sábado, 12 de novembro de 2016

Acordo de leniência da Odebrecht pode ser o maior do mundo


Investigadores suíços e americanos trabalham com autoridades brasileiras para finalizar as tratativas com a Odebrecht para o que poderá ser o maior acordo de leniência do mundo, afirmaram à Reuters fontes envolvidas nas negociações.
Cerca de 80 executivos e funcionários da empreiteira negociam acordos de delação premiada e um acordo de leniência para a empresa no âmbito da operação Lava Jato. Em troca, eles terão de revelar detalhes sobre o papel da companhia no esquema de pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
O acordo de leniência que garantiria ao infrator cerrtos benefícios, como a não aplicação de multas e punições, deve ser o maior já realizado no mundo em termos financeiros, sugeriram as fontes à Reuters, superando o acordo de 2008 no qual a alemã Siemens pagou US$ 1,6 bilhão a autoridades dos Estados Unidos e da Europa pelo pagamento de propinas para obter contratos com governos.
Mais de 100 políticos antigos e atuais podem ser envolvidos nas delações. É possível ainda que algumas autoridades que fazem parte do governo Temer sejam envolvidas nas investigações, garantiram as fontes.
O que chama a atenção é que o acordo deve expor irregularidades na maioria dos 27 países em que a Odebrecht realizou projetos. A participação americana nas investigações se deve porque parte do dinheiro utilizado como propina passou por bancos do país e também porque a empresa atuou em obras nos Estados Unidos. Essas autoridades checam a possível participação de cidadãos norte-americanos ou companhias que possam ter cometido crimes junto com a empreiteira brasileira.
De acordo com as fontes da Reuters, a Suíça e os Estados Unidos concordaram em apenas cobrar multas dos executivos da Odebrecht e deixar para a Justiça brasileira decidir sobre eventuais penas de prisão.
Yahoo notícias
______________
Como o planejamento pode se constituir num dos principais instrumentos de combate à corrupção. Veja como clicando aqui.
Para saber mais sobre o livro, clique aqui.