sábado, 29 de maio de 2021

Fiocruz alerta para intensificação da pandemia nas próximas semanas, com média de óbitos podendo chegar a 2.200 por dia



Indicadores atuais apontam para uma intensificação da pandemia nas próximas semanas, com a média de óbitos provocados pelo coronavírus.

 

O alerta é feito em novo boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta semana.

Segundo o documento, entre 16 e 22 de maio foi observada a estabilização das taxas de mortalidade no país, em níveis altos, em torno de 1.900 mortes diárias. No entanto, houve aumento da incidência de novos casos de Covid-19 e os índices de positividade nos testes continuam elevados, demonstrando a circulação intensa do vírus Sars-CoV-2.

Os pesquisadores explicam que o aumento de casos de Covid-19 costuma ser seguido, cerca de duas semanas depois, pela elevação do número de óbitos.

"Esse contexto vai gerar novas pressões sobre todo o sistema de saúde. O aumento no número de internações, demonstrado pelo crescimento das taxas de ocupação dos leitos de UTI, é resultado desse novo quadro da pandemia no Brasil", afirmam os autores.

O documento também destaca o rejuvenescimento da pandemia, que "associado à circulação de novas variantes do vírus no país e ao relativo sucesso da campanha de vacinação entre populações mais idosas, torna mais crítico o tratamento para casos graves entre grupos mais jovens".

Ocupação elevada dos leitos de UTI

O boletim aponta que, entre os dias 17 e 24 de maio, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram ou se mantiveram estáveis em níveis elevados em "praticamente todo o Brasil".

Os dados confirmam a avaliação de que a tendência de queda observada até por volta do dia 10 de maio foi interrompida, afirmam os pesquisadores.

Oito estados e o Distrito Federal apresentam taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Piauí (91%), Ceará (92%), Rio Grande do Norte (97%), Pernambuco (98%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (95%), Mato Grosso do Sul (99%) e Distrito Federal (96%).

A Fiocruz classifica as taxas de ocupação abaixo de 60% como zona de alerta baixa, a intermediária entre 60% e 80%, e alta sendo igual ou acima de 80%.

A Região Norte é a única que apresentou pequenas melhoras no indicador em Rondônia (de 83% para 79%) e no Tocantins (de 89% para 86%), informa o boletim. Roraima entrou na zona de alerta crítico, com a taxa passando de 38% para 83%, mas, segundo os pesquisadores, a mudança ocorreu devido à redução de 90 para 60 leitos de UTI Covid-19 no único hospital com o recurso no estado.

O Nordeste apresenta uma situação "bem preocupante", destacam os autores, com a maioria dos estados permanecendo com taxas de ocupação em níveis superiores a 90%. Alagoas voltou à zona de alerta crítico, na qual a Bahia se manteve. Maranhão e a Paraíba continuaram na zona de alerta intermediário, mas com "elevações expressivas".

No Sudeste, apenas o Espírito Santo permaneceu na zona de alerta intermediário, com 79%, e os outros estados apresentaram patamar igual ou pouco superior a 80%.

No Sul, as taxas de ocupação continuaram em "níveis muito críticos" no Paraná e em Santa Catarina, e no Rio Grande do Sul o indicador manteve tendência de crescimento, chegando a 79%. No Centro-Oeste, os três estados e o Distrito Federal tiveram piora na taxa de ocupação, com todos na zona de alerta crítico.

O boletim também informa que dez capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI para a doença superiores a 90%: São Luís (95%), Teresina (estimado em torno de 95%), Fortaleza (92%), Natal (96%), Maceió (91%), Aracaju (99%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Campo Grande (97%) e Brasília (96%).

Por Raphaela Ramos, em O Globo


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