quarta-feira, 3 de junho de 2020

FUTURO - Na crise, testamos a resiliência



O surgimento repentino de novo coronavírus, que produz enorme estresse no Sistema de Saúde Pública e paralisação da economia ao redor do globo, é ocorrência sem precedentes com a qual todas as nações estão tentando lidar.

Para enfrentar os males da pandemia. instituições, governantes. lideres e cidadãos são forçados a redescobrir o valor da cooperação e da generosidade. a compartilhar responsabilidades e a reforçar a proteção à vida. enquanto minimizam perdas materiais.

Saúde pública, agricultura e alimentação ganham redobrada atenção neste momento t ao desafiador, uma vez que são componentes que movem todas as demais engrenagens do complexo sistema chamado sociedade. Falhas e insuficiências nos sistemas alimentares e de saúde publica podem tornar inócuas todas as estratégias de enfrentamento de uma pandemia, pois emergências sanitárias podem ser muitas vezes magnificadas pela insegurança alimentar e pela fome.

Por isso, o fortalecimento da resiliência é tão importante durante a crise e na fase de recuperação dos seus efeitos. Um bom exemplo de resiliência vem do esporte, no salto com vara, instrumento que se verga a um limite extremo sem se quebrar, retomando a sua forma original após lançar o atleta para o alto. De forma semelhante, precisamos de sistemas de saúde e alimentação resilientes, capazes de responder a riscos e estresses, se adaptando com rapidez para superar obstáculos sem rupturas ou desordem.

Uma lição da pandemia é a de que os seres humanos precisam estar no centro do sistema alimentar, com acesso a alimentos seguros, na quantidade necessária para atravessar períodos de crise e incertezas. Inúmeras nações importam grande parte dos alimentos que consomem ou dos insumos críticos para sua produção. Uma dependência excessiva de cadeias globais de suprimentos, que possam sofrer rupturas repentinas, precisará ser revista. Da mesma forma, mecanismos de resposta a riscos sistêmicos capazes de interromper fluxos e causar insegurança precisarão ser implementados.

A agricultura brasileira tem lições importantes a tirar da crise. Na condição de grande provedor de alimentos, o Brasil deverá responder aos anseios de países importadores, que buscarão mais segurança e. quando possível, autossuficiência. Por sua vez, como grande importador de insumos críticos - fertilizantes, defensivos, equipamentos e componentes diversos -, precisaremos fortalecer parcerias, mecanismos de backup, ou mesmo reforçar a capacidade interna de produção, de forma a prevenir descontinuidades e rupturas.

Como a pandemia do novo coronavírus é uma zoonose. as interações e as dependências entre humanos, animais e a natureza passarão doravante por intenso escrutínio. Assim, a menos que se adote uma nova abordagem para proteger a saúde humana e animal, esta não sera a última pandemia que o mundo enfrentara. Assunto de grande interesse para o Brasil, grande produtor e exportador de proteína animal. Essa se constitui também em uma oportunidade para unir médicos, agrônomos, veterinários e ecologistas na busca de estratégias mais sistêmicas e consistentes de proteção da saúde humana e animal e dos ecossistemas.

Uma lição desta pandemia é a de que a nossa agricultura, por sua dimensão e importância para os brasileiros e para o mundo, precisara sempre exceder em resiliência. Resiliência traduzida em robustez e reconhecimento - para acesso a recursos e apoio e em mecanismos de backup, redundância e resposta para rápida recuperação e adaptação a crises, que sempre existirão.

Por Maurício Antônio Lopes, Na Revista Globo Rural





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