sábado, 11 de março de 2023

O feedback nas organizações


A palavra Feedback é de origem inglesa, feed significa alimentar e back significa de volta, ou seja, realimentar, ou realimentação. (NUNES & DA SILVA, 2010).

Essa realimentação se constrói em um processo que possibilite conversas entre gestores e funcionários de modo que ambos estabeleçam uma sintonia em torno dos alvos e objetivos da organização. Moreira (2010) salienta que o feedback é uma reorientação para que o colaborador/subordinado não erre o alvo, ou seja, um processo de orientação, acompanhamento e condução de algo já iniciado.

Esta busca de sintonia não é algo simples de se constituir. É necessário que as relações de comunicação sejam objetivas e que os interlocutores se respeitem mutuamente. Reis (2010) destaca que o feedback é uma base para construção de um plano de desenvolvimento pessoal, ou para outras atividades de continuidade, propostas pela organização.

A continuidade é primordial para o desenvolvimento. Ferreira (2012) afirma que o feedback é extremamente importante na gestão de desempenho das organizações, pois, através dele, é possível proporcionar o desenvolvimento contínuo do colaborador em sua rotina. Por isso, é considerado um processo de ajuda e estímulo para mudança de comportamento nas organizações.

Há diversas formas de realizar o feedback e pode ser expresso pela comunicação verbal, ou não verbal. Quanto melhor for o feedback mais eficaz tende a ser o processo de comunicação.

Dentre as contribuições decorrentes do recebimento do feedback estão as contribuições pessoais e profissionais para os funcionários. Para a organização, também há a contribuição no aumento da lucratividade, provindo do bom desempenho dos funcionários.

Quando os gestores pontuam as eventuais falhas e acertos dos seus liderados, e lhes dão um novo direcionamento, os funcionários se aproximam do resultado esperado pela organização. Semelhante aos sinais deixados nas trilhas, o feedback direciona para o caminho correto, aumentando a possibilidade de acerto e também o alcance de bons resultados.


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Dar e receber feedbacks são necessidades humanas que permitem avaliar as possíveis correções ou identificar o que já está correto. Souza (2008) afirma que essas práticas facilitam a construção de relacionamentos autênticos e cria um clima de compreensão mútua, empatia, além de facilitar o controle dos objetivos organizacionais que há a pretensão de atingir.

Arruda, Chrisóstomo, Rios (2010) afirmam ainda que dentre os indicadores de maior importância, o feedback é um dos indicadores que permite aos gestores mensurar se a estratégia realmente está funcionando e, em caso negativo possibilita entender a razão. Os líderes que desejam aprimorar sua comunicação com os liderados precisam compreender a devida importância do feedback e devem buscar desenvolvimento nessas práticas, contribuindo positivamente para esse momento.

O feedback e o gestor

Todo gestor precisa ser capaz de construir fluxos comunicacionais que lhe garantam eficiência e coerência no desempenho de suas atividades e no trato com seus liderados.

Comunicar procedimentos e orientar, elogiar ou corrigir, seja por email, por telefone, ou até mesmo pessoalmente, fazem parte do cotidiano do gestor. Saber orientar os feedbacks em relação ao trabalho dos funcionários não é uma tarefa fácil Entretanto, Leme (2009) afirma que o feedback é uma ação de comunicação e é de responsabilidade gerencial.

Um líder de destaque utiliza o feedback como ferramenta e busca desenvolver suas habilidades para aprimorar o desenvolvimento dos seus funcionários. O papel do gestor é importantíssimo para que o feedback atinja seu objetivo, que é reorientar ao funcionário para que alcance o resultado esperado.

Hastings e Potter (2005, p. 101) salientam que [...] precisamos construir sistemas de feedback precisos, francos e confiáveis. Um líder de equipe precisa criar um ambiente de aprendizagem no qual os membros de equipe sejam completamente valorizados, ouvidos e respeitados.

O gestor deve aplicar o feedback durante o desenvolvimento do projeto, ou seja, antes que o funcionário termine o que lhe foi proposto. Conforme dito anteriormente, o feedback é uma realimentação e, dessa forma, não faria sentido aplicá-lo somente ao final de algo concluído.

Leme (2009) ilustra a afirmação anterior com o ditado “fechar a porteira depois que a boiada passou. É tarde demais”, e também afirma que o gestor deve ter cuidados específicos para aplicar um feedback de qualidade. O gestor deve se preparar com antecedência e selecionar cuidadosamente cada ponto que será ressaltado no feedback. Dessa forma, o funcionário perceberá a importância que foi dada a esse momento e terá maior facilidade de tornar proveitoso.

A clareza e objetividade devem ser a essência do feedback, de modo a se evitar interpretações errôneas e divergentes do que foi transmitido. O planejamento do local e horário adequado para que sejam dados feedbacks é essencial. Leme (2009) oferece a seguinte fórmula: “elogie em público e se necessário criticar faça-o em particular.”

Saber ouvir os liderados é outra recomendação que Leme (2009) e Moreira (2010) destacam no processo de feedback. Os autores afirmam que na aplicação de um feedback é essencial ouvir atentamente. Segundo eles, trata-se de um fator decisivo para a eficácia da comunicação.

Os autores ainda mencionam que dar exemplos, usar linguagens compreensíveis e tomar o devido cuidado com a linguagem corporal e tonalidade da voz é primordial. Para que a comunicação tenha eficácia, é necessário adequar as palavras do gestor à visão do funcionário, ao utilizar palavras de fácil entendimento e exemplificar o feedback torna-se claro, o contrário dessas ações apenas contribui para a confusão.

Leme (2009) também afirma que o gestor deve certificar-se de que o funcionário compreendeu a mensagem e estimular o funcionário a fazer uma síntese oral do conteúdo da conversa para confirmar a transmissão da mensagem, e corrigir eventuais distorções de comunicação.

Entender a importância do feedback, contribui para a construção de um bom líder.

Grande parte dos executivos bem-sucedidos entendem a necessidade de um feedback constante, confiável e construtivo (BOOHER,1999, apud ARRUDA; CHRISSOSTOMO; RIOS, 2010).

O feedback bem aplicado traz diversas contribuições. Turci (2013) menciona que a prática de realizar o feedback também é importante pela construção de valores e aumenta o sentimento de satisfação de quem recebe o feedback. Os sentimentos de satisfação podem ser percebidos em vários aspectos tais como aumento da autoconfiança, da valorização, no crescimento profissional, no fortalecimento da relação entre funcionário e gestor, etc.

Hastings e Potter (2005) ressaltam que o feedback não deveria ser solicitado e sim entregue como um presente, uma recompensa para construir uma equipe confiante, e os autores Arruda, Chrisóstomo, Rios (2010) ressaltam que deixar de conceder feedbacks a alguém é uma espécie de castigo psicológico.

A aplicação de feedbacks com qualidade implica diretamente na motivação dos funcionários, bem como a falta dele pode contribuir para desmotivação, além da dificuldade em alcançar o objetivo proposto. Souza (2008) confirma esse fato, afirmando que o feedback recebido dos superiores influi diretamente nos níveis de satisfação e motivação dos funcionários. Por se tratar de uma via de mão dupla, somente o gestor não garante o sucesso do feedback, pois além do papel fundamental do gestor, existe o papel essencial do protagonista do feedback, e esse protagonista é o funcionário.

O feedback e os funcionários

O momento de receber o feedback é muito importante e deve ser valorizado pelo funcionário, afinal o objetivo é contribuir para o seu desenvolvimento e ajudá-lo a alcançar o

objetivo proposto.

Moreira (2010) e Leme (2009) apontam que, para que o funcionário receba o feedback de maneira proveitosa, é necessário que ele seja o protagonista desse momento. A reorientação requer dar abertura, ou seja, ser receptivo, assim o gestor não terá tanta dificuldade para se comunicar. Desde o início, é de extrema importância, ouvir atentamente, entender o que está sendo transmitido e não interromper o raciocínio do aplicador do feedback, dessa forma, mais informações serão absorvidas.

Caso o feedback não tenha ficado claro, o funcionário deve perguntar para entender profundamente, pois justificar os erros não contribui para o desenvolvimento proposto pelo feedback. Quando houver discordância, o funcionário deve evitar discussões e usar da empatia, se necessário questionar, ou pedir exemplos para ilustrar.

Ao se aproximar do término da conversa, o funcionário pode resumir e ressaltar o que foi destacado no feedback, assim mostrará o que foi compreendido e que teve atenção ao ouvir o gestor. O momento de feedback não é o fim, e sim a continuidade, o funcionário que compreende a reorientação e a toma como aprendizado, se desenvolve e alcança o objetivo proposto.

Tanto os gestores quanto os funcionários devem ser orientados quanto a importância do feedback, para que haja mudanças comportamentais que contribuirão para o crescimento dos funcionários, e também para o crescimento e alcance dos objetivos financeiros na organização.

No item, a seguir temos a apresentação e análise dos resultados que foram obtidos através de uma pesquisa realizada com os funcionários e gestores na área de Recursos Humanos em uma Empresa do Segmento financeiro com a finalidade de analisar a

Importância da Comunicação Interna e dos Feedbacks na percepção de funcionários e gestores.

Em "A importância da comunicação organizacional interna e dos feedbacks gerenciais", por Daiane Monique Lima de Barros e Nailton Santos de Matos 


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