Livros para quem quer aprender a gerir pessoas
Escrito por Sílvio Celestino, especialista em gestão de pessoas
Não apenas o pequeno e o médio empreendedor, mas a cultura empresarial brasileira ainda coloca a intuição acima do método e da experiência. É evidente que ela desempenha um papel nas funções diárias do administrador de uma empresa. Entretanto, a intuição não pode ser ensinada. Portanto, deve ser usada somente nos momentos em que a experiência e o método não se aplicarem. Devido, principalmente, à velocidade com que uma decisão tem de ser tomada.
Contudo, a administração é uma ciência, e há livros que são de muita utilidade para o empreendedor utilizar na gestão de pessoas. Recomendo três deles:
"O Poder dos Quietos", de Susan Cain. Um grande problema que enfrentamos é a liderança, até mesmo da arquitetura, nos ambientes empresariais, favorável aos extrovertidos. Porém, toda empresa, para crescer, precisa ter em seus quadros pessoas introvertidas. Se não forem geridas de maneira apropriada, não mostrarão suas análises profundas e reflexões fundamentadas, e que são de grande contribuição para a empresa. Esse livro mostra as diferenças entre os extrovertidos e os introvertidos. Quais tarefas são melhores para cada um e como respeitar suas preferências comportamentais de maneira a obter o máximo possível de ambos.
"Pipeline de Liderança", de Ram Charan. A função principal de um líder é formar novos líderes, e não seguidores. Para tanto, é importante, ao gerir pessoas, saber quais competências devem ser desenvolvidas para que o profissional se aprimore de acordo com as necessidades da empresa, atuais e futuras. O livro mostra de maneira pragmática e direta quais são os níveis de liderança que existem e quais habilidades devem ser desenvolvidas. É uma excelente referência para gestores que desejam obter o máximo possível de sua equipe e prepará-la para o crescimento da empresa.
"Capitalismo Consciente", de John Mackey. A gestão de pessoas faz parte de um contexto maior, que é o propósito de existir da empresa. É evidente que um líder que acredita que sua companhia existe somente para gerar lucros vai administrar seus funcionários de maneira não apropriada. Isso não cria o engajamento necessário para que as operações da empresa cresçam e gerem benefícios abrangentes para todos. Para isso, mesmo as empresas pequenas e médias devem pensar e fomentar, entre seus liderados, o propósito maior da organização. Ele deve ser marcante, relevante e inspirador, para motivar as pessoas e fazê-las se comportarem de maneira apropriada em todos os instantes. Um fator de sucesso na administração de pessoas.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching.