Plano estratégico para 2030 prevê
participação do banco estatal para blindar setor de tecnologia
A
Alemanha divulgou nesta sexta-feira planos para criar um comitê do governo para
intervir rapidamente para proteger empresas contra aquisições estrangeiras, um
sinal de preocupação com a China e outros países.
A estratégia industrial, delineada pelo ministro da Economia, Peter Altmaier, também visa a impedir a erosão da base industrial alemã, sobre a qual grande parte de sua riqueza é construída.
Depois da OCDE: Banco Central Europeu defende estímulos fiscais para aquecer economia
Como último recurso, o comitê permanente a ser criado teria poderes para assumir rapidamente participações em empresas alemãs que produzem tecnologias sensíveis ou relevantes para a segurança nacional.
Essas participações, a serem adquiridas pelo Banco Estatal de Desenvolvimento (KFW), seriam mantidas temporariamente. Atualmente, isso já pode ser feito em alguns casos sob a lei alemã, mas, segundo Altmaier, o processo é muito lento.
"É necessário criar estruturas para tomar as decisões necessárias com mais rapidez e eficiência do que tem sido feito até agora", disse o ministro no documento "Industry Strategy 2030" divulgado nesta sexta-feira.
Para atrair empresas europeias : estados do Nordeste querem 'minirreforma' tributária
Em entrevista coletiva, Altmaier disse que o comitê permanente trabalharia junto ao KFW, mas não seria criado um novo veículo de financiamento estatal para assumir as participações governamentais nessas empresas.
Ao apresentar suas idéias iniciais, em fevereiro, o ministro encontrou resistência de grupos de negócios.
- Não quero expandir o setor estatal - afirmou Altmaier nesta sexta-feira.
Embora naquela ocasião o ministro tenha citado empresas como Thyssenkrupp, Siemens e Deutsche Bank, o documento sobre a nova estratégia do governo não aponta quais companhias deveriam ser protegidas.
Juha Leppänen: 'Brasil não deve replicar inovação de outros países'
Com Estados Unidos e China envolvidos em uma guerra comercial e diante da incerteza em torno das relações comerciais entre o Reino Unidos e a zona do euro, há uma movimento protecionista crescente em todo o mundo.
Segundo os planos de Altmaier, a Alemanha também visa a intensificar a triagem de investidores não europeus que desejam comprar empresas de setores importantes, medida que teria como alvo investidores apoiados pelo governo chinês.
Com nova lei de imigração: Alemanha quer atrair estrangeiros qualificados
A União Europeia está reconsiderando sua estratégia industrial e suas relações com a China diante do aumento do investimento por parte de empresas estatais chinesas em setores críticos. Isso porque Pequim está impulsionando o desenvolvimento doméstico de tecnologias, incluindo carros elétricos, e tem adquirido know-how no exterior através de aquisições, incluindo a fabricante de robótica alemã Kuka.
As autoridades alemãs descrevem a aquisição da Kuka, em 2016, como um alerta que enfatiza a necessidade de proteger setores estratégicos da economia.
Uma tentativa da gigante chinesa de energia State Grid, em 2018, de comprar uma participação da operadora da rede elétrica 50Hertz também chamou a atenção dos alemães. Depois que Berlim não conseguiu encontrar um investidor privado alternativo na Europa, o banco estatal KfW interveio para manter os chineses fora do negócio.
Da ReutersA estratégia industrial, delineada pelo ministro da Economia, Peter Altmaier, também visa a impedir a erosão da base industrial alemã, sobre a qual grande parte de sua riqueza é construída.
Depois da OCDE: Banco Central Europeu defende estímulos fiscais para aquecer economia
Como último recurso, o comitê permanente a ser criado teria poderes para assumir rapidamente participações em empresas alemãs que produzem tecnologias sensíveis ou relevantes para a segurança nacional.
Essas participações, a serem adquiridas pelo Banco Estatal de Desenvolvimento (KFW), seriam mantidas temporariamente. Atualmente, isso já pode ser feito em alguns casos sob a lei alemã, mas, segundo Altmaier, o processo é muito lento.
"É necessário criar estruturas para tomar as decisões necessárias com mais rapidez e eficiência do que tem sido feito até agora", disse o ministro no documento "Industry Strategy 2030" divulgado nesta sexta-feira.
Para atrair empresas europeias : estados do Nordeste querem 'minirreforma' tributária
Em entrevista coletiva, Altmaier disse que o comitê permanente trabalharia junto ao KFW, mas não seria criado um novo veículo de financiamento estatal para assumir as participações governamentais nessas empresas.
Ao apresentar suas idéias iniciais, em fevereiro, o ministro encontrou resistência de grupos de negócios.
- Não quero expandir o setor estatal - afirmou Altmaier nesta sexta-feira.
Embora naquela ocasião o ministro tenha citado empresas como Thyssenkrupp, Siemens e Deutsche Bank, o documento sobre a nova estratégia do governo não aponta quais companhias deveriam ser protegidas.
Juha Leppänen: 'Brasil não deve replicar inovação de outros países'
Com Estados Unidos e China envolvidos em uma guerra comercial e diante da incerteza em torno das relações comerciais entre o Reino Unidos e a zona do euro, há uma movimento protecionista crescente em todo o mundo.
Segundo os planos de Altmaier, a Alemanha também visa a intensificar a triagem de investidores não europeus que desejam comprar empresas de setores importantes, medida que teria como alvo investidores apoiados pelo governo chinês.
Com nova lei de imigração: Alemanha quer atrair estrangeiros qualificados
A União Europeia está reconsiderando sua estratégia industrial e suas relações com a China diante do aumento do investimento por parte de empresas estatais chinesas em setores críticos. Isso porque Pequim está impulsionando o desenvolvimento doméstico de tecnologias, incluindo carros elétricos, e tem adquirido know-how no exterior através de aquisições, incluindo a fabricante de robótica alemã Kuka.
As autoridades alemãs descrevem a aquisição da Kuka, em 2016, como um alerta que enfatiza a necessidade de proteger setores estratégicos da economia.
Uma tentativa da gigante chinesa de energia State Grid, em 2018, de comprar uma participação da operadora da rede elétrica 50Hertz também chamou a atenção dos alemães. Depois que Berlim não conseguiu encontrar um investidor privado alternativo na Europa, o banco estatal KfW interveio para manter os chineses fora do negócio.
![]() |
Para saber mais, clique aqui. |
![]() |
Para saber mais, clique aqui. |