segunda-feira, 12 de junho de 2017

América Latina apresenta suas propostas de energia limpa na Expo Astana 2017

Pavilhão central da ExpoAstana, no Cazaquistão, feira de inovações na área de energia limpa e renovável. EFE/EPA/Igor Kovalenko
Mais de 100 países participam da Expo Astana 2017, no Cazaquistão, para mostrarem ao mundo suas ideias de energia limpa e sustentável, entre eles muitas nações latino-americanas, que contribuem com inovação e senso comum para este problema complexo.
"Devemos gerar energia com base em nossos recursos naturais para o conforto das gerações futuras", disse à Agência Efe Martha Jaramillo, representante do México na Expo.
Os países latino-americanos viajaram à nação da Ásia Central para apresentarem suas propostas sobre o melhor aproveitamento das energias renováveis.
Também estão presentes para destacarem suas conquistas em produção e utilização de energias alternativas, um campo amplo e diversificado que está ligado aos recursos naturais de cada área geográfica especifica.
Honduras, por exemplo, se destaca por sua gestão de energia solar e hídrica, tal como explicou à Efe seu representante na Expo 2017, Alejandro Velásquez.
"Honduras começou a mudar sua matriz energética a partir de 2010 e com uma nova lei que entrou em vigor em 2014, precisamente para promover as energias renováveis", disse Velásquez.
"Atualmente, temos as maiores placas fotovoltaicas da América Latina, assim como também temos grande investimento no setor hidroelétrico", acrescentou o hondurenho.
Maray Rodríguez, que representa Cuba no evento, retratou seu país como um seguidor do menor uso de energias contaminantes, uma situação que, segundo ela, "está sendo seguida por todos os países do mundo".
"Nossa proposta é melhorar o uso da energia, que se reduza o uso do combustíveis fósseis para usar os tipos de energia que levem ao melhoramento humano", disse Maray Rodríguez.
O Chile, por sua vez, aposta por uma energia limpa e diversificada para aproveitar os recursos oferecidos por sua natureza.
"Nossa proposta como país é gerar um contexto energético no qual tenhamos uma matriz energética diversificada, incluindo nosso grande potencial em energia solar e também em outros tipos de energia não convencionais, como a eólica, a geotérmica e a hidráulica", disse o representante chileno na Expo, Roberto González.
Já o estande do Paraguai mostra ao público sua experiência com o setor hidroelétrico, e seu representante anunciou a ampliação da energia produzida desta forma.
"Somos os maiores exportadores de energia hidroelétrica do mundo e temos uma política nacional energética para 2040 que implica a construção de cinco novas represas", disse à Efe o comissário paraguaio, Esteban Bedoya.
Os países latino-americanos celebraram sua participação na Expo Astana 2017 com uma apresentação musical marcada por danças regionais e com seus participantes adornados com vestimentas indígenas da região.
O evento, que conta com a participação de 115 países e 22 organizações internacionais, é considerado um marco na presidência do líder do país centro-asiático, Nursultan Nazarbayev.
A exposição internacional, que tem como lema "A Energia do Futuro", estará aberta ao público até o dia 10 de setembro por um preço que oscila entre 11 e 22 euros, dependendo do dia da visita.
A Expo Astana 2017 pretende trazer uma reflexão sobre a importância de avançar para um sistema energético mundial baseado cada vez mais em energias renováveis, que ajudem a reduzir as emissões de CO2 e a dependência do petróleo, e aumentem a autonomia energética das diferentes regiões e comunidades do mundo.

EFE | Astana

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O livro com a peça teatral Irena Sendler, minha Irena:


A história registra as ações de um grande herói, o espião e membro do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, Oskar Schindler, que salvou cerca de 1.200 judeus durante o genocídio perpetrado pelos nazistas. O industrial alemão empregava os judeus em suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas na Polónia e na, então, Tchecoslováquia.   

Irena Sendler, utilizando-se, tão somente, de sua posição profissional – assistente social do Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia – e se valendo de muita coragem, criatividade e altruísmo, conseguiu salvar mais de 2.500 crianças judias.

"O Anjo do Gueto de Varsóvia", como ficou conhecida Irena Sendlerowa, conseguiu salvar milhares de vidas ao convencer famílias cristãs polonesas a esconder, abrigando em seus lares, os pequeninos cujo pecado capital – sob a ótica do führer – consistia em serem filhos de pais judeus.

Período: 2ª Guerra Mundial, Polônia ocupada pela Alemanha nazista. A ideologia de extrema-direita que sistematizou o racismo científico e levou o antissemitismo ao extremo com a Solução Final, implementava a eliminação dos judeus do continente europeu.

A guerra desencadeada pelos nazistas – a maior deflagração do planeta – mobilizou 100 milhões de militares, provocando a maior carnificina já experimentada pela humanidade, entre 50 e 70 milhões de mortes, incluindo a barbárie absoluta, o Holocausto, o genocídio, o assassinato em massa de 6 milhões de judeus.

Este é o contexto que inspirou o autor a escrever a peça teatral “Irena Sendler, minha Irena”.

Para dar sustentação à trama dramática, Antônio Carlos mergulhou fundo na pesquisa histórica, promovendo a vasta investigação que conferiu à peça um realismo que inquieta, suscitando reflexões sobre as razões que levam o homem a entranhar tão exageradamente no infesto, no sinistro, no maléfico. Por outro lado, como se desanuviando o anverso da mesma moeda, destaca personagens da vida real como Irena Sendler, seres que, mesmo diante das adversidades, da brutalidade mais atroz, invariavelmente optam pelo altruísmo, pela caridade, pela luz.

É quando o autor interage a realidade à ficção que desponta o rico e insólito universo com personagens intensos – de complexa construção psicológica - maquinações ardilosas, intrigas e conspirações maquiavélicas, complôs e subterfúgios delineados para brindar o leitor – não com a catarse, o êxtase, o enlevo – e sim com a reflexão crítica e a oxigenação do pensamento.
Dividida em oito atos, a peça traz à tona o processo de desumanização construído pelas diferentes correntes políticas. Sob o regime nazista, Irena Sandler foi presa e torturada – só não executada porque conseguiu fugir. O término da guerra, em 1945, que deveria levar à liberdade, lancinou o “Anjo do Gueto” com novas violências, novas intolerâncias, novas repressões. Um novo autoritarismo dominava a Polônia e o leste Europeu. Tão obscuro e cruel quanto o de Hitler, Heydrich, Goebbels, Hess e Menguele, surgia o sistema que prometia a sociedade igualitária, sem classes sociais, assentada na propriedade comum dos meios de produção. Como a fascista, a ditadura comunista, também, planejava erigir o novo homem, o novo mundo. Além de continuar perseguindo Irena, apagou-a dos livros e da historiografia oficial, situação que só cessaria com o debacle do império vermelho e a ascensão da democracia, na Polônia, em 1989.


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