sexta-feira, 30 de abril de 2021

Ministério Público Federal vê avanço econômico com projeto da Ferrogrão

 


O Ministério Público Federal (MPF) defendeu, em nota técnica, a importância da construção da Ferrogrão, projeto de ferrovia com 933 quilômetros que pretende ligar Sinop (MT) e Miritituba (PA).

 

O texto foi elaborado pela Câmara de Consumidor e Ordem Econômica do MPF e enviado ontem aos Ministérios da Infraestrutura e da Economia, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O órgão analisou a questão do ponto de vista concorrencial e da ordem econômica. Segundo o documento, o projeto representa um avanço no desenvolvimento e integração da infraestrutura de transporte do país, com impacto direto na redução do custo de escoamento da produção agrícola brasileira. Além disso, contribui para ampliar a concorrência no setor, com possível diminuição nos preços do frete.

O MPF, no entanto, aponta que a 'execução do projeto revela-se desafiadora', pois a 'obra apresenta potencial de geração de externalidades negativa'. Também ressalta que o Poder Executivo deve planejar e executar suas ações 'pautando-se na ponderação dos benefícios e riscos decorrentes das opções escolhidas e na correção ou mitigação das falhas de mercado presentes, priorizando ações que visem à melhoria do bem-estar da sociedade'.

O órgão defendeu a necessidade de expandir a malha ferroviária no país devido à vantagem desse tipo de meio transporte para cargas, quando comparado com as rodovias, com menor consumo de combustível e, consequentemente, com menor nível de poluição.

O texto destacou ainda a relevância da Ferrogrão para o aumento da produtividade e competitividade dos produtos nacionais, em especial das commodities agrícolas produzidas no Centro-Oeste. De acordo com o MPF, o projeto 'permitirá o escoamento [da produção] pelo modal ferroviário, mediante integração com o modal hidroviário, em direção ao centro exportador localizado na região Norte, mais próximo se comparado ao setor portuário da região Sudeste'.

O MPF disse também que a criação de novos corredores logísticos aumentará a concorrência, o que terá impacto direto na redução do preço dos fretes, 'com efeitos na redução dos preços dos produtos nacionais e no aumento da competitividade do país no comércio internacional, ocasionados pela redução dos custos de produção associados ao transporte',

O governo pretende fazer o leilão do projeto no segundo semestre. De acordo com estimativas oficiais, serão necessários investimentos de R$ 8, 4 bilhões. No setor privado, muitos acreditam que esse valor está subestimado e que as obras devem ultrapassar os R$ 10 bilhões.

No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu alei que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) para viabilizar as obras da Ferrogrão. A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, em ação movida pelo PSOL. A sigla argumentou que a exclusão de 862 hectares da unidade de conservação afeta indígenas da região e não poderia ter sido feita por medida provisória. Moraes ainda não levou o caso ao plenário.

Por Isadora Peron, no Valor Econômico    


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quinta-feira, 29 de abril de 2021

'Regras fiscais devem ser reestruturadas'

 


Na esteira das tentativas de dribles durante o enfrentamento da covid-19 e na votação do Orçamento deste ano, a necessidade de uma reestruturação ampla do arcabouço das regras fiscais brasileiras ganha cada vez mais apoio entre especialistas.



Em webinar organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a reestruturação foi apontada como importante após as falhas apresentadas na pandemia.

O evento, segundo o diretor executivo da IFI, Felipe Salto, é o primeiro de uma parceria com o TCU. Os dois órgãos, antecipou ele, vão assinar um convênio de cooperação.

Considerado um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasiliense de Direito Público defendeu um "lipoaspiração" das inúmeras regras fiscais incluídas na Constituição e a criação de um código fiscal nacional como existe o código penal e as Leis das SAs.

"Ninguém no mundo tem tanta matéria fiscal na Constituição no Brasil e não está funcionando. Temos várias normas complexas e contraditórias", disse Afonso, que lembrou que a Lei Geral de Orçamento no Brasil tem 57 anos. Para ele, é uma oportunidade de ouro para fixar um limite de dívida, que é a principal âncora que o mundo está usando.

Por Adriana Fernandes, no O Estado de S. Paulo    


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