sábado, 31 de julho de 2021

Documentos provam que Ministério da Economia foi contra mudança na lei necessária à compra de vacinas da Pfizer e Johnson


Documentos inéditos enviados à CPI da Covid atestam que o Ministério da Economia se posicionou contra uma mudança na Legislação considerada fundamental para que o Brasil pudesse comprar as vacinas da Pfizer e da Johnson.

 

A proposta de alteração constava no texto de uma Medida Provisória e determinava que o governo poderia ser responsabilizado por eventuais efeitos adversos provocados pelos imunizantes, como previam os contratos em negociação com as farmacêuticas.

Como a Covid é uma doença nova e as vacinas foram produzidas em tempo recorde, os laboratórios exigiram não responder por possíveis danos causados pelos imunizantes que fabricam. No primeiro momento, o governo brasileiro se recusou a assumir tal responsabilidade e classificou essa cláusula como "leonina", o que colaborou para o atraso na compra dos imunizantes. O debate ganhou força no final da ano passado, quando o Executivo começou a considerar a possibilidade de ceder. Para isso, porém, era necessário adequar a legislação, deixando claro que o ônus ficaria com o poder público, a fim de evitar insegurança jurídica em torno do tema.

Em dezembro de 2020, elaborou-se a minuta de uma Medida Provisória que previa tal mudança, ou seja, estabelecia que o governo responderia por efeitos adversos. O trecho, entretanto, acabou retirado do texto final da MP, que chegou ao Congresso em janeiro deste ano. A alteração legislativa que permitiu a assinatura dos contratos com os laboratórios só se deu, efetivamente, dois meses depois, em março, por meio de um projeto de lei aprovado pelo Congresso.

André de Souza, Extra


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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Investidores estrangeiros ensaiam retirada de mercados emergentes, como o Brasil


Saída de recursos em julho foi motivada pelo clima de incerteza em relação ao momento em que juros podem subir nos EUA

 

Enquanto os Estados Unidos voltam a obrigar o uso de máscaras em lugares fechados diante do avanço da variante Delta da covid-19 pelo mundo, crescem as incertezas no mercado de ações devido à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai dar alguma sinalização de quando poderá mudar a atual política de compras de títulos no mercado e começar a subir os juros. Nesta quarta-feira, ocorre mais uma reunião do Fomc (comitê de política monetária do Fed). Nesse cenário, investidores estrangeiros ensaiam uma retirada dos mercados emergentes considerados mais arriscados, inclusive, do Brasil, enquanto as bolsas apresentam forte oscilação.

Uma amostra disso foi a saída líquida de R$ 5,6 bilhões de capital estrangeiro da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em julho, no acumulado até o dia 23. Foi o primeiro saldo negativo desde março, quando foram retirados R$ 4,6 bilhões. Com isso, a participação desses aplicadores na B3 passou de 49,6% para 47,6% entre junho e julho. Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a debandada deste mês é uma espécie de ensaio dos investidores sobre o que pode acontecer se o Fed der sinais claros de que pretende enxugar a liquidez do mercado. Atualmente, o órgão atua em sentido contrário, despejando US$ 120 bilhões por mês comprando títulos.

“No fim do mês passado, surgiu o sentimento de que está mais próxima uma alta de juros nos EUA, e de consequente enxugamento da liquidez global. Ao longo de julho, a preocupação de que fosse fechar tudo aumentou, por conta da variante Delta. Por enquanto, estão subindo apenas casos de covid-19, hospitalizações não. Então imagino que seja apenas uma cautela”, disse.

Na avaliação de Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, a saída de estrangeiros da Bolsa em julho foi pequena, se comparada com o que entrou em junho e nos dois meses anteriores. Conforme os dados da B3, o saldo líquido de compras e vendas de ações de estrangeiros na bolsa paulista está positivo em R$ 63,8 bilhões. “O cenário está ruim lá fora. O Fed está preso em uma armadilha de liquidez e não sabe como sair dela, mas, se olharmos o fluxo de entrada de capital estrangeiro na Bolsa, ele está positivo e em junho ficou em R$ 17 bilhões. Logo, o saldo negativo de julho não chega a ser uma fuga generalizada”, afirmou Velho. Contudo, ele reconheceu que o cenário de incertezas no país, com agravamento da crise política e da crise hídrica, pode contribuir para o aumento do risco no país e afugentar investidores.

Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, destacou que há um cenário de insegurança no Brasil que leva muitas empresas e investidores a retirarem recursos do país. “No momento, o risco Brasil é muito grande, dos pontos de vista político, econômico e ambiental. A demora na recuperação econômica, a lentidão na vacinação e a crise política têm amedrontado as empresas. A conta de lucros reinvestidos no país também ficou negativa”, comentou.

Acompanhando o aumento das incertezas no cenário externo e a expectativa da reunião do Fed, a B3 encerrou ontem com queda de 1,1%, a 124.612 pontos. Enquanto isso, o dólar teve leve alta, de 0,06%, para R$ 5,17.

FMI: Brasil cresce mais, mas abaixo da média global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de 3,7% para 5,3% a previsão de crescimento do PIB do Brasil neste ano. Com a revisão, a estimativa ficou em linha com as projeções do mercado, mas ainda abaixo do esperado para a economia global, que deve crescer 6%. Para 2022, o fundo reduziu de 2,6% para 1,9% a estimativas de expansão do país. A projeção para o desempenho da economia brasileira neste ano também é menor que a dos países emergentes, de 6,3%, e da América Latina, de 5,8%. De acordo com o FMI, as novas perspectivas apontam linhas divergentes de recuperação entre os países devido aos avanços desiguais da vacinação contra a covid-19.

Correio Braziliense


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