sábado, 5 de fevereiro de 2022

Aneel propõe socorro de até R$ 10,8 bi para o setor elétrico, o que evitaria disparada nas contas de luz



A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta quinta-feira que o socorro financeiro ao setor elétrico para cobrir os custos das medidas emergenciais adotadas em 2021 seja de até R$ 10,8 bilhões.

 

Trata-se de um empréstimo que será embutido nas contas de luz. O financiamento às distribuidoras impede um tarifaço nas contas de luz neste ano.

Os recursos, porém, serão pagos nas tarifas de energia de todos os consumidores a partir de 2023, com incidência de juros, o que vai aumentar as contas nos próximos anos.

Os valores e as regras estabelecidas pela Aneel ainda passam por consulta pública antes de começarem a valer.

Os recursos serão usados para cobrir os custos decorrentes da geração de energia por usinas termelétricas, que atingiram seu ápice durante a crise hídrica do ano passado. Essa geração é mais cara e, por isso, o governo criou em 2021 a chamada bandeira tarifária da Escassez Hídrica, que representa um custo extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Mesmo com essa bandeira vigorando até abril, ela não será suficiente para cobrir todos os custos do setor elétrico, podendo fazer as tarifas subirem mais de 20% neste ano, Para evitar essa alta, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória (MP) no ano passado autorizando o empréstimo.

Cabe à agência definir os montantes e as condições do empréstimo, que foi dividido em duas parcelas. A proposta em relação às despesas da crise hídrica, limitada a R$ 5,6 bilhões, ficará em consulta pública por 10 dias.

Após essa fase, o tema voltará para análise do colegiado. Só então os recursos serão repassados às distribuidoras, que funcionam como um caixa do setor elétrico.

A primeira parcela será usada para cobrir déficit na conta da bandeira da escassez hídrica (R$ 1,5 bilhão); os custos da importação de energia referente aos meses de julho e agosto (R$ 800 milhões); diferimentos devido às distribuidoras (R$ 1,6 bilhão); e o bônus para consumidores que economizam energia no ano passado (R$ 1,7 bilhão).

O valor submetido a consulta pública, no entanto, não é definitivo. Durante a reunião, o colegiado ressaltou que será necessário rever as estimativas.

A segunda parcela, estimada, até o momento, em R$ 5,2 bilhões, seria destinada para cobrir os custos da receita fixa das usinas termelétricas contratadas em leilão emergencial realizado no ano passado. A tomada de empréstimo para custear essa despesa está prevista em decreto do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, a agência reguladora ainda não definiu se a parcela será efetivamente contratada, o que deverá ser feito até maio.

O governo Dilmar Rousseff fez um empréstimo semelhante em 2014, para conter o repasse de gastos com termelétricas e do aumento de subsídios.

Em 2020, o governo permitiu um empréstimo parecido, para minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o setor.

Manoel Ventura, O Globo



Para saber mais, clique aqui.



Para saber mais sobre o livro, clique aqui.




Para saber mais sobre o livro, clique aqui



Para saber mais clique aqui





Para saber mais sobre o livro, clique aqui





Para saber mais sobre os livros, clique aqui




Para saber mais sobre a Coleção, clique aqui




Para saber mais sobre o livro, clique aqui


- - - - - -




No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui

O autor:

No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui


Clique aqui para acessar os livros em inglês