com a Solução Final, implementava a eliminação dos judeus do continente europeu.

A guerra desencadeada pelos nazistas – a maior deflagração do planeta – mobilizou 100 milhões de militares, provocando a maior carnificina já experimentada pela humanidade, entre 50 e 70 milhões de mortes, incluindo a barbárie absoluta, o Holocausto, o genocídio, o assassinato em massa de 6 milhões de judeus.

Este é o contexto que inspirou o autor a escrever a peça teatral “Irena Sendler, minha Irena”.

Para dar sustentação à trama dramática, Antônio Carlos mergulhou fundo na pesquisa histórica, promovendo a vasta investigação que conferiu à peça um realismo que inquieta, suscitando reflexões sobre as razões que levam o homem a entranhar tão exageradamente no infesto, no sinistro, no maléfico. Por outro lado, como se desanuviando o anverso da mesma moeda, destaca personagens da vida real como Irena Sendler, seres que, mesmo diante das adversidades, da brutalidade mais atroz, invariavelmente optam pelo altruísmo, pela caridade, pela luz.

É quando o autor interage a realidade à ficção que desponta o rico e insólito universo com personagens intensos – de complexa construção psicológica - maquinações ardilosas, intrigas e conspirações maquiavélicas, complôs e subterfúgios delineados para brindar o leitor – não com a catarse, o êxtase, o enlevo – e sim com a reflexão crítica e a oxigenação do pensamento.
Dividida em oito atos, a peça traz à tona o processo de desumanização construído pelas diferentes correntes políticas. Sob o regime nazista, Irena Sandler foi presa e torturada – só não executada porque conseguiu fugir. O término da guerra, em 1945, que deveria levar à liberdade, lancinou o “Anjo do Gueto” com novas violências, novas intolerâncias, novas repressões. Um novo autoritarismo dominava a Polônia e o leste Europeu. Tão obscuro e cruel quanto o de Hitler, Heydrich, Goebbels, Hess e Menguele, surgia o sistema que prometia a sociedade igualitária, sem classes sociais, assentada na propriedade comum dos meios de produção. Como a fascista, a ditadura comunista, também, planejava erigir o novo homem, o novo mundo. Além de continuar perseguindo Irena, apagou-a dos livros e da historiografia oficial, situação que só cessaria com o debacle do império vermelho e a ascensão da democracia, na Polônia, em 1989.


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