sexta-feira, 19 de dezembro de 2014


My Sweet Lord, Concert For George



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014


Here Comes the Sun: A Tribute to George Harrison by Paul Simon, Crosby and Grahm Nash




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


Jeff Lynne - Give Me Love(Give Me Peace on Earth)(Concert For George)




terça-feira, 16 de dezembro de 2014


Tom Petty and the Heartbreakers - Taxman (Concert For George)



AS EMPRESAS COM RH MAIS ESTRUTURADOS TÊM MELHOR DESEMPENHO


Reunião (Foto: Thinkstock)

UM NOVO ESTUDO REFORÇA UMA DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE RH: UM DEPARTAMENTO MAIS BEM ESTRUTURADO E PRÓXIMO AO CEO CONTRIBUI PARA MELHORES RESULTADOS FINANCEIROS

Por Ariane Abdallah, na Época-Negócios

Um novo estudo do Boston Consulting Group bate na tecla que tem sido apontada como uma das grandes tendências de RH mundialmente: um bom departamento de recursos humanos ajuda nos resultados financeiros de uma empresa. O estudo foi feito em parceria com a World Federation of People Management Associations (WFPMA), e divulgado no começo deste mês.
Foram analisadas as performances de dez anos das empresas do ranking de 2014 das Melhores Empresas para Trabalhar, da revista Fortune, e as estruturas de seus departamentos de RH. O resultado foi uma relação direta entre os dois pontos analisados: as 100 companhias com os RH mais fortes tiveram os índices financeiros quase duas vezes melhores que os das demais. No entanto, os autores do relatório observam que esse é o caso apenas se os líderes de RH trabalham em parceria com os CEOs. “As funções de RH precisam se conectar a todas as partes interessadas”, afirma Jean-Michel Caye, sócio sênior do BCG e coautor do relatório. “Essas partes são tanto as de dentro da empresa, como também, cada vez mais, as de fora. Assim, é possível melhorar o desempenho operacional e financeiro”.
O estudo ressalta a importância de uma relação transparente e de confiança entre os gestores de RH e os de negócios. Mas, de acordo com os dados, esta ainda é uma realidade distante para muitas empresas. Foram observadas 27 áreas de RH, como liderança, gestão de talentos e planejamento estratégico. Os entrevistados de fora do RH classificaram 40% dessas áreas como “zona vermelha”, isto é, com uma necessidade significativa de ação. Já os profissionais de RH fizeram uma análise mais otimista. Não apontaram nenhum das áreas como zona vermelha.
Essa diferença de percepção também aparece na avaliação feita pelos funcionários de outras áreas e os do RH sobre o nível médio de desempenho dos empregados. Os que não trabalhavam no RH avaliaram a capacidade de gestão do grupo significantemente inferior à avaliação dos integrantes do RH em relação ao próprio desempenho.
Desempenho que pode ser medido
As empresas foram divididas entre as com melhor e pior performance, de acordo com a variação média de receitas e margens operacionais, com a identificação de questões comuns em cada grupo. A descoberta mais notável, segundo os autores, foi a de que os departamentos de RH em empresas com melhores desempenhos financeiros se revelaram mais capazes de identificar prioridades para aumentar a capacidade da área e, portanto, direcionar seus investimentos e esforços futuros muito de maneira mais eficaz. “As empresas com desempenho financeiro mais baixo adotam uma abordagem mais arbitrária para investimentos de RH”, diz Rainer Strack, sócio sênior do BCG e coautor do estudo.
Os resultados também indicam uma forte correlação entre o uso de indicadores de desempenho no RH (KPIs) e uma postura mais estratégica. A mensagem para os profissionais de RH é clara: quem quiser um lugar nas reuniões estratégicas com executivos do C-level deve ser capaz de avaliar e comunicar o desempenho de sua área. Isto implica em ir além de métricas rudimentares, e passar a olhar para questões como custo de pessoal e quadro de funcionários. Também devem entrar no plano indicadores de resultados mais sofisticados, que podem medir a produtividade dos funcionários e outros dados críticos.
A pesquisa deste ano se baseou em respostas de mais de 3.500 executivos, de uma ampla gama de indústrias, em mais de 100 países. Os autores também realizaram entrevistas com 64 gestores de RH e profissionais de outras áreas.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014


Art Garfunkel - A Heart in New York




Empresas cortam soneca de funcionários após produtividade despencar

 BBC Capital
No ano passado, a empresa start-up AskforTask.com criou uma salinha para que seus funcionários pudessem tirar sonecas depois de longas jornadas de trabalho - às vezes, de mais de 70 horas por semana.
Parecia o plano perfeito para uma empresa que queria relançar sua plataforma online rapidamente e precisava da colaboração dos funcionários para a missão.
Mas o plano fracassou. "Não foi preciso muito tempo para descobrir que as sonecas eram contraproducentes", diz uma das fundadoras da empresa, Nabeel Mushtaq.
Os chefes haviam imposto um limite de 15 minutos por soneca, mas ainda assim muitos empregados estouravam o tempo.
Outros, acordados forçosamente, passavam mais tempo tomando café e no banheiro lavando o rosto, na tentativa de despertar totalmente.
O processo todo desperdiçava algo como 30 minutos a uma hora e meia por dia, segundo Mushtaq.
Depois de seis meses da experiência, a equipe - anteriormente tida como eficiente - estava cumprindo apenas 55% de suas metas semanais, uma queda de 30 pontos percentuais.

Soneca corporativa

A perda de produtividade da empresa, na prática, vai contra a teoria de vários estudos que sustentam que os cochilos podem elevar o desempenho dos trabalhadores. Corporações como Apple, Nike, Procter & Gamble, HootSuite e Intuit adotaram a prática.
Em Nova York, o ramo já está até se terceirizando: a MetroNaps nasceu dedicada a fabricar móveis para a chamada "soneca corporativa".
A iniciativa é semelhante à de empresas que instalam videogames e mesas de ping pong no escritório: o objetivo é descontrair os trabalhadores.
Mas às vezes, quando os funcionários exageram, o chefe acaba tendo que desempenhar um papel parecido com o de professor de jardim de infância.
Nathan Schokker, da empresa australiana Talio Group Pty, diz que um problema recorrente é identificar quem abusa demais das sonecas.
"Já tive uma pessoa que passou tempo demais na sala de soneca em plena manhã de segunda-feira. O ronco foi o que acabou entregando", diz Schokker
A empresa empresa dele oferece salas de soneca, mas não impõe nenhum limite ou regra. No entanto, os chefes recomendam que elas só sejam usadas em situações extremas.
"É pouco produtivo recomendar sonecas diárias", diz. "Eu descobri que algumas vezes eu usei a sala de soneca para procrastinar, destruindo minha produtividade por algumas horas."
No caso citado, o chefe e o empregado acabaram rindo da situação, mas o funcionário foi advertido para que descansasse mais em seu tempo livre.

Relaxando com eficiência

Para Schokker, o desafio é achar o equilíbrio junto com os empregados.
Jacob Stewart, da empresa americana The Travelling Photo Booth, por exemplo, cobra que seus funcionários interrompam seu trabalho por alguns minutos todas as tardes.
"Pedimos que eles deixem suas mesas por pelo menos 20 minutos por dia. É uma forma de impedir que todos fiquem exaustos."
A Blue Soda Promo, uma empresa americana de produtos promocionais, tem amenidades como uma pista de boliche, scooters motorizados, cestas de basquete, mesas de jogo e uma "sala de serenidade", com um sofá e uma cadeira de massagens.
A empresa diz ter um bom equilíbrio na sua produtividade, e os funcionários nunca passam tempo demais sem trabalhar. Segundo Matt Powers, um dos diretores, a companhia tem prazos e metas muito rígidos, e isso faz com que as pessoas não abusem do seu tempo no trabalho.
Ele diz que basta ser sutil - perguntando "onde você esteve?", por exemplo - para alertar aqueles que se excedem um pouco.
Simon Hudson, fundador da empresa Brndstr nos Emirados Árabes, testou a ideia de uma sala de soneca por dois meses em sua companhia, mas desistiu da ideia. A sala de soneca era uma distração muito grande e os empregados se ausentavam por muito tempo.
Ele resolveu mudar a sala, instalando sofás, cadeiras confortáveis, uma televisão de 50 polegadas e um Playstation. Isso estimulou que seus funcionários se mantivessem ativos e criativos no descanso. Até agora a ideia tem dado certo, segundo ele.
Na AskforTask, Mushtaq resolveu seguir o exemplo, transformando a "sala de soneca" em um "lounge de inovação". Em seis semanas, a produtividade da empresa voltou ao normal.
"Mudando o nome e o tema da sala, conseguimos fazer nossos empregados atingirem mais de 85% de suas metas semanais", diz Mushtaq.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014


Paul Simon & George Harrison - Homeward Bound


'PIB sustentável' do Brasil cresceu apenas 2% em 20 anos, diz estudo


Crédito: Thinkstock
Índice de Riqueza Inclusiva propõe avaliar crescimento da economia pela ótica do desenvolvimento sustentável; entre 1990 e 2010, PIB per capita subiu 40% no Brasil
Se toda a riqueza produzida pelo Brasil fosse dividida pelo total de habitantes do país em 1990, cada brasileiro levaria para casa R$ 3.999. Vinte anos depois, em 2010, a divisão desse bolo – conhecido pelos economistas como o PIB per capita - seria de R$ 5.604, uma alta de 40%.
Luís Guilherme Barrucho, na BBC
No entanto, segundo um novo indicador divulgado nesta quarta-feira, a economia brasileira teria crescido na verdade apenas uma fração disso: 2% em duas décadas.
A explicação: se por um lado, mais bens e serviços foram produzidos, por outro, mais recursos renováveis e não renováveis também foram gastos para alimentar esse crescimento. Além disso, por causa de flutuações de mercado, parte dessas matérias-primas também perdeu valor ao longo do tempo.
Ou seja, conclui o relatório, o Brasil ficou mais rico, mas a um ritmo inferior do que supõe a métrica tradicional.
Em sua segunda edição, o Índice de Riqueza Inclusiva (ou IRW, de Inclusive Wealth Index) mediu o desempenho econômico de 140 países entre 1990 e 2010 de forma a refletir a evolução do desenvolvimento sustentável nesse período.
Publicado a cada dois anos desde 2012, o levantamento não se restringe a analisar o quanto aumentou o PIB per capita no período - calcula o impacto na economia das mudanças em capital humano (mão de obra), capital natural (recursos naturais) e capital produzido (produção de bens e serviços) de cada país.
De forma geral, segundo aponta o relatório, os países apresentaram um crescimento bem mais expressivo quando analisado apenas seu desempenho econômico pelos critérios de PIB per capita. Entre 1990 e 2010, esse indicador registrou alta de 50%.
No entanto, quando as mudanças no capital humano, natural e produzido são consideradas, a economia mundial cresceu muito menos: apenas 6%.
De acordo com a pesquisa, o baixo nível de crescimento do capital humano (em termos de educação, aptidão e habilidades), combinado com vastas perdas no capital natural (terras agrícolas, florestas, reservas fósseis e minerais), explicam o mau desempenho do crescimento da economia global apesar dos enormes ganhos no capital produzido.
"O relatório desafia a perspectiva limitadora do PIB. E também destaca a necessidade de integrar a sustentabilidade na evolução econômica e no planejamento de políticas públicas", afirmou Partha Dasgupta, professor emérito de Economia da Universidade de Cambridge e um dos responsáveis pelo estudo.
"Olhar além do PIB e adotar um Índice de Riqueza Inclusiva internacionalmente é fundamental para que a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015 se adeque aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU", acrescentou Dasgupta.

Perda de recursos

O Brasil não foi exceção entre os países que apresentaram desequilíbrios entre os critérios convencionais de medição do crescimento da economia e a alternativa proposta pelo IWI.
Entre 1990 e 2010, os economias per capita de Estados Unidos, Índia e China, por exemplo, cresceram respectivamente 33%, 155% e 523%. Já quando o desenvolvimento sustentável é analisado, a riqueza inclusiva desses países teria crescido 13%, 16% e 47% em duas décadas.
Outros países inclusive tiveram desempenho negativo quando avaliada a variação do IWI, como o Equador, onde o PIB per capita aumentou 37% e a riqueza inclusiva caiu 17%. A economia do Catar quase dobrou de tamanho (alta de 85%) segundo a medição tradicional, mas o IWI apresentou queda de 53%.

Crédito: AP
Brasil perdeu capital florestal e foi ultrapassado pela China
De acordo com o relatório, o crescimento populacional e a depreciação do capital natural são os dois principais fatores por trás da queda da geração de riqueza sustentável per capita na maioria dos países analisados.
O estudo acrescenta que a população aumentou em 127 dos 140 países analisados, enquanto o capital natural registrou trajetória inversa, caindo também em 127 das 140 nações avaliadas.
"Embora ambos os fatores tenham influenciado negativamente o crescimento da riqueza, as mudanças populacionais foram responsáveis pelas maiores reduções", destaca a pesquisa.

Fonte finita

No caso do capital natural, a situação do Brasil é curiosa. Apesar de ter a segunda maior cobertura florestal do mundo, com 56% do território dominado por florestas, o país foi um dos que mais perdeu capital florestal nos últimos anos, ao lado de Nigéria, Indonésia, Mianmar e Zimbábue, e acabou ultrapassado pela China.
O país asiático, por sua vez, lidera o ranking global, mas só tem 18% de seu território coberto por florestas, segundo o estudo, devido às diferenças de preço da madeira. A China tem mais áreas onde a matéria-prima pode ser extraída e vendida legalmente.
Além disso, acrescenta o relatório, o Brasil perdeu capital florestal entre 1990 e 2000 devido ao desmatamento e só começou a recuperá-lo na última década, quando medidas para conter a derrubada de árvores, como leis mais duras, foram tomadas pelo governo.
Por outro lado, o país ganhou capital natural ao aumentar o número de terras destinadas à agricultura.
O estudo alerta, no entanto, sobre o consumo desenfreado das matérias-primas que alimentou o crescimento econômico na década anterior, medido pelos critérios convencionais.
"Por mais de meio século, avaliamos o progresso das nações com base em quanto é produzido, consumido e investido; nós o medimos em dólares americanos e agregamos os dados em uma métrica fácil de ser comparada: o Produto Interno Bruto (PIB)", afirmou Anantha Duraiappah, diretor da Unesco / Instituto Mahatma Gandhi de Educação para Paz e Desenvolvimento Sustentável.
"A suposição implícita, no entanto, de que a fonte da qual depende esse crescimento é infinita claramente não é verdadeira. Menos de 50% dos 140 países analisados estão uma trajetória sustentável; mais da metade deles está consumindo além do que podem", acrescentou ele.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


Paul Simon and Willie Nelson - Homeward Bound


“Ainda não sei o tamanho da caixa de Pandora da Petrobras”

Por A.J.B / C.J, no El País


Rodrigo Janot em sessão plenária em maio. / FELLIPE SAMPAIO (SCO/STF)

O mineiro Rodrigo Janot dorme tranquilamente todas as noites, apesar de estar sentado em cima de uma bomba que está sacudindo o Brasil inteiro, com as revelações do sistema endêmico de corrupção na principal empresa brasileira, a Petrobras. Como Procurador Geral da República, Janot organiza a estratégia do Ministério Público para dar andamento à operação Lava Jato e punir, de fato, os responsáveis por um esquema que começou em 1987. Neste momento, ele examina o depoimento do doleiro Alberto Youssef para completar o quebra-cabeça e dividir o trabalho com o Supremo Federal. Até o momento, as delações ajudaram a recuperar algo como 800 milhões de reais, o dobro do que o departamento de recuperação de ativos do Ministério da Justiça, conseguiu recuperar em toda sua existência. Mas ainda vem muito mais, pois como diz Janot, a caixa de Pandora mal começou a ser aberta.
Pergunta. Você disse que a justiça brasileira deu um salto com a prisão dos empresários. O que mudou?
Resposta. As instituições da justiça brasileira estão mais maduras, se profissionalizando para uma melhor atuação. É visível o que se tem conseguido nos últimos anos, seja na área penal, seja na área de improbidade. Temos uma estrada longa a percorrer, mas é inegável que houve avanço.
P. É o avanço para que todas as pessoas do Brasil sejam iguais perante a justiça?
R. A justiça tem que ser democrática e republicana, igual para todos. Não pode ser seletiva, ou aplicar pesos diferentes para cidadãos que são iguais. Essa é uma maneira de pensar que se espalhou no Ministério Público, entre os juízes, entre os defensores públicos. Nós estamos republicando a justiça. Hoje é uma justiça republicana.
P. Apesar do esforço, já se fala que os executivos de empresas podem trabalhar a tese de que teriam atuado como um cartel. Isso não enfraqueceria penas posteriores, uma vez que a pena para esse crime é pequena?
R. Se depender do Ministério Público Federal esse acordo não existirá. Isso eu posso lhe afirmar. O que a gente quer é a assunção da culpa por corrupção ativa, por fraude a licitação, por todos os crimes que ainda não estão devidamente definidos.
P. Ou seja, se aceita essa tese, seria um tiro no pé, do tipo “o crime compensa”, pois a pena para cartel, é de quatro ou cinco anos, não?
R. Pelo cartel, ele ficaria restrito a um acordo de leniência, e o que a gente faz é um acordo penal, se eles quiserem fazer um acordo junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, no que se refere ao cartel, isso não basta para o Ministério Público.
P. Não há risco de virar pizza?
A justiça tem que ser democrática e republicana, igual para todos [...] Nós estamos ‘republicando’ a justiça
R. Sem a menor chance. Os órgãos responsáveis pela investigação têm a perfeita consciência da sua responsabilidade social. Não posso entender como empresas que se reúnem para praticar uma fraude gigantesca possam sair ilesas desse ato.
P. Estes empresários, estas pessoas quando acusadas, vão ter que devolver o dinheiro roubado ou os objeto de fraude?
R. Claro. Não só devolver como haverá imposição de multas dissuasórias altas nos acordos que já foram feitos com alguns. Não basta devolver, também tem que sentir de alguma forma ou pagar de alguma forma pelo ilícito que você cometeu. Só para vocês terem ideia, no que se refere a recuperação de dinheiro desviado, já conseguimos, em número aproximado, algo como 800 milhões de reais, o dobro do que o departamento de recuperação de ativos do Ministério da Justiça, conseguiu recuperar em toda sua existência. E olha que nós não estamos falando ainda das grandes empresas. Nós estamos falando das pequenas empresas e das pessoas físicas. Um gerente da Petrobras vai repatriar 100 milhões de dólares, isso é um gerente! Ou devolve espontaneamente ou serão obrigados judicialmente a devolver.
P. Uma coisa diferente do sistema legal brasileiro é a delação premiada. Algo efetivo, mas também uma espécie de extorsão. Você fala, você tem a pena reduzida. O que você acha deste sistema?
R. Esse é um instrumento aplicado em larga escala já há muito tempo nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França, na Itália. Nas duas grande estruturas jurídicas no mundo ocidental, foi testado e funcionou em ambas. Esse nome, delação premiada, levou a uma banalização do instrumento. Quando se fala em delação, você imagina logo um dedo duro, falando mal, entregando, fazendo fofoca. Na verdade isso é um acordo, o sujeito pratica um ilícito, a defesa sabe qual é o quantitativo de pena que ele pode receber, a lei fixa a pena mínima, a pena máxima e as circunstâncias de majoração dessa pena. O advogado sabe perfeitamente se vai ficar perto do mínimo, se vai ficar perto do máximo, se vai ficar no meio. Aí ele reconhece a autoria do ilícito.
Não basta devolver, também tem que pagar de alguma forma pelo ilícito que você cometeu
P. E como funciona?
R. Esse acordo ou reduz a pena ou muda o regime de cumprimento. Você faz o acordo, e explica: você vai para o regime domiciliar, mas você fica com essa espada na cabeça. Se quebra o acordo, vai para dentro da prisão. E nesse acordo ele entrega a si próprio e as pessoas que participaram daqueles fatos. A delação premiada não é prova, mas indica o caminho para o MP chegar à prova.
P. Em que momento isso vai começar a chegar nos políticos. Estão falando em chegar efetivamente a 100. Faz sentido esse número?
R. Não. O que chegou aqui com prerrogativa de foro no Supremo foi uma delação premiada que já está homologada que é a do Paulo Roberto Costa. Esses nomes ainda estão mantidos sob sigilo em benefício da produção da prova. Então a gente mantém a investigação para que eu possa coletar essa prova sem possibilidade que essa prova seja desviada e destruída. Quando chegar ao Supremo essa do Paulo Roberto Costa, o Youssef começa o processo de delação premiada. Que é maior que o Paulo Roberto Costa, mais extenso.
P. A gente tem mais ou menos uma ideia de quando esses nomes dos políticos vão começar a aparecer?
R. Eu tenho que esperar o depoimento do Youssef chegar para montar a minha estratégia. Houve uma diminuição da velocidade da delação dele em função do estado de saúde dele. Ele depunha diariamente, durante todo o dia. A gente teve que começar a diminuir para poupar a saúde dele. Mas está concluído já.
P. Toda essa investigação aconteceu num ano eleitoral, e numa eleição renhida como agora. Em nenhum momento você teve foco de pressão? Seja do Governo ou enfim... Da classe política?
Essa sistema vem desde 1987. Passa por todos os Governos. É um sistema endêmico
R. Eu sou o presidente da PGR e do PG Eleitoral também. A concepção nossa é que, num processo eleitoral nós temos dois grandes artistas. O eleitor e o político. O Ministério Publico não é artista no processo eleitoral. A nossa preocupação foi de não interferir no processo eleitoral. Isso a gente conseguiu com algum sucesso. A caixa de Pandora não foi aberta. Nem para um lado e nem para o outro. A gente manteve esses fatos seguros para que não interferissem no processo eleitoral.
P. Mesmo assim houve vários vazamentos, não?
R. Posso lhe assegurar que não houve nem do MP nem da polícia. Como se faz? MP, Polícia e defensoria. Dentro desse quadro dos três atores, que MP não vazou e PF não vazou.
R. Isso é uma questão técnica. Fica no Supremo só aquilo que não puder descer. Haverá cisão sim. Os que não tiverem prerrogativa de foro vão responder ao processo na 13 Vara Federal de Curitiba. Essa é a estratégia da acusação. Eu vou propor, o Supremo decide. Se depender de mim, quem não tem prerrogativa de foro, não vai [para o Supremo].
R. Tenho que ver o material. Hoje, está incompleto. As diferenças entre eles: o mensalão era regido por uma lei muito pior que essa na delação premiada, e tivemos de fazer muita garimpagem de prova. E provas difíceis. Como agora os instrumentos são mais modernos, é possível que a prova venha mais rápida.
Não espero que este processo acabe com o sistema político, mas modificar o sistema. O que existe hoje é um sistema corruptor 
P. Então a a caixa de Pandora ainda não está pronta.
R. Ainda não sei o tamanho dela...
P. Em diversas passagens deste processo, parecia que o sistema político do país ia acabar, quando se sabe que se trabalha com um tempo de 15 anos desse esquema...
R. Essa sistema vem desde 1987. Passa por todos os Governos. É um sistema endêmico. Não espero que este processo acabe com o sistema político, mas modificar o sistema. O que existe hoje é um sistema corruptor. Monta esquemas também para financiar campanhas políticas. Isso tem que mudar. Se não, nós tiramos essas pessoas, e outras entram no lugar. É preciso quebrar essa matriz. Não vejo o sistema político acabar. Vejo ele evoluir.
P. A Petrobras é a empresa ideal para que haja corrupção, porque tem muito dinheiro, muito ganho, muito investimento, é pública, e muito conectada politicamente. Como mudar para que não haja algo do gênero dentro de dois anos?
R. Primeiro é modificar a forma de gestão da empresa. Há instrumentos modernos hoje. A Petrobras é uma grande empresa, mas não é a maior do mundo. Outras grandes também são suscetíveis a essa bocada. Existem hoje regras de contenção que se aplicam a essas empresas que evitam, ou diminuem a extensão disso. E também, mudar o sistema político como um todo. Os partidos não podem ser alimentados desta forma. Se não, é retroalimentação. Se for extenso isso, as pessoas tem de olhar e dizer. Assim não dá.
P. Há outros instrumentos jurídicos que ajudariam a quebrar o sistema?
R. Tem que mudar o sistema político. Há vários instrumentos que podem aprimorar esses sistema de financiamento de campanha. E é nisso que apostamos. Que o processo gere essa consequência também. A sensação de impunidade não pode acontecer.
Tenho a perfeita consciência de que não sou super homem e não sou salvador da pátria
P. Se comparamos este julgamento do Lava Jato com o do mensalão, quais as diferenças no modo de conduzir a investigação? Pode-se evoluir no tipo de resultado?
R. Nas duas investigações, é visível o resultado. Houve uma profissionalização da investigação, tanto é que no caso do mensalãogerou um resultado que já está aí visível para todos. Neste aqui, a gente vai aprendendo com os próprios processos. O caminho se faz caminhando, diz Antônio Machado. Está claro para a gente que o maxi processo demora muito. Processo com muitos réus é difícil de desenrolar. A tendência será fatiar esse processo.
P. O ex-diretor Renato Duque foi liberado da prisão. Há algum risco nisso?
R. A natureza das prisões precisam ser entendidas. Essas prisões não são punitivas, que só virão com o final do processo. Essas são prisões processuais, para garantir o bom andamento do processos. Se justificam enquanto houver possibilidade de interferir no processo. Quando não houver essa possibilidade, não faz sentido continuar. Não sei qual é o fundamento do habeas corpus do ministro, mas essa não é prisão punitiva. Vi que ele teve cuidado de retirar passaporte. A nao ser que ele cometa outro crime...
Se receber convite para o Supremo, eu recuso. Eu estou aqui porque quis ser procurador geral
P. Como é a vida de um procurador com tudo isto acontecendo? Você dorme tranquilamente com um caso que está sacudindo o Brasil inteiro?
R. Tenho a perfeita consciência de que não sou super homem e não sou salvador da pátria. Sou um técnico, um procurador de 30 anos de carreira. Aprendi nesse tempo que a gente não se envolve com a causa que está com você. Quando saio e vou para casa, eu desligo mesmo. Passo a noite durmo bem, tomo meu vinho, sou problema. Eu não sou salvador da pátria e não sou super herói.
P. As pessoas gostam de super heróis, não?
R. Temos de ter instituições fortes, não pessoas fortes. Cada um cumpra seu papel, democracia é isso.
P. A ideia de que pode ir para o Supremo o incomoda?
R. Se vier a receber convite, eu recuso. Eu estou aqui porque quis ser procurador geral. Tenho o compromisso de quando sair para a aposentadoria deixar esta instituição melhor do que quando recebi. E não abro mão disso. Tenho um ano de mandato ainda. Não vim para cá para fazer trampolim para outro lugar. Já tenho profissão.

O azarão Pizzolato

C.J.
INTERPOL
Pode-se dizer tudo sobre Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado pelo mensalão. Menos que lhe falte sorte. O petista escapou da prisão depois de fugir do país em setembro de 2013, usando o passaporte do irmão, e seguiu para a Itália. Localizado cinco meses depois na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, Pizzolato ficou detido enquanto a justiça italiana e brasileira negociavam a sua extradição. Mas, quis o destino que o argumento utilizado pela defesa contratada em solo italiano para não trazer o mensaleiro de volta ao Brasil fosse acatado pelo juiz. “Eles alegaram que nosso sistema prisional não teria condições mínimas de obedecer os direitos humanos fundamentais”, explica Rodrigo Janot, da Procuradoria Geral da República. Essa foi uma das razões alegadas pela Corte de Apelações do Tribunal de Bolonha para não liberar a volta de Pizzolato, e deixá-lo livre da pena de 12 anos e 7 meses de detenção.
Embora o sistema prisional como um todo esteja aos frangalhos, o país tem alguns cárceres que seguem normas mínimas, como é o caso do presídio da Papuda, em Brasília, onde estiveram os ex-presidentes do PT, José Dirceu, e José Genoino, antes de se transferirem para o regime de prisão domiciliar. “Nosso azar é que na semana do julgamento da extradição de Pizzolato houve dois homicídios na Papuda”, comenta Janot.
Na última semana de outubro, dois homens foram mortos no presídio da capital federal. Um deles morreu eletrocutado ao mexer numa lâmpada, e outro, foi morto numa briga no pátio da prisão. A Justiça brasileira argumentou que mortes dessa natureza estavam acontecendo, na mesma época, em prisões nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas não houve consenso, e Pizzolato continua livre até agora.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


Paul Simon - You Can Call Me Al


Fracasso e talento são ingredientes do sucesso profissional, segundo o Google

EFE

Talento e fracasso podem caminhar lado a lado? Para o Google, a resposta é afirmativa e se faz presente em sua cultura corporativa, como garante a diretora geral da companhia para os países da América hispânica, a executiva Adriana Noreña.
A busca de talentos é um dos principais desafios da empresa com sede em Mountain View, no estado da Califórnia (EUA), mas também há a preocupação de incentivá-los a se arriscar, a se equivocar e voltar a começar como parte do processo de aprendizagem profissional.
A diretora geral do Google para os países da América hispânica, Adriana Noreña. EFE/Alessandro Carvalho/Google
A diretora geral do Google para os países da América hispânica, Adriana Noreña. EFE/Alessandro Carvalho/Google
"No Google cai bem dizer: me equivoquei e vou corrigir", explicou Noreña em entrevista à Agência Efe no Centro de Engenharia do Google, em Belo Horizonte. Para a colombiana, que está desde 2011 no principal posto da companhia para os países da América hispânica, não ter medo do fracasso é algo que é preciso ser estimulado abertamente, e não só em empresas de tecnologia.
"Acredito que é algo que é preciso ser incentivado, ser dito e ser vivido. Há gente que não aceita isso. Ou seja, em quantas empresas, quando se comete um erro, você vai para a rua? É preciso ter essa transparência e dizer, está ok. No Google, isso se faz muito. Nós o fazemos internamente. 'Errei', as pessoas não tem medo de dizer", contou a executiva.
A vantagem para os que empreendem na internet, segundo Noreña, é que é "mais fácil se equivocar, mas também é mais fácil se corrigir e saber que errou, porque as coisas são vistas em tempo real".
Se por um lado a diretora geral do Google na América hispânica diz que é preciso impulsionar algumas posturas, há outras típicas dos latino-americanos que, segundo ela, podem contribuir com a companhia.
"Uma que é básica e que se vê muito no Brasil e na Argentina é a capacidade criativa. Isso no mundo publicitário é essencial. A segunda é que as economias da América Latina passaram por hiperinflações, desvalorizações. Então, a capacidade de adaptação dos modelos de negócios para sobreviver, digamos, foi colocada mais em teste na América Latina", analisou Noreña.
Para a executiva, essas características podem fazer com que o "novo Google" surja na América Latina "porque há capacidade criativa, resiliência, que provavelmente é algo mais difícil de ser visto em uma economia mais estável".
Desde 2005, a companhia mantém em Belo Horizonte o primeiro e único centro de engenharia na América Latina, um espaço de atração de talentos diferente das operações comerciais presentes em outros países da região. Apesar disso, atrair talentos para todas as operações do Google continua sendo um dos grandes desafios, segundo Noreña.
"Ainda é um desafio porque não há talento suficiente nas universidades, mas conseguimos contratar em todos os países e formar esse talento", frisou.
Noreña também citou a concorrência com as agências de publicidade por profissionais desse segmento de atuação.
"Há concorrência pelos talentos, um fato, porque são poucos, mas também há necessidade de gerá-lo. Nós fizemos várias coisas para ajudar a educar esses talentos: ferramentas online, temos o Google Academy. Há uma plataforma para a formação de agências, profissionais de marketing digital e consultores online que se chama Google Partners, onde os capacitamos e lhes damos ferramentas para que primeiro treinem e depois também façam disso um negócio", explicou.

Procurador-geral Rodrigo Janot vê 'gestão desastrosa na Petrobras', defende mudança de diretoria e prisão de corruptos

RODRIGO JANOT

Do Estadão

Em um duro discurso na manhã desta terça-feira, 9, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o escândalo na Petrobras "convulsiona" o País e, como "um incêndio de largas proporções" consome a estatal e produz "chagas que corroem a probidade e as riquezas da nação".
Em sua fala por ocasião do Dia Internacional de Combate à Corrupção, Janot chegou a defender a eventual substituição de toda a diretoria da Petrobras.
"Esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição de sua diretoria, e trabalho colaborativo com o Ministério Público e demais órgãos de controle", declarou.
Janot é a autoridade competente para pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de ação penal nos casos em que há envolvimento de autoridades ou parlamentares com foro privilegiado, o que deve acontecer nas próximas semanas.
O procurador-geral disse ver "um cenário tão desastroso na gestão" da empresa e prometeu "não descansar" para fazer com que todos respondam pelos crimes cometidos. Para Janot, a corrupção é um problema que "mata e sangra" e defendeu que "corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere".
"Urge um olhar detido sobre a Petrobras, em especial sobre os procedimentos de controle a que está submetida. Em se tratando de uma sociedade de economia mista, com a presença de capital majoritário da União - e, pois, do povo brasileiro - é necessário maior rigor e transparência na sua forma de atuar", afirmou.
A Procuradoria Geral da República (PGR) tem conduzido as investigações da Operação Lava Jato com a constituição de uma "força-tarefa" atuante no Paraná, onde se concentra a apuração do caso, conduzido pelo juiz Sérgio Moro. Janot foi responsável pela criação do grupo de procuradores.
"Nem bem se encerrou a ação penal 470 (mensalão), revela-se ao País outro grande esquema de corrupção em investigação profunda", disse Janot, em referência à Lava Jato. O procurador-geral garantiu que a "resposta aos que assaltaram a Petrobras será firme" dentro e fora do País e disse que caberá aos procuradores que atuam na primeira instância do Judiciário propor ações penais e de improbidade "contra todos aqueles que roubaram o orgulho dos brasileiros pela sua companhia".
A ele próprio, disse, cabe apoiar a atuação dos colegas e apresentar ação penal contra os detentores de foro especial. "Ninguém se beneficiará de ajustes espúrios, podem ter a certeza", disse.
Ele informou que em janeiro uma missão de procuradores da República irá aos Estados Unidos para cooperar com o Departamento de Justiça norte-americano e "sufocar" criminosos que se valeram de fraudes e lavagem de dinheiro para "destruir" o patrimônio e a marca da Petrobrás.
Missões da Procuradoria já foram à Suíça e à Holanda para realizar investigações relacionadas à Lava Jato e ao caso envolvendo a SBM offshore.
Ao falar sobre os problemas na gestão da estatal, o procurador disse que são esperadas as "reformulações cabíveis" inclusive com eventual substituição da diretoria e trabalho colaborativo com o Ministério Público.
"Aqui e alhures, a decisão é de ir fundo na responsabilização penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. Não haverá descanso. A PGR não tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da nação. A PGR age", disse Janot. Ele garantiu que o Ministério Público Federal fará com que "todos os criminosos" envolvidos no esquema respondam perante o Judiciário.
Dia Internacional de Combate à Corrupção
As declarações foram feitas na abertura de evento organizado pela PGR em celebração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, nesta terça-feira. Um dia em que o País tem motivos para lamentar, disse Janot. "E lamentar muito."
"O Brasil ainda é um país extremamente corrupto (...) Envergonha-nos estar onde estamos", afirmou Janot, dizendo que a culpa por esta situação "é de maus dirigentes, que se associam a maus empresários, em odiosas atuações, montadas para pilhar continuamente as riquezas nacionais".
"Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e precisam devolver os ganhos espúrios que engordaram suas contas, à custa da esqualidez do tesouro nacional e do bem-estar do povo. A corrupção também sangra e mata", disse Janot. Ele afirmou que o País "não tolera mais a desfaçatez de alguns agentes públicos e maus empresários".
Janot cobrou a edição de decreto presidencial para implementar medidas de combate à corrupção previstos na nova Lei Anticorrupção Empresarial, que prevê que empresas e pessoas jurídicas respondam civil e administrativamente quando seus empregados ou representantes forem acusados de envolvimento com corrupção.
Apesar de a Lei 12.846 ter sido sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União em 2 de agosto de 2013, ela  entrou em vigor em janeiro de 2014, sem que o decreto presidencial que a regulamenta tenha sido publicado.