sábado, 14 de outubro de 2017

Cristiane: ‘O aluno tem algo a dizer. Deixei que me ensinassem’

A professora Cristiane Pereira de Souza Francisco e as bolinhas de gude que agitaram a escola (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
Finalista do Prêmio Educador Nota 10 resgatou brincadeira antiga com bolinhas de gude e reformulou dinâmica entre professor e estudante
Logo após ter colado grau na licenciatura em educação física, em 2006, Cristiane Pereira de Souza Francisco, 34 anos, já assumiu o cargo de professora na Escola Estadual Antônio de Oliveira Bueno Filho, em Araraquara, interior de São Paulo. O colégio era visado por ela há tempos. “Eu escolhi trabalhar ali, cresci no mesmo bairro da escola”, conta a profissional, que conquistou a vaga através de um concurso público.
Ao longo dos dez anos ensinando alunos da 1º a 5º série do fundamental, Cristiane apostou na diversidade, experimentando atividades diferentes entre jogos e brincadeiras. Até que, no segundo semestre de 2016, uma pequena alteração no método de trabalho ressignificou sua visão sobre a profissão. A intervenção, batizada de “Projeto Bolinhas de Gude: Descobrindo Outras Formas de Ensinar, Aprendendo Outros Jeitos de Aprender”, resgatou uma antiga brincadeira, que trabalharia a coordenação fina das crianças do 1º ano e mudaria a dinâmica entre professor e aluno, invertendo o protagonismo no momento da aprendizagem.
“Nos projetos anteriores, eu pesquisava e trazia brincadeiras diferentes para as crianças, com regras e modelos definidos. Desta vez, deixei que elas construíssem o conhecimento”, conta Cristiane. “Temos preconceito com crianças, achamos que elas não têm experiência. Mas toda criança tem algo a dizer. Então, deixei os alunos me ensinarem.”
Cristiane trouxe para a quadra bolinhas de gude. Conversou sobre o material, perguntou quem já tinha brincado com o objeto e questionou se aquilo seria uma brincadeira de meninos ou meninas. Os cerca de trinta alunos nunca tinham interagido realmente com as bolinhas, e apenas quatro acreditavam que o brinquedo era exclusividade dos garotos. Ela deu quatro bolinhas a cada aluno e só fez um pedido: que fossem devolvidas no final da aula. “Foi a chance de resgatar uma brincadeira antiga. E eles brincaram das maneiras mais variadas, menos do meio convencional.” As crianças ficaram focadas no material. Com ele, jogaram futebol, atiraram a bolinha para cima com o intuito de ver quem pegava primeiro, fizeram “golzinho” com os dedos tentando pontuar, malabarismo e até utilizaram a bolinha para brincar de passa-anel.
A experiência, que parte do pressuposto de que a criança não é um recipiente vazio, sem nada a ensinar ao docente, foi ampliada quando a professora pediu que eles pesquisassem em casa brincadeiras novas para ensinar aos colegas.
“Foi uma maneira de envolver os pais, que raramente conseguem ajudar nas tarefas. A partir desse estudo caseiro, eles trouxeram novas maneiras de praticar a atividade. Algumas eu nem conhecia”, conta. Pesquisas na internet e outra tarefa, que pedia aos alunos que convidassem alguém de seu convívio para brincar, continuaram a acrescentar métodos de se divertir com as bolinhas. Como resultado, além de estimular a criatividade e a coordenação motora dos pequenos, Cristiane trabalhou a socialização dos alunos, que tinham o hábito de brincar isolados ou em grupos pequenos, e envolveu familiares.
“O contexto que temos de educação, de um sistema que não valoriza o professor, faz com que ele acabe não valorizando o aluno. Se tivermos a oportunidade de ouvir mais os alunos e menos burocracia nas escolas, a experiência entre os dois pontos pode ser mais enriquecedora”, diz. Cristiane lembra que deixar as crianças inventarem maneiras de brincar não fez o trabalho dela menor, muito pelo contrário. “Foi mais trabalhoso, houve todo o processo de organizar as aulas e registrar o dia a dia. Mas valeu muito a pena. Os alunos responderam bem e ficaram felizes.”
Cristiane conquistou com o projeto um lugar entre os dez melhores professores do ano pelo PrêmioEducador Nota 10, promovido pelas fundações Victor Civita e Roberto Marinho. Ela agora tem a chance de ser vencedora do título Educador do Ano na cerimônia que acontece no dia 30 de outubro, em São Paulo.

Por Raquel Carneiro, na Veja.com


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