quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Contrato prevê a compra de retardante; MP quer barrar

 


Sob a orientação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Ibama elaborou um contrato em regime de urgência para comprar, sem licitação, 20 mil litros de retardante de fogo para usar em áreas de queimadas no Mato Grosso. Após a divulgação pelo estadão.com, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu a paralisação imediata do processo.


Esse produto químico, que é misturado à água e lançado por aviões sobre a vegetação, tem a propriedade de aumentar a capacidade de retenção do fogo. Mas técnicos são taxativos ao recomendar "a suspensão do consumo de água, pesca, caça e consumo de frutas e vegetais na região exposta ao produto pelo prazo de 40 dias".

O Estadão apurou que o produto que Salles quer comprar, ao custo total de R$ 684 mil, seria fornecido pela empresa Rio Sagrado Industrial Química. Essa é a mesma companhia que, nesta semana, fez uma doação de mil litros do retardante de fogo que Salles exibiu em sua visita a operações contra queimadas na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O produto não tem regulamentação de uso. A aquisição ocorreria nos próximos dias. A reportagem apurou que no dia 11 a Procuradoria Federal Especializada do Ibama deu parecer favorável. O Estadão teve acesso a toda a documentação, incluindo a minuta de contrato que já foi elaborada para comprar o material.

O contrato prevê a entrega de 20 mil litros do retardante de fogo no prazo máximo de 48 horas, para serem utilizados em Mato Grosso, ao preço de R$ 684 mil. A minuta estipula que dez mil litros devem ser entregues ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Os outros dez mil devem ser enviados para a Estação Ecológica da Serra das Araras, em Cáceres, também no Mato Grosso.

"Trata-se de flagrante desrespeito a disposições constitucionais que visam à preservação do meio ambiente e à proteção à saúde da sociedade", afirma o subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Furtado. A reportagem fez contato com a empresa Rio Sagrado, mas não teve resposta. O Ibama, o MMA e Salles foram questionados e também não houve resposta. / A.B.

O Estado de S. Paulo  / Metrópole


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