sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A dilapidação da Petrobrás

Ação questiona negócios fechados na Argentina e tenta anular transação


Uma ação popular impetrada semana passada na Justiça Federal do Rio de Janeiro está pedindo a anulação da venda da Petrobras Argentina, operação que faz parte do bilionário programa de venda de ativos da estatal. A ação aponta indícios de ilegalidade e desvio de finalidade na transação, que teria sido fechada em desacordo com as normas legais e em valores abaixo do mercado.

Autor da petição, o advogado Felipe Caldeira alega confidencialidade para não revelar a identidade do cliente que ele representa na ação. Caldeira afirma na peça que a venda da Petrobras Argentina, fechada por US$ 897 milhões, pode ter causado um prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão para os cofres da estatal. Baseado em informações veiculadas na imprensa, o advogado sustenta que a Petrobras teria ignorado propostas de até US$ 2 bilhões.

As negociações foram concluídas em 12 de maio deste ano, mesmo dia em que a então presidente Dilma Rousseff foi afastada temporariamente do cargo pelo Senado. No dia seguinte, o contrato foi assinado com o grupo argentino Pampa Energía.

A ação também acusa a Petrobras de falta de transparência durante as negociações. De acordo com Caldeira, várias informações foram omitidas, como a identidade das outras 13 empresas que teriam disputado o negócio. O advogado diz que a Petrobras também não apresentou os pareceres dos bancos que atestaram o "preço justo" do ativo.

A petição informa que a estatal contratou duas instituições financeiras independentes (Evercore e Crédit Agricole) para avaliar o valor do negócio. Ainda segundo o documento, o Itaú BBA também teria concluído que a proposta financeira da Pampa estava em faixa "compatível".

Para reforçar seu pleito, o advogado lembra que a transação foi questionada por parlamentares e que está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Caldeira cita ainda suspeitas de que o presidente da Pampa Energía, Marcelo Mindlin, teria intermediado ilegalmente negociações entre o governo argentino e os chamados fundos "abutres". Mindlin nega as acusações.

No Brasil, o TCU começou a investigar a transação após um requerimento encaminhado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). No documento, o parlamentar menciona a "curiosidade" e a "preocupação" causadas na Argentina pela venda dos ativos, que foi considerada "acelerada".

"Noticia-se também uma possível interferência do governo argentino, no sentido de impedir a participação de empresas no processo competitivo de venda, o que ocasionaria prejuízos à Petrobras", diz Ferraço. A auditoria do TCU ainda está em fase inicial.

No dia 2 de março deste ano, a Petrobras divulgou uma nota ao mercado informando que as negociações para venda da subsidiária argentina seriam feitas exclusivamente com a Pampa pelo período de 30 dias. De acordo com o advogado autor da ação, a estatal brasileira não justificou os motivos da exclusividade.

"Num primeiro momento e a partir dos documentos anexos, verifica-se a nulidade do ato ora impugnado quando o processo de venda frustra o caráter competitivo ao estabelecer uma negociação exclusiva com a Pampa, sem que se dê a mínima publicidade dos motivos que levaram a esta negociação com exclusividade", diz Caldeira na petição.

O advogado também pede à Justiça a antecipação de tutela, ou seja, a paralisação imediata de quaisquer atos pelas partes. "Como trata-se de uma operação complexa, envolvendo dois países e troca de ações, é possível que ainda haja operações por concluir", disse ele ao Valor.

O processo está na 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, sob a responsabilidade da juíza Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho. Procurada, a Petrobras não havia se manifestado até o fechamento desta edição.

Por Murillo Camarotto, no Valor Econômico



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