quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O dirigente

Desde 1903, com a administração científica de Taylor, até chegar aos dias atuais, as técnicas de gestão foram se adequando às necessidades das pessoas e das instituições. À medida que os problemas foram se apresentando, novas teorias se originaram impulsionando as organizações e seus agentes para a conquista dos novos objetivos.

Conforme foi o mundo evoluindo, deferentes variáveis foram sendo delineadas. (i) O enfoque nas tarefas operacionais, depois na (ii) estrutura das organizações, em seguida (iii) nas pessoas e, finalmente, no (iv) ambiente e na (v) tecnologia, nos legaram estes cinco componentes básicos que, utilizados de forma isolada ou conjuntamente, conformam a gestão que empreendemos nas diferentes instituições.

Utilizando essas cinco variáveis de forma eficaz o gestor consegue conduzir seu empreendimento rumo às mudanças e transformações necessárias para que a instituição não perca a identificação com o seu tempo e, de igual modo, não seja atropelada pela concorrência, pela ineficácia, ou pelas incertezas da modernidade.

O gestor de qualquer empreendimento, quando busca a eficácia, se reveste de um caráter educador. Como seu objetivo é extrair o máximo de produtividade de sua equipe de subordinados e colaboradores, deve estabelecer uma interlocução em que ensine e aprenda ao mesmo tempo, trafegando permanentemente numa via de mão dupla em que o único objetivo é atingir o bem comum. Ao mesmo tempo em que assume o papel de educador, o gestor - ao transformar as rotinas e as próprias instituições - maneja a cultura organizacional, abordando um dos componentes mais caros aos indivíduos e às corporações.

Todavia, um componente tem sido mantido à margem dos processos institucionais. O racionalismo, a burocracia, o tecnicismo e o materialismo contemporâneo impõem às presentes gerações um perfil pasteurizado, pretensamente científico e impessoal. Neste contexto, tratar dos valores imateriais, intangíveis e do espírito humano soa como retornar a um tempo distante e ultrapassado. É então de se arguir o quanto de amor as pessoas conseguem impregnar às suas ações institucionais. Quanto às relações profissionais, a concorrência selvagem, a busca pelo sucesso a qualquer preço implica, para quase todos, na supressão de tudo o que represente sentimento, emoção e afeto, consolidando uma visão tacanha do trabalho. Por isso é comum, nas repartições, a onipresença de trabalhadores coisificados, tratados como poste onde o cachorro deita a urina.

Somos um todo e é este conjunto que atua na vida, nas esferas pessoal, familiar, profissional e social. Assegurar que é inadequado agregar amor às nossas realizações institucionais é como imaginar ser possível, ao adentrarmos no local de trabalho, deixar pendurada num cabideiro, nossa alma. Que serenamente aguardará o término da jornada para, novamente, como uma casaca engomada, ser vestida por cada um de nós. 

Por incrível que pareça muitos são os que assim se comportam.

Quando trabalhamos com carinho conseguimos agregar mais valor às nossas atividades e realizações.


O Ministério da Educação tem divulgado estudos que demonstram o quanto nossas crianças são impactadas negativamente pelo sentimento de rejeição provocado por colegas e professores. Os estudantes sentem-se ultrajados, desprezados, expressando esta relação no baixo aproveitamento escolar, na baixa autoestima, e na vivência familiar e comunitária. Seria possível a manutenção deste trágico cenário num ambiente permeado de carinho e amor? 

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