sábado, 20 de agosto de 2016

Se é um dirigente, é um educador


O esforço para escancarar as portas do desenvolvimento deve ser progressivo e continuado.

No plano da educação, conquistamos vitórias expressivas quando abordamos a questão da alfabetização.

Em 1900, quase 70% da população brasileira com mais de 15 anos era constituída de pessoas analfabetas. Hoje, cerca de 11% da população carrega esta hedionda cruz de chumbo. Os números sinalizam que não ficamos parados no tempo, que avançamos em alguma medida, mas 11% é um indicador grave demais para merecer a indiferença do governo e da sociedade.

Se 11% de analfabetos já é um dado inaceitável, o que se dirá então em relação à taxa de analfabetismo funcional? Nessa seara retornamos aos idos de 1900, ao começo do século passado, ostentando uma vergonhosa taxa de 71%.

Um dos maiores problemas entre nós é o nível das contradições, por demais aviltantes. Já virou lugar comum a constatação de que no Brasil convivem, lado a lado, Gabão e Suécia, a miséria absoluta e a ostensividade aristocrática.

Esta realidade deixa cicatrizes em todos os setores. E também na educação. Os vergonhosos dados sobre analfabetismo dividem o mesmo espaço com outros de ostensiva qualidade, como os que mostram algumas crianças brasileiras arrebatando as primeiras colocações nas olimpíadas de matemática realizadas mundo afora.

Quando rompemos as barreiras da exceção e adentramos no Brasil real, verificamos que a “situação do ensino matemático no Brasil é dramática”. É o que denunciam os dirigentes da Sociedade Brasileira de Matemática.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro - vinculado ao Ibope, e pela ONG Ação Educativa, cerca de 30% da população do país resolve operações matemáticas simples com extrema dificuldade. Consegue, no máximo, fazer operações simples envolvendo a adição, subtração, multiplicação e a divisão. São 52 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos que não conseguiram romper os estreitos limites da aritmética, mantendo longa distância do universo da matemática.

Ainda na faixa etária dos 15 aos 64 anos, mais de três milhões de brasileiros são analfabetos absolutos em matemática. Não conseguem sequer ler ou identificar números simples, como o número que identifica uma casa de determinada rua, ou o número do telefone de um posto de saúde.

Segundo a pesquisa, apenas 23% da população adquiriu a habilidade de conhecer os números plenamente, elaborando cálculos e interpretando mapas, tabelas e gráficos.

Outro grave problema identificado pela pesquisa é que cerca de 60% dos entrevistados com até a 3ª série do ensino fundamental não consegue resolver espécie alguma de cálculo. Estamos, portanto, tecendo considerações sobre alunos que frequentam ou frequentaram a escola, o que torna o quadro mais dramático ainda.

Segundo dirigentes da Sociedade Brasileira de Matemática, isso decorre do fato de que “mais de 60% dos nossos professores desconhecem o conteúdo que têm que ensinar”.

No Brasil, desde sempre, a educação encontra-se na lata do lixo. Todo esforço despendido até aqui conferiu apenas uma casca de verniz à questão, criando – quando muito - bolsões de excelência encravados num mar de vergonhosos fracassos. Criminosos fracassos.

Se este é o cenário observado na sociedade como um todo, o verificado na administração pública não é muito diferente. Atuam nos poderes executivo, legislativo e judiciário das três esferas de poder – federal, estadual e municipal – servidores e gestores extraídos da sociedade, essa mesma sociedade que acabamos de diagnosticar no corpo deste tópico. Ou os que atuam no serviço público foram selecionados em Marte? É evidente que a obrigatoriedade do acesso através de concurso público amenizou o problema. Mas não nos esqueçamos que nossas castas aristocráticas guardam o péssimo hábito de reservar – no aparelho de estado – milhares e milhares de cargos “de confiança”, ocupados por comissionados que adentram o serviço público não em decorrência das habilidades pessoais e profissionais, e sim devido à filiação partidária ou ao grau de parentesco. Fazendo ouvidos moucos à meritocracia.


O fato é que o dirigente deve assumir a missão de conduzir sua equipe ao contínuo aperfeiçoamento, só possível quando a educação é processada diuturnamente. Em salas de aula, nos cursos de atualização, mas também nos treinamentos em serviço e no dia a dia das empresas e organizações. 

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Para aproveitar as férias e a vida



Para aproveitar o período das férias, selecionamos títulos para os mais variados públicos - de crianças a amantes de literatura.

No descanso, divirta-se a valer, descanse, recarregue as baterias. Não deixe de colocar a leitura em dia, cuide de manter atualizada a sua biblioteca e – jamais se esqueça, o bom presente é aquele que ensina uma lição e dura para sempre; por isso, habitue-se a adquirir livros também para presentear.

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1) Coleção Educação, Teatro e Folclore
Dez volumes abordando 19 lendas do folclore brasileiro.



2) Coleção infantil
Dez volumes abordando temas variados do universo infanto-juvenil.



3) Coleção Educação, Teatro e Democracia
Quatro volumes abordando temas como democracia, ética e cidadania.



4) Coleção Educação, Teatro e História
Quatro volumes abordando temas como independência e cultura indígena.



5) Coleção Teatro greco-romano
Quatro volumes abordando as mais belas lendas da mitologia greco-romana.



6) O maior dramaturgo russo de todos os tempos: Nicolai Gogol – O inspetor Geral



7) O maior dramaturgo da literatura universal: Shakespeare – Medida por medida



8) Amor de elefante



9) Santa Dica de Goiás



10) Gravata Vermelha



11) Prestes e Lampião



12) Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski



13) Amor e ódio



14) O juiz, a comédia



15) Planejamento estratégico Quasar K+



16) Tiradentes, o mazombo – 20 contos dramáticos



17) As 100 mais belas fábulas da humanidade