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Violência constante incentiva que o comércio feche as portas Fernando Frazão/Agência Brasil |
O comércio varejista do município do
Rio gastou R$ 996 milhões com segurança de janeiro a junho desse ano. O número
foi apresentado na pesquisa Gastos com segurança em estabelecimentos
comerciais, do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de
Janeiro (CDLRio).
Dos 750 lojistas entrevistados, 180
já tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados – número
cerca de 20% maior do que no mesmo período do ano passado.
Do total dos gastos, R$ 667 milhões
foram com segurança privada e vigilantes, R$ 289 milhões com equipamentos de
vigilância eletrônica e R$ 40 milhões com gradeamento, blindagens, reforços de
portas e de vitrines e com seguros.
Para o presidente do Clube de
Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves, é como se fosse mais um
tributo pago pelos lojistas, que já sofrem com a burocracia e a carga
tributária. “A violência urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando
bastante o comércio, já afetado pelo quadro econômico do país e, em especial
pela crise do Estado do Rio, que tem influído profundamente no comportamento do
consumidor, que por um lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz
seus gastos, entre eles as compras", afirmou.
Mais de 4.150 estabelecimentos
comerciais fecharam suas portas entre janeiro e junho na cidade (76% a mais do
que no mesmo período do ano passado) e mais de 9,7 mil no estado do Rio (55% a
mais do no mesmo período de 2017), destacou Gonçalves.
O dirigente lamentou a crise das
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), projeto cuja implantação trouxe
esperança para a população e animou os comerciantes, especialmente na Zona
Norte da capital fluminense. “Na época, no lugar de inúmeras lojas fechadas nos
bairros adjacentes àquelas comunidades, surgiram novos estabelecimentos, com
decoração e vitrines modernas, retomando a geração de emprego e movimentando a economia
local”, lembrou.
Agência Brasil
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