domingo, 15 de agosto de 2021

Especialistas da ONU pedem moratória sobre venda de 'software espião'



Uma investigação publicada a partir de 18 de julho por um consórcio de 17 veículos da imprensa internacional revelou que o programa Pegasus permitiu espionar os celulares de ao menos 180 jornalistas, 600 homens e mulheres políticos, 85 ativistas dos direitos humanos e 65 empresários de diferentes países

Especialistas da ONU solicitaram, nesta quinta-feira (12), uma moratória internacional sobre a venda de tecnologias de "vigilância", enquanto se aguarda a criação de um marco regulatório que garanta o respeito aos direitos humanos, após o escândalo vinculado ao software israelense Pegasus.

Em meados de julho, uma investigação, divulgada por um consórcio formado por 17 veículos de comunicação de diversos países, revelou que o software Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, permitiu espionar os telefones celulares de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 líderes empresariais de todo mundo.

"Estamos profundamente preocupados que recursos intrusivos muito sofisticados estejam sendo usados para monitorar, intimidar e silenciar defensores dos direitos humanos, jornalistas e opositores políticos", disseram os especialistas da ONU em um comunicado.

"Tais práticas violam direitos como a liberdade de expressão, privacidade e liberdade, e podem pôr em perigo a vida de centenas de pessoas, a liberdade dos meios de comunicação e minar a democracia, a paz, a segurança e a cooperação internacional", acrescentaram.

A declaração foi assinada por três relatores especiais das Nações Unidas, entre eles a responsável pelos temas de promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão, Irene Khan, e o Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos.

"Nos últimos anos, soamos com frequência o alarme sobre o perigo que as tecnologias de vigilância representam para os direitos humanos. Mais uma vez, pedimos à comunidade internacional que crie uma estrutura regulatória forte para prevenir, mitigar e remediar o impacto negativo dessas tecnologias e, ao mesmo tempo, aprovar uma moratória à sua venda e transferência", sublinharam.

A investigação jornalística sobre o Pegasus é apoiada por uma lista de 50 mil números de telefone selecionados pelos clientes da NSO desde 2016, obtida pela organização Forbidden Stories e pala Anistia Internacional (AI).

Os especialistas da ONU pediram a Israel que "divulgue com transparência as medidas tomadas para revisar as exportações da NSO, à luz de suas próprias obrigações em matéria de direitos humanos".

"É dever dos Estados verificar se empresas como o grupo NSO não vendem, nem transferem, tecnologias para Estados e entidades que possam utilizá-las para violar direitos humanos, e que não assinem contratos com eles", insistiram.

AFP 


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