quarta-feira, 28 de junho de 2017

A falta que o planejamento faz: “Eletrobrás abandona 43 projetos”


Em resposta ao vazamento de conversa com sindicalistas, durante a qual afirmou que “vagabundos” e “safados” ocupam cargos de chefia na Eletrobrás, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, disse que “exagerou”, mas que tem uma agenda a enfrentar. “E preciso mudar a cultura da empresa, que não é voltada para a meritocracia”, afirmou. Ele admitiu ainda o abandono de 43 projetos, alguns com custo financeiro quatro vezes superior ao retorno que a empresa teria se optasse por concluir a obra.
Esses 43 projetos são Sociedades de Propósito Específico (SPE), um modelo de negócio que proliferou nos últimos anos, no qual Empresas Estatais se associam à iniciativa privada. Como não são projetos 100% estatais, não têm suas contas vasculhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como os demais. Mas são investigados pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que avalia possível interferência do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em negócios fechados por Furnas.
Segundo Ferreira, não há entre as SPEs contratadas nos últimos anos “nenhuma cuja taxa de retomo seja superior a 5%” ao ano, enquanto, pelo mesmo projeto, a Eletrobrás paga juros de financiamento de 20% ao ano. Os números foram divulgados pelo presidente da Eletrobrás na televisão interna da empresa, no vídeo em que se desculpa por ter chamado funcionários de vagabundos, ao mesmo tempo que tenta engajar os empregados a aderir à reestruturação proposta por ele.
Ao todo, a Eletrobrás participa de 177 SPEs, das quais 43 foram abandonadas, 24 estão em construção e 110, em operação. Nesse grupo, estão grandes projetos, como a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que tem conclusão prevista para dezembro de 2019.
Já a construção da usina nuclear Angra 3, um projeto 100% estatal, também alvo da Lava Jato, deve ser retomada em 2019 e concluída em 2023. Nesse caso, a Eletrobrás considerou que vale investir mais R$ 2 bilhões para concluir 37% da obra do que perder os R$ 8 bilhões já investidos. Para isso, deve contar com a parceria minoritária da iniciativa privada, que poderá ser de chineses, russos, franceses ou coreanos. Todos demonstraram interesse no negócio, apesar das denúncias de corrupção na obra.
Segundo Ferreira, no passado, “a holding (controladora) não foi efetiva” o suficiente para evitar a interferência política nas controladas da Eletrobrás. O presidente admitiu que o Ministério de Minas e Energia continua indicando chefias para o grupo, mas afirma que qualquer um que assumir cargo de chefia na empresa é obrigado a se adequar às exigências internas de qualificação técnica e ética para o cargo.
Assim, como acontece na Petrobrás, o enxugamento de pessoal e custos da atual gestão é pautado pela meta de redução do compromisso do caixa com o pagamento de dívidas. Em 2016, a empresa lucrou R$ 34 bilhões, o primeiro resultado anual positivo desde 2011.
Desculpas
“De fato, exagerei. As pessoas não são vagabundas. Me arrependo disso e me desculpei em seguida.”
“O fascínio que eu tenho aqui em implantar esse programa (de reestruturação).” Wilson Ferreira Júnior PRESIDENTE DA ELETROBRÁS
Ministro de Minas e Energia sai em defesa de Ferreira
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, saiu em defesa do presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, que na semana passada teve uma conversa com sindicalistas divulgada na qual ele chama funcionários da estatal de “vagabundos" e “safados". Coelho Filho afirmou que “o presidente acertou em reconhecer que exagerou na palavra", mas salientou que o executivo “tem todo apoio para poder tocar a agenda que tem na empresa". Para o ministro, essa agenda "não é apenas de governo ou de austeridade, é para permitir que a Eletrobrás possa continuar sobrevivendo".
Falando a jornalistas no intervalo de um evento em São Paulo, o ministro disse que situação da Eletrobrás é “extremamente delicada". “Tem coisas que não dá para a gente conviver (...), não é contra um indivíduo, uma pessoa em si, é contra a empresa como um todo", disse. “Não dá para ver uma companhia que amargou nos últimos quatro anos R$ 32 bilhões de prejuízo dando oportunidade de privilégios a uma série de pessoas. Não é Justo com o momento que o Brasil está vivendo." LUCIANA COLLET e FERNANDA NUNES

Por Fernanda Nunes, em O Estado de S. Paulo

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