terça-feira, 30 de junho de 2020

BRASIL - A balbúrdia na educação


Dividido entre militares e olavistas, Bolsonaro escolhe um oficial da reserva da Marinha para comandar o MEC, que virou um símbolo de falta de projetos e inoperância


A demissão de Abraham Weintraub preencheu uma lacuna e trouxe um sopro de inteligência para o Ministério da Educação (MEC). Sua mera saída do cargo é um alento e representa um salto de qualidade na gestão da pasta. Na quinta-feira 25 o presidente anunciou, por meio das redes sociais, o nome do oficial da reserva da Marinha Carlos Alberto Decotelli da Silva para o comando do MEC. Decotelli é um especialista na área e foi presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto do ano passado. É bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Contra ele pesa o fato de ter dado aval para uma licitação de R$ 3 bilhões do FNDE com irregularidades, processo suspenso após alerta d

É improvável que qualquer substituto de Weintraub mantenha a atual política de desconstrução instalada no ministério. Embora não exista nada tão ruim que não possa piorar, deverá haver ao menos uma diminuição da desfaçatez, da voracidade ideológica e da capacidade destrutiva do velho titular. As chances de alguém conseguir desmoralizar ainda mais a pasta são remotas. O MEC virou um símbolo da inoperância do governo Bolsonaro. É um ministério que nada faz e nada mostra.

Um relatório da Comissão Externa do MEC da Câmara dos Deputados, revela que, em 2019, houve um abandono da racionalidade em muitas políticas de educação. Entre os problemas apontados estão alta rotatividade em postos-chave do ministério, queda na qualificação dos servidores, falta de coordenação entre as secretarias orientadas para a formação de professores, abandono da política de alfabetização em conjunto com estados e municípios e descaso com a reforma dos cursos de licenciatura. Além disso, houve cortes de verbas para universidades federais e falhas no Enem.

Nesse ano, o caos na gestão tem persistido. Ao longo da pandemia não se viu ou ouviu uma única contribuição do MEC para reorganizar a educação a partir do isolamento social ou uma simples ideia sobre a retomada das aulas. Em vez disso, perdeu o rumo em manobras ideológicas estimuladas pelo guru Olavo de Carvalho. A principal disputa política no MEC envolve militares e olavistas. Os fardados querem construir um novo projeto de educação conservador e os olavistas só querem destruir o que veem pela frente. Bolsonaro estaria ansioso com a situação e propenso a fazer uma escolha política. A paralisia atual do MEC estaria lhe incomodando. Na terça-feira 23, ele teve uma reunião de uma hora com o atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, um privatista técnico apoiado por deputados do Centrão e empresários, que estava cotado para o cargo. Bolsonaro chegou a demonstrar interesse em convidá-lo, mas um dia depois ele já parecia descartado. Além de ter sido doador da campanha do governador João Doria, apareceram notícias de que Feder, como acionista da Multilaser, foi denunciado em uma ação por sonegação fiscal de R$ 22 milhões. Pior: Carlos Bolsonaro vetou a escolha.

Prioridades

Segundo Feder, entre as prioridades que o presidente lhe apresentou estão um plano imediato de retomada das aulas pós-pandemia e a aceleração dos projetos de escolas cívico-militares. Embora a balbúrdia esteja instalada, aliados do presidente o estavam aconselhando a não ter pressa na escolha do substituto de Weintraub. Vogel, que é considerado moderado e tem apoio dos militares, começou bem. Tornou sem efeito, assim que assumiu, uma medida da caixa de maldades de Weintraub que retirava a exigência de que universidades federais promovessem políticas de cotas em programas de pós-graduação. Na prática, menos negros e indígenas poderiam fazer cursos de mestrado e doutorado. Bolsonaro parece ter escolhido um nome que passa ao largo da disputa entre militares e olavistas e não persegue minorias. Carlos Decotelli demonstra ter conhecimento de educação. Seja como for, o Ministério deverá funcionar melhor com ele do que sob o comando de Weintraub.

A fuga de Weintraub

Abraham Weintraub não poderia deixar o cargo sem um rastro de confusão. O ex-ministro, que está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura ataques contra a instituição e declarou que temia ser preso, saiu do Brasil na calada da noite e apareceu com a família em Miami no sábado 20, onde aguarda a nomeação para a diretoria-executiva do Banco Mundial, cargo prometido para ele por Bolsonaro. A vaga está garantida para Weintraub pelo menos até outubro, mas, na quarta-feira 24, a associação de funcionários do banco enviou uma carta ao comitê de ética em que pede a suspensão de sua indicação. Os membros do banco denunciam sua posição contrária aos direitos das minorias e os ataques à China. Rigorosamente, Weintraub não poderia ter deixado o País depois de demitido, pois perdeu o direito ao passaporte diplomático. Também não poderia entrar nos Estados Unidos como um cidadão comum por causa das restrições de viagens em razão da pandemia. Para contornar a situação, o governo só o exonerou depois de sua viagem. Embora ele tenha sido demitido na sexta-feira 19, a exoneração foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no sábado. Na terça-feira 23, Bolsonaro publicou uma retificação no DOU em que alterou a exoneração para sexta-feira 19. O TCU considera a possibilidade de fraude no processo.

Por Vicente Vilardaga, na Revista Isto é






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sábado, 27 de junho de 2020

Após emissões para receber auxílio, CPFs superam população estimada no Brasil





Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o número de cadastros regulares chegou a 223 milhões

RIO - Um relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que, após o movimento de regularização em massa de CPFs efetuado pela Receita Federal para resolver entraves da população no acesso ao auxílio emergencial de R$ 600, os cadastros de pessoas físicas no país, com situação regular, chegaram a 223.850.498, em abril.

A quantidade supera em mais de 12,5 milhões a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o mesmo período, de pouco mais de 211,4 milhões de pessoas. E, segundo o TCU, indica irregularidades graves na gestão do cadastro.

Auxílio emergencial: Bolsonaro diz que novas parcelas parcelas 'devem' ser de R$ 500, R$ 400 e R$ 300

A corrida para regularização de CPFs foi iniciada após milhares de pessoas terem dificuldades de realizar o cadastro do auxílio emergencial, em função de inconsistências em seus dados pessoais. E, de acordo com a Receita, mais de 11,3 milhões de registros foram feitos. A suspeita é de que tenham ocorrido falhas na criação de CPFs de pessoas inexistentes, com outros documentos falsos e para a aplicação de golpes, e erros na baixa de registros referentes a pessoas falecidas.

Segundo o Tribunal de Contas da União, ainda que se considere o fato de muitos brasileiros viverem no exterior e poderem permanecer com o registro regular de CPF, além da quantidade de imigrantes no país, esses cadastros seriam compensados, em quantidade, pela própria subnotificação e situação irregular de imigrantes no país e o fato do Brasil ainda ter uma quantidade significativa de pessoas que sequer são registradas ao nascer.

Servidor: STF proíbe redução de salário de funcionário público para equilibrar finanças públicas

O problema do cadastro inchado, aliás, é antigo: mesmo no mês de março de 2020, antes, portanto, da regularização de ofício realizada pela Receita Federal, os CPFs em situação regular já ultrapassavam a população estimada em mais de 1,3 milhão de registros.

Procurada, a Receita Federal não enviou posicionamento sobre a questão até o momento da publicação da reportagem.

O Tribunal de Contas da União ainda alerta, no relatório, que as consequências das fragilidades nos cadastros de CPF e CNPJ não se restringem ao sistema tributário, já que esses dados são usados nas mais diversas operações financeiras e patrimoniais, como abertura de contas, registros de imóveis e automóveis, compra de títulos e ações, e também para a obtenção de serviços públicos.

Em O Globo




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sexta-feira, 26 de junho de 2020

ENTREVISTA - Fabio Coelho, presidente do Google no Brasil



“É importante que as empresas entendam que ser solidária é fator de competitividade”

Comandar o Google há quase dez anos faz de Fabio Coelho uma usina de conhecimento sobre pessoas e corporações. Para ele, o brasileiro “lida bravamente” com a pandemia e se destacou em três áreas, em comparação a outros mercados: nas lives, no uso de plataformas de educação e no mergulho no e-commerce

Conversar com o capixaba Fabio Coelho é uma mistura de bate-papo descompromissado com uma aula magna. Você atravessa uma hora naturalmente, e sai dela com muitos questionamentos. E muitas respostas. De avanços da tecnologia a mudanças de hábito do consumidor, de resiliência na quarentena ao racismo, o executivo formado em engenharia não desvia de nenhum tema.

E diz que a pandemia pode alavancar a solidariedade, algo decisivo num país com os parâmetros de desigualdade como os do Brasil. “E preciso estratificar os diversos brasis. Tem gente que não tem nem internet em casa”, diz. A seguir, trechos da entrevista concedida originalmente na Live da DINHEIRO.

DINHEIRO - Ao ter o primeiro contato com informações sobre o novo coronavírus, qual foi sua primeira googlada?

FABIO COELHO - A companhia começou a se preparar já em janeiro, com o entendimento de que não era uma coisa que talvez acontecesse, mas sim identificar o quando aconteceria aqui também.

O Google gerencia uma massa de informação como poucas corporações. 0 que a análise desses dados mostrava?

Que a gente tinha de operar para que as pessoas trabalhassem de casa. Desde fevereiro, havia clareza de que (o coronavírus) chegaria ao Brasil, mas agente não esperava que seria tão rápido. Estar no Google permite ter acesso a muita informação, muito entendimento de mudança de comportamento, de realidades diferentes. Não só de pessoas, mas de empresas e de todos os segmentos.

Esse comitê existiu em outro momento?

Nunca ocorreu no Brasil. Nada parecido. Essa pandemia muda drasticamente a maneira de a sociedade estudar, de trabalhar, de fazer comércio, de tomar decisões.

E para o ambiente externo, o que mudou?

Havia muitas empresas e muitas pessoas operando num modelo de trabalho presencial. Pessoas que atendiam a clientes, visitavam outras empresas ou recebiam visitas de pessoas. De uma hora para a outra, você tem de operar 100% a distância. Essa foi a primeira grande mudança. Para fazer isso, é preciso ter condições básicas. Significa ter estrutura de internet, conectividade, computador disponível, rede que aguente, um lugar para se sentar e trabalhar dentro de casa.

E o segundo passo foi qual?

Pessoas e empresas precisaram, de uma hora para a outra, fazer uma transformação digital que a gente vem propondo faz uns dez, 15 anos.

Deu certo?

A sorte do Brasil, do brasileiro, é que as empresas {daqui) entenderam que a Amazon chegaria. E começaram a pensar omnichannel. Atender por todos os canais. Um modelo de atendimento em que o cliente compra de onde quiser e recebe de qualquer lugar. No Brasil, isso já estava desenvolvido e fez empresas crescerem muito nos últimos 90 dias. Havia, por outro lado, empresas que não estavam com essa preparação tão grande. E nosso papel é ajudá-las.

O que mais assustou?

Não se tratar de um território conhecido.

E nessas horas não há resposta pronta...

Uma prova de que vivemos num mundo globalizado, em que não apenas a informação circula rapidamente, o capital circula rapidamente, mas também um vírus como esse, letal e diferente, conseguiu circular com uma velocidade impressionante.

Qual papel cabe a uma plataforma tão presente na vida das pessoas?

O papel que a gente assume no Google é o de ajudar as pessoas a tomar as melhores decisões. O que podemos fazer para que essa tecnologia possa gerar uma sociedade melhor? Quais as necessidades de cidadãos, empresas, startups, escolas para aprender a operar nesse novo mundo?

Internamente, qual foi o primeiro passo?

Montamos um comitê, o Time de Resposta ao Incidente. Isso acontece quando você tem um problema e precisa da colaboração de todas as áreas. Não dá para as pessoas tomarem decisões isoladas.

Mas não é toda empresa nem todo segmento que consegue algo assim.

Temos a humildade de reconhecer que numa empresa como o Google é muito mais fácil. Mas nosso desafio não era somente com as nossas pessoas, e sim ajudar as outras empresas a utilizar as plataformas e ferramentas para enfrentar a nova realidade. E não apenas isso. Num primeiro momento, a gente começou a ver que cada pessoa tem uma quarentena própria, lida de uma forma diferente. Era preciso garantir que as pessoas estivessem seguras e que seria preciso construir uma relação de trabalho saudável para que elas pudessem entender que estavam operando dentro de um novo modelo. Humanizar o primeiro momento.

A divisão entre quem estava mais ou menos preparado se dá por segmento ou porte da empresa?

Mais pelo porte. Mas não se tratava de uma característica nacional, a de deixar pro último minuto? O brasileiro é empreendedor e temos uma massa de 210 milhões de pessoas. Temos áreas, como o sistema bancário, super sofisticadas, melhor do que a de boa parte dos países. Quem sofreu mais foram os pequenos e médios, e especialmente determinados setores, nos quais a experiência ocorria na loja: bares, restaurantes, setor de viagens...

E da parte do consumidor?

Foi a primeira vez de muitas pessoas como e-shoppers, comprando coisas que não compravam diretamente. E houve uma explosão de consumo de produtos de conforto caseiro. Batedeiras, TV maior, até vinho, pijamas...

Sua carreira começou no varejo. Quais ensinamentos dessa fase você aplica no Google?

Fui trabalhar no head quarter da Gillette, nos Estados Unidos, e quando voltei ao Brasil meu chefe falou: “Fabio, pode tirar a gravata e sair pra vender”.

E virou vendedor?

Eu passei a andar num Gol branco, escrito “Gillette” na porta, e saía vendendo. O que o varejo te ensina é a humildade. Ensina que o consumidor é inteligente. No Google, nosso papo é parecido. Temos oito plataformas com mais de 1 bilhão de usuários. Você só consegue isso quando tem humildade. A humildade de se tornar relevante requer aprendizado constante.

Em quê o comportamento do consumidor brasileiro fugiu da curva global?

O brasileiro lidou bravamente com essa situação tão complicada. E se destacou em três áreas. A começar pelas lives. Um fenômeno nosso. Das dez principais lives em termos de audiência no mundo, oito são brasileiras. A segunda área foi o uso intenso de plataformas de educação. Somente o Google ajudou mais de 10 milhões de brasileiros a estudar de casa. Em terceiro, o e-commerce. A velocidade de adoção foi muito forte. As pessoas entenderam a necessidade de pesquisar, consumir e pagar a distância.

Bares, restaurantes, viagens sofreram. Quando a tecnologia vai poder igualar as experiências oferecidas por esses serviços?

É um mundo novo. Pegue o futebol. Nada como se sentar em um estádio e estar com todos os sentidos engajados ali. Onde as plataformas devem evoluir? Para que a experiência a distância se aproxime da experiência presencial.

A tecnologia tem como encurtar esse gap?

Quando falamos de realidade virtual e realidade aumentada, muda totalmente. Estaremos mais imersivos dentro das plataformas. Andamos muito, mas talvez isso só ocorra com o barateamento de tecnologias hoje inacessíveis. Usar avatar, hologramas, presença física em outros ambientes...

Por ora, são situações insubstituíveis...

Pegue o acaso. O presencial nos traz. Vou a um show, a um evento, e encontro alguém que não esperava.

Por Edson Rossi, na Isto é Dinheiro





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quinta-feira, 25 de junho de 2020

TRABALHO - A transformação dos escritórios



A chegada do coronavírus abalou não só a saúde das pessoas, mas chacoalhou todas as certezas econômicas e a rotina profissional. A pandemia acelerou mudanças que vinham sendo anunciadas. mas que nunca se concretizavam, especialmente sobre o trabalho remoto. Mas o que era impensável antes, agora se tornou realidade. Empresas gigantes que resistiam em colocar funcionários trabalhando à distância descobriram, na marra, que a solução emergencial se mostrou mais eficiente do que se pensava. Por isso, muitas companhias já anunciam que vão estender o home Office até o final do ano ou indefinidamente. Uma decisão que já começa a ter impacto no mercado imobiliário, revertendo a tendência anterior de residências pequenas e escritórios grandes. Cada vez mais especialistas dizem que as pessoas vão optar por espaços mais confortáveis em casa e os escritórios se tomarão lugares mais colaborativos para troca de experiências e informações, em moldes parecidos aos dos co-workings popularizados pelas startups.

Há duas palavras-chave no mercado neste momento: flexibilidade e cautela. Assim, o funcionário, junto com o empregador, pode decidir ficar em casa ou no escritório, ou parcialmente em cada um desses locais, dependendo das demandas.

"Estamos trabalhado com várias possibilidades e ouvimos os funcionários para estabelecer até mesmo idas ao escritório sem horário fixo, para evitar horários de pico", explica o vice-presidente global de Gente e Cultura do Grupo Stefanini, Rodrigo Pádua. Segundo ele, 90% dos 14 mil funcionários estão trabalhando em casa e, ao contrário do que se imaginava, o serviço remoto não reduziu o engajamento do pessoal. Pelo contrário. A produtividade subiu até 10%, sem as perdas de tempo com deslocamentos. Por isso, a empresa se prepara para ter 50% do seu pessoal em home Office.

NOVAS ROTINAS

O mesmo caminho é seguido por outras corporações. Nesta semana, a Petrobras anunciou que vai manter metade da equipe em casa permanentemente, mostrando que vai repensar o conceito de escritório. Desde março, a petroleira mandou para casa até 90% de seus 21 mil funcionários da área administrativa, diante da pandemia. Segundo a empresa, a experiência se mostrou bem sucedida em termos de produtividade e revelou oportunidade de economia com escritórios.

Com tantas corporações mudando seus planos, a demanda por reformas em escritórios cresceu na Athie Wohnrath. A empresa de arquitetura preparou até uma cartilha para organizar a volta, de forma gradual. Para isso. estão previstas modificações de layouts e até de mobiliários, com mesas mais distantes e até com rodinhas para permitir várias configurações. "Enquanto não surgir a vacina, o afastamento tem de ser respeitado. Por isso, muitos não cogitam ter mais do que 50% do pessoal de volta”, diz o CEO Ivo Wohnrath. A diretora de Projetos e Consultoria do Hospital Albert Einstein, Anarita Buffe, confirma que o distanciamento é mesmo um dos aspectos mais importantes em um plano de volta ao trabalho. Segundo ela, há muitas variáveis que precisam ser consideradas desde a natureza do negócio (se é uma indústria ou um escritório) até a estrutura. "A abordagem precisa ser ampla para garantir a segurança", explica.

Diante de tantas exigências, a multinacional de seguros AON resolveu não só colocar seus 1,5 mil funcionários em home Office como também rever seus espaços e chegou à conclusão de que, para garantir segurança e flexibilidade, a saída seria mudar de escritório. O objetivo foi chegar a um ambiente que ampliasse a cultura de colaboração sem deixar de lado as questões de saúde. "Buscamos um equilíbrio, sempre ouvindo o desejo do pessoal. Por isso, chegamos a um ambiente híbrido", diz o presidente da AON no Brasil, Marcelo Homburguer. Para conseguir isso, a seguradora trocou um escritório de 600 m² por um de 2,6 mil m² para evitar aglomerações. "Vamos voltar em ondas, porque existe muita incerteza", diz. Incerteza e insegurança sáo as marcas destes tempos de pandemia E o desafio é entender como será o novo normal.

Por Anna França, na Revista Isto é 






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