sábado, 12 de dezembro de 2020

Governo fixa meta de déficit na faixa de R$ 200 bi

 


Decisão mostra desistência de adotar o limite flexível no próximo ano, que havia sido proposto pela equipe econômica. Em estudo, Itaú afirma que é possível manter teto de gastos e ainda dobrar o valor do Bolsa Família em 2021

 

O governo federal fixou ontem uma meta para as contas públicas em 2021. O rombo deve ficar um pouco acima de R$ 200 bilhões, segundo fontes que participaram da reunião em que a questão foi definida. Elas não revelaram o valor exato, mas confirmaram que a regra valerá para o ano que vem, mesmo após a equipe econômica ter proposto o uso de um limite flexível.

O martelo foi batido durante encontro da Junta de Execução Orçamentária da qual participam os ministros Paulo Guedes (Economia) e Walter Braga Netto (Casa Civil). O Tribunal de Contas da União (TCU) havia alertado que trabalhar com meta flexível poderia resultar em descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Essa lei obriga o Executivo a projetar o resultado entre receitas e despesas públicas. Como, nos últimos anos, as despesas superam as receitas, a meta sempre prevê um déficit nas contas públicas. Com base nesse número, ao longo do ano, o governo libera ou bloqueia gastos para garantir que o objetivo será cumprido, o que é chamado de contingenciamento. Este ano, a regra foi suspensa por causa dos gastos para combate à pandemia.

Em abril, quando enviou ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - que fixa as bases para a execução dos gastos no ano seguinte - , o Ministério da Economia não incluiu a meta, alegando incertezas sobre a arrecadação no ano seguinte, por causa do coronavírus.

Também ontem, o Itaú Unibanco, divulgou um estudo, no qual afirma que é possível dobrar os recursos para o Bolsa Família em 2021 e manter o teto dos gastos.

GERAÇÃO DE R$33 BI

Em uma apresentação de Mario Mesquita, economista-chefe da instituição, o Itaú Unibanco desenhou um cenário em que é possível alocar mais R$ 33 bilhões para o Bolsa Família sem furar o teto. Com estes recursos, o total de famílias atendidas pelo programa poderia passar das 14 milhões para 19 milhões, e o benefício médio saltaria de R$ 200 para R$ 300 mensais.

Os recursos seriam obtidos com a racionalização de benefícios sociais, como por exemplo, a incorporação do seguro defeso pelo Bolsa Família, com a redução das correções salariais e das contratações de servidores e extinção ou privatização de estatais dependentes do Tesouro.

- É absolutamente falacioso, não é verdade que o teto dos gastos inviabiliza o aumento do gasto social. É inviável aumentar o gasto social e manter o teto se os políticos não quiserem escolher, não quiserem pagar o custo de, para beneficiar os mais pobres, afetar alguns segmentos - afirmou Mesquita.

Manoel Ventura, Marcello Corrêa, Geralda Doca e Henrique Gomes Batista, em O Globo   


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