A queniana Wangari Maathai recebe o Nobel da Paz de 2004, o primeiro a associar o tema à luta pelo meio ambiente |
O século 21 pode ser facilmente chamado do século das mudanças climáticas. Suas primeiras duas décadas foram suficientes para transformar o tema numa questão existencial para a humanidade e mostrar seus possíveis - e prováveis - impactos na vida na Terra.
Da
campanha e do documentário do ex-vice-presidente americano Al Gore, em 2006, à
assinatura do Acordo de Paris, em 2015, e ao movimento lançado pela adolescente
sueca Greta Thunberg, em 2018, o aumento da temperatura do planeta causado pela
ação humana tornou-se um assunto onipresente.
Nada
disso, porém, foi capaz de contornar o problema.
A
cada vitória dos ambientalistas e ação conjunta de governantes, a comunidade
científica internacional alertava que a situação se agravara.
A
crescente emissão de gases causadores do chamado efeito estuda, principalmente
o dióxido de carbono (CO2, ou gás carbônico), continuava provocando o aumento
da temperatura terrestre.
Apesar
de celebrados, os passos dados na tentativa de reduzir tais emissões eram
considerados insuficientes e tardios. As mudanças climáticas tornaram-se uma
emergência climática, e o mundo corria contra o calendário para tentar proteger
a vida na Terra.
A eleição de 2000
O
início da batalha em torno das mudanças climáticas foi pautado em grande medida
pelas eleições presidenciais americanas de novembro de 2000.
Duas
visões de mundo distintas enfrentavam-se nas urnas. De um lado, o então
vice-presidente, o democrata Al Gore, para quem o aquecimento global era um
problema grave que merecia especial atenção. Do outro, o então governador do
Texas, o republicano George W. Bush, um cético que comandava um Estado com
fortes ligações com a poluente indústria do petróleo.
Após
a mais apertada disputa de que se tinha memória, Bush sagrou-se vencedor. O
envolvimento dos Estados Unidos no combate às mudanças climáticas estava sob
risco.
Em
março de 2001, apenas dois meses depois de tomar posse, Bush voltou atrás nas
promessas que fizera como candidato de combater o aquecimento global.
Numa
carta a senadores republicanos, o presidente disse que, numa época de escassez
energética, o governo não poderia prejudicar os consumidores.
"Isto
é especialmente verdadeiro dado o incompleto estado de conhecimento científico
das causas do, e das soluções para, o aquecimento global", disse Bush,
segundo informou o jornal The New York Times.
Em
28 de março, o governo anunciou que não mais ratificaria o Protocolo de Kyoto,
acordo pela redução de poluentes obtido no Japão, em 1997.
A
disputa pela Casa Branca em 2000 teve outra importante consequência. Se a
campanha contra o aquecimento global perdera a chance de ter um novo presidente
americano comprometido com a causa, ela ganhou um ativista.
"Eu
sou Al Gore, e eu era o 'próximo presidente dos Estados Unidos da
América'." Com essa leve piada referindo-se a sua frustrada tentativa de
governar a maior potência do mundo, Gore se apresentava no palco ao iniciar sua
palestra sobre aquecimento global.
A
cena, parte do documentário Uma Verdade Inconveniente, de 2006, mostrava um
influente ex-político tentando convencer suas plateias de que as mudanças
climáticas eram um fato, eram causadas pelas atividades dos seres humanos, e
não havia tempo a perder na luta contra o problema.
Para
entender melhor a situação no início do século 21, vale voltar à década
anterior.
Em
1992, o Rio de Janeiro recebeu líderes do mundo todo na Rio-92, também
conhecida como Cúpula da Terra e chamada oficialmente de Conferência de
Desenvolvimento e Meio Ambiente das Nações Unidas.
No
evento, três convenções foram assinadas, entre elas a Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (na sigla em inglês, UNFCCC), assinada
por 154 países.
Após
entrar em vigor em 1994, a convenção deu início à realização de encontros
anuais, as chamadas COP (Conferências das Partes), onde medidas concretas de
combate ao aquecimento global poderiam ser adotadas por meio dos chamados
protocolos.
O
Protocolo de Kyoto, anunciado na COP3, realizada na cidade japonesa de mesmo
nome, estabelecia diferentes responsabilidades pelo controle da emissão dos
seis principais gases causadores do efeito estufa - especialmente o dióxido de
carbono.
Reconhecendo
que nações desenvolvidas haviam poluído mais o ambiente ao longo dos anos e
tinham mais recursos para iniciar a redução da emissão de gases, por meio do
corte no uso de combustíveis fósseis, o protocolo estabeleceu responsabilidades
e metas apenas para os países mais ricos.
Estes
deveriam reduzir em média, no período de cinco anos entre 2008 e 2012, suas
emissões a 5,2% abaixo do nível do ano de 1990. No caso dos Estados Unidos, a
redução seria de 7%.
Foi
essa exigência, aliada ao fato de que nações poluidoras em desenvolvimento,
como China e Índia, não eram obrigadas a reduzir suas emissões, que levou
George W. Bush a abandonar o compromisso americano com a redução de emissões na
atmosfera - firmado inicialmente em 1992 por seu pai, o presidente George Bush,
e confirmado pelo presidente Bill Clinton em 1997.
Mesmo
sem a ratificação pelos Estados Unidos, entretanto, em fevereiro de 2005 o
Protocolo de Kyoto entraria em vigor.
Prêmios Nobel e Kyoto
Apesar
da decepção com o retrocesso em Washington, o movimento ambientalista
internacional cresceu nos primeiros anos do século - e foi reconhecido.
Em
2004, a comissão organizadora do Prêmio Nobel surpreendeu o mundo ao associar,
pela primeira vez, a proteção do meio ambiente a esforços pela paz.
No
dia 8 de outubro, a queniana Wangari Maathai foi anunciada como a vencedora do
Nobel da Paz daquele ano, a primeira mulher africana e a primeira ambientalista
a receber a honraria.
Maathai,
então vice-ministra do Meio Ambiente do Quênia, foi reconhecida por um trabalho
iniciado na década de 1970, quando lançou o Movimento Cinturão Verde, uma
campanha pelo plantio de dezenas de milhões de árvores na África para combater
o desmatamento no continente.
Àqueles
surpresos com a combinação entre preservação da natureza e o Nobel da Paz,
historicamente ligado à prevenção de conflitos armados, Maathai explicou o que
era uma realidade cada vez mais aceita.
"O
meio ambiente é muito importante em aspectos de paz, porque quando destruímos
nossos recursos, e nossos recursos tornam-se escassos, nós lutamos por eles. Eu
trabalho para garantir que nós não apenas protejamos o meio ambiente, mas
também melhoremos a governança", disse ela.
Na
cerimônia de entrega do prêmio a Maathai, em dezembro de 2004, o então
presidente do comitê do Nobel, Ole Danbolt Mjos, reforçou a ideia. "A paz
na Terra depende de nossa habilidade de assegurar o ambiente em que
vivemos."
Esse
ambiente ficara um pouco mais seguro três meses antes da entrega do Nobel.
Quando o Protocolo de Kyoto foi definido, em 1997, foi anunciado que ele só
seria implementado depois que 55 países, "representando 55% do total das
emissões de 1990 dos países desenvolvidos", o ratificassem.
Com
a decisão do governo Bush de retirar os Estados Unidos do acordo, tornou-se
essencial a participação de outra potência: a Rússia.
A
confirmação veio em setembro de 2004, quando o Parlamento russo ratificou o
Protocolo de Kyoto, salvando o acordo de um risco de fracasso.
Pelas
regras, assim como Nova Zelândia e Ucrânia, no período entre 2008 e 2012 a
Rússia não teria de diminuir suas emissões em comparação com o nível de 1990,
apenas mantê-las no mesmo patamar daquele ano.
A
ratificação pela Rússia disparou uma contagem regressiva de 90 dias para a
implementação do protocolo, o que ocorreu em 16 de fevereiro de 2005, mais de
sete anos depois de seu anúncio.
A
medida veio em boa hora. Ao longo de 2005, vários desastres naturais expuseram
a fragilidade humana diante da natureza, especialmente em eventos relacionados
aos oceanos.
O
ano começou com os efeitos do tsunami do Oceano Índico, que matou 226 mil
pessoas e devastou cidades nos litorais de vários países. Em agosto, o furacão
Katrina destruiu boa parte da cidade americana de Nova Orleans e deixou 1.800
mortos no sul dos Estados Unidos.
O
furacão Katrina, que devastou Nova Orleans, foi para muitos um alerta sobre
possíveis efeitos das mudanças climáticas
Se
o tsunami fora causado por um terremoto, fenômeno sem ligação com as mudanças
climáticas, o Katrina foi um exemplo da violência cada vez mais frequente com
que os furacões vinham se formando no Oceano Atlântico, desde a década de 1980.
A
ciência não sabia ao certo se a intensidade de furacões tinha relação com o
aquecimento global. No entanto, as tragédias costeiras, fossem furacões ou
tsunamis, alertavam para efeitos do aguardado futuro aumento no nível do mar.
Como
dizia um estudo publicado pela revista Science em março de 2005, já se esperava
que o aquecimento do planeta causasse, ao final do século 21, uma elevação dos
oceanos entre 13 e 30 centímetros, em comparação com os níveis de 1999.
Longe
do mar, vinha do Brasil uma boa notícia à comunidade internacional. Em 2005, o
país registrava a primeira queda no desmatamento da Amazônia, após uma
tendência de alta iniciada em 1997.
Apesar
dos 19.014 quilômetros quadrados desmatados, o balanço daquele ano foi
promissor diante dos 27.772 derrubados em 2004.
Os
números foram um alívio numa época em que os olhos do mundo voltavam-se cada
vez mais para a importância das florestas tropicais, em especial a Amazônia.
Em
2006, o aquecimento global chegou a Hollywood. Em maio, foi lançado o
documentário Uma Verdade Inconveniente, em que Al Gore dava uma verdadeira
aula, com linguagem acessível, sobre as mudanças climáticas provocadas pela
atividade humana - como indústria e transporte usando combustíveis fósseis.
Entre
seus alertas, o ex-vice-presidente americano lembrava que 2005 fora o ano mais
quente do planeta desde que medições de temperatura começaram a ser feitas -
situação que se agravaria na década seguinte.
O
aumento de temperatura, como mostravam seus gráficos, acompanhava o aumento nas
emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O filme ganhou o Oscar de Melhor
Documentário em fevereiro de 2007, e no final daquele ano o Nobel voltou a
combinar proteção do meio ambiente com a luta pela paz.
O
prêmio Nobel da Paz de 2007 foi entregue para Al Gore e o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU (Organização
das Nações Unidas) criado em 1988 e cujos relatórios haviam se tornado peças
fundamentais no entendimento das causas e efeitos do aquecimento global.
Na
cerimônia de entrega do prêmio, Ole Danbolt Mjos voltou a dizer que a
destruição da natureza colocava em risco a paz em várias partes do mundo.
"Infelizmente,
nós já podemos estabelecer que o aquecimento global não apenas tem
consequências para a 'segurança humana', mas pode também alimentar violência e
conflito dentro de, e Estados", disse ele.
China e a volta dos EUA
A
China, que até o final do século 20 ainda era vista como um país em
desenvolvimento, rapidamente tornou-se uma superpotência.
Suas
emissões de dióxido de carbono acompanharam seu crescimento econômico, que
entre 2003 e 2007 registrou a incrível taxa média anual de 11,7%.
Em
abril de 2007, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês)
disse que a China estava prestes a ultrapassar os Estados Unidos como o país
que mais lançava carbono na atmosfera.
Em
junho, a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda disse que isso já havia
acontecido em 2006. Naquele ano, segundo o órgão, a China emitira 6,2 bilhões
de toneladas de dióxido de carbono, contra 5,8 bilhões de toneladas dos Estados
Unidos - ambos já lançavam mais que os 5 bilhões que o mundo todo emitira em 1950.
Em emissões per capita, o Canadá era o líder mundial.
Diante
de seus crescentes números, a China, que havia ratificado o Protocolo de Kyoto
em 2002, decidiu responder à demanda internacional por ações de sua parte.
Em
junho de 2007, anunciou seu Progama Nacional para Mudanças Climáticas, em que
prometeu elevar significativamente seus investimentos em energia limpa e
renovável, mas ainda não se comprometia em reduzir suas emissões de carbono.
O
outro grande poluidor em números absolutos, os Estados Unidos, demorou, mas
acabou aliviando sua resistência à associação entre emissão de dióxido de
carbono e as mudanças climáticas.
Em
seu primeiro mandato, o presidente Bush manteve-se isolado dos coordenados
esforços internacionais na área.
Depois
de deixar o Protocolo de Kyoto, em 2002 o presidente anunciou uma política
própria que prometia, no lugar de corte na produção de carbono, uma gradativa
redução da relação entre suas emissões e a produção econômica.
Já
em seu segundo mandato, iniciado em 2005, Bush reaproximou-se da comunidade
internacional nessa área.
Aos
poucos, seu governo passou a admitir em relatórios internos a ligação entre
emissões de carbono e o aquecimento global.
Em
agosto de 2007, o presidente convidou os líderes das maiores economias do mundo
para um encontro de dois dias em Washington, em que discutiriam formas de
reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
"Nos
últimos anos, a ciência aprofundou nosso entendimento das mudanças climáticas e
abriu novas possibilidades para confrontá-las", disse Bush na carta em que
fazia o convite.
O
evento, entretanto, decepcionou líderes europeus, já que Bush continuava
contrário à imposição de metas de redução de emissões.
Em
julho de 2008, na reunião estendida do G-8 - oito maiores economias do mundo -,
realizada em Toyako, no Japão, Bush apareceu plantando árvores com outros
líderes e finalmente recolocou os Estados Unidos no esforço pela redução de
emissões.
Entretanto,
a meta aceita pelo governo americano, de 50% de redução até 2050 para os países
desenvolvidos, foi considerada tímida demais, especialmente pelas nações em
desenvolvimento.
O
trabalho mais significativo vindo de Washington ficaria nas mãos do sucessor de
Bush, o democrata Barack Obama.
Opinião pública e Paris
O
reconhecimento do trabalho de pessoas e entidades e a pressão sobre as nações
desenvolvidas refletiam a crescente preocupação com as mudanças climáticas pelo
mundo.
Uma
pesquisa internacional realizada pelo Serviço Mundial da BBC, em 2007, mostrou
que a grande maioria da população concordava com as causas do aquecimento
global e a urgência em combatê-lo.
Segundo
a pesquisa, que ouviu 22 mil pessoas em 21 países, entre eles o Brasil, 79% dos
ouvidos concordavam que "a atividade humana, incluindo indústria e
transporte, é uma significativa causa das mudanças climáticas".
Noventa
por cento dos ouvidos concordavam que era necessário tomar medidas contra o
problema, sendo que 65% defendiam medidas "muito em breve" e 25%
"nos próximos anos". Além disso, 70% disseram estar dispostos a fazer
sacrifícios e mudar parte de seu estilo de vida para proteger o meio ambiente.
A
pesquisa revelou um alto nível de consenso em torno do tema, meses depois que
um relatório do IPCC fez uma avaliação considerada definitiva sobre as mudanças
climáticas.
Em
fevereiro de 2007, o documento do painel intergovernamental disse que
"muito provavelmente" o aquecimento do planeta era resultado da ação
humana. O órgão colocou em pelo menos 90% a possibilidade de que as mudanças no
clima eram causadas pelas emissões de dióxido de carbono e outros gases
causadores do efeito estufa.
O
IPCC também previu que a temperatura da Terra aumentaria entre 1,8 e 4 graus
Celsius até o final do século 21, em comparação com os níveis anteriores à era
industrial. No mesmo prazo, a previsão de aumento do nível do mar foi de algo
entre 28 e 43 centímetros.
A
luta para conter as emissões de carbono mundo afora avançou com a chegada de
Barack Obama à Casa Branca.
O
novo presidente americano adotou uma série de medidas para reinserir os EUA no
esforço de proteção ambiental.
Já
em 2009, seu primeiro ano de governo, Obama introduziu uma medida para obrigar
os fabricantes de veículos americanos a torná-los menos poluentes, reduzindo
suas emissões em 30% até 2016.
Ao
longo dos anos seguintes, seu governo investiu US$ 34 bilhões em inúmeros
projetos e iniciativas de energia limpa e renovável, como produção de energia
solar, eólica e fabricação de carros elétricos.
O
governo americano ainda estabeleceu limites para poluição de indústrias e criou
19 áreas de proteção ambiental - ou "monumentos nacionais".
Apesar
disso, muitos consideram que era preciso ter feito muito mais. "Obama fez
mais do que qualquer presidente antes dele, mas ainda não foi suficiente",
disse Jamie Henn, diretor da entidade ambientalista 350.org, ao site Global
Citizen.
A
maior contribuição de Obama, porém, talvez tenha sido colocar os Estados Unidos
no centro da aprovação do principal compromisso ambiental feito até então pela
comunidade internacional: o Acordo de Paris, estabelecido na COP21, realizada
em dezembro de 2015 na capital francesa.
Em
um discurso na reunião, o presidente americano deixou claro que seu país estava
comprometido com a iniciativa.
"Eu
vim aqui pessoalmente, como o líder da maior economia do mundo e do segundo
maior emissor, para dizer que os Estados Unidos da América não apenas
reconhecem nosso papel na criação deste problema, nós abraçamos nossa
responsabilidade para fazer algo a respeito", disse Obama.
O
Acordo de Paris foi o primeiro a envolver todo o planeta. Diferentemente, do
Protocolo de Kyoto, que só estabelecia compromissos para os países
desenvolvidos, o passo dado na França valeu para todas as nações.
O
objetivo principal estava centrado na temperatura do planeta: garantir que ela
ficasse "bem abaixo dos 2 graus Celsius acima dos níveis
pré-industriais", nas palavras da ONU. Além disso, esforços deveriam ser
feitos para que esse limite ficasse próximo de 1,5 grau Celsius.
O
acordo reuniu 196 nações - tecnicamente chamadas de "partes" - e não
impôs limites ou metas para cada país. Suas regras misturaram compromisso com
voluntariado, criando o conceito de "contribuições nacionalmente
determinadas" - ou NDCs, na sigla em inglês.
Cada
país deveria estabelecer e divulgar sua contribuição nacional para a redução de
suas emissões de gases do efeito estufa, que seria regularmente atualizada com
metas mais ambiciosas.
Como
diz o documento, em seu Artigo 4, parágrafo 3º: "A sucessiva contribuição
nacionalmente determinada de cada parte representará uma progressão além da
então contribuição nacionalmente determinada daquela parte e refletirá sua mais
alta ambição possível, refletindo suas responsabilidades e respectivas
capacidades comuns, mas diferenciadas, sob a luz de diferentes circunstâncias
nacionais".
O
documento é claro ao cobrar transparência de todos os países na definição e
cumprimento de suas contribuições.
Apesar
do princípio de responsabilidade e engajamento coletivos, porém, o parágrafo 4
do mesmo artigo dizia que "partes de países desenvolvidos devem continuar
a liderar, ao implementar metas de redução de emissões absolutas para toda a
economia".
Já
o parágrafo seguinte determinava que "apoio deve ser fornecido às partes
de países em desenvolvimento", lembrando que, quando mais apoio eles
receberem, mais ambiciosas poderão ser suas contribuições.
Outro
ponto importante do acordo foi a adoção do conceito de "adaptação",
ou o reconhecimento de que o clima já estava mudando de forma significativa, e
medidas teriam de ser tomadas para que o mundo se adaptasse a elas.
Em
3 de setembro de 2016, China e Estados Unidos, os dois maiores emissores de
carbono do planeta, depositaram sua documentação formalizando sua entrada no
Acordo de Paris.
Dois
meses depois, em 4 de novembro, o documento entrou em vigor, 30 dias após ao
menos 55 partes, representando ao menos 55% das emissões de carbono globais, o
ratificarem.
Sobre
o líder chinês, Xi Jinping, não havia dúvida sobre sua autoridade para assumir
tal compromisso. Xi ainda estava em seu primeiro mandato como presidente, e seu
partido continuaria comandando a China indefinidamente, sem oposição legal.
Nos
Estados Unidos, porém, o cenário era bem diferente. Obama estava em seu último
ano como presidente, e grande parte de seus esforços poderia ser desfeita se a
oposição chegasse ao poder.
Em
8 de novembro, foi o que aconteceu: o republicano Donald Trump foi eleito presidente,
o que representou um novo rumo para os Estados Unidos.
Trump e Greta
Antes
de chegar à Presidência, Donald Trump tinha um histórico de declarações céticas
em relação às mudanças climáticas.
Em
uma delas, numa postagem de 2012 na rede Twitter, disse: "O conceito de
aquecimento global foi criado pelos e para os chineses para tornar a indústria
dos EUA não-competitiva".
Em
setembro de 2016, durante a campanha presidencial, a chefe de imprensa do então
candidato, Kellyanne Conway, afirmou sobre Trump: "Ele acredita que o
aquecimento global esteja ocorrendo naturalmente".
No
dia 1º de junho de 2017, cinco meses após assumir a Presidência, seu ceticismo
tornou-se política do governo americano.
"A
partir de hoje, os Estados Unidos cessarão toda a implementação do
não-obrigatório Acordo de Paris e dos dacronianos pesos financeiros e
econômicos que o acordo impõe ao nosso país", afirmou Trump em um
pronunciamento na Casa Branca.
"Isso
inclui encerrar a implementação da contribuição nacionalmente determinada e,
muito importante, o Fundo Verde para o Clima, que está custando para os Estados
Unidos uma enorme fortuna", acrescentou o presidente.
O
fundo a que Trump se referia fora estabelecido em 2010, para financiar ações de
adaptação e alívio dos efeitos das mudanças climáticas.
Sob
Obama, Washington prometera US$ 3 bilhões em contribuições, dos quais US$ 1
bilhão haviam sido transferidos antes da posse de Trump.
Segundo
o novo presidente americano, o Acordo de Paris, que ele chamou de "muito
injusto para os Estados Unidos", provocaria a perda de 2,5 milhões de
empregos no país até 2025.
O
governo oficializaria a decisão em 2019, e a saída do país do acordo ocorreria
em 2020.
A
reação internacional ao anúncio foi extremamente negativa. A União Europeia
rejeitou a sugestão do presidente americano de que um novo acordo, mais
palatável a seu governo, poderia ser negociado.
O
bloco europeu disse que passaria por cima de Washington para negociar com
Estados e empresas americanos.
Outras
críticas, algumas duras, vieram de líderes das nações europeias, do Canadá,
México, Austrália, Japão e até do Vaticano.
Segundo
um alto representante da Santa Sé, o comando da Igreja Católica veria a saída
americana do acordo, se formalizada, como "um enorme tapa na cara" e
um "desastre para todos".
Um
ano depois do anúncio de Trump, o mundo ainda avaliava o impacto da decisão
americana, sabendo que a luta contra as mudanças climáticas não poderia contar
com Washington.
Enquanto
isso, em Estocolmo, capital da Suécia, uma estudante decidiu não ir à aula para
protestar contra a falta de ações efetivas em defesa do clima.
Greta
Thunberg, então com 15 anos de idade, sentou-se na entrada do Parlamento sueco
com um cartaz que dizia, em letras maiúsculas: "GREVE ESTUDANTIL PELO
CLIMA". Sua intenção era permanecer indo ao local, faltando às aulas, até
o dia das eleições gerais no país, em 9 de setembro.
Greta Thunberg durante
greve
Aos
15 anos, a sueca Greta Thunberg decidiu entrar em greve para chamar atenção
para as mudanças climáticas
"Nós
crianças com frequência não fazemos o que vocês nos mandam fazer. Nós fazemos o
que vocês fazem. E como vocês, adultos, não dão a mínima para o meu futuro, eu
também não vou dar", dizia Greta no panfleto que entregava a quem passava
pelo local.
Dias
depois do início de seu protesto, ela afirmou à Radio Sweden que era seu
"dever moral" fazer o que ela pudesse pela causa climática.
Questionada
sobre o que queria obter com seu protesto, ela respondeu: "Que as pessoas
passem a priorizar a crise climática. Que elas percebam que nós estamos numa
crise e precisamos agir considerando que estamos numa crise".
Greta
passou a ser acompanhada em seu protesto por pais com suas crianças, foi
visitada por alguns políticos, e até mesmo seus professores foram ao local
falar com ela.
A
partir de setembro, ela concentrou seu protesto às sextas-feiras, lançando o
que chamou de "Sextas-feiras para o Futuro", agora acompanhada de
outros estudantes.
Greves
estudantis pelo clima não eram uma novidade, sendo que uma delas, no fim de
novembro em Paris, colocou pressão sobre os participantes da COP21 - em que foi
anunciado o Acordo de Paris.
O
protesto de Greta, entretanto, ocorreu num momento em que jovens mundo afora
pareciam prontos para uma ação coletiva em defesa do clima na Terra, de forma
independente de entidades tradicionais como Greenpeace e WWF.
O
movimento da adolescente sueca cresceu, chegou a outros países, e a voz de
Greta Thunberg chegou à imprensa internacional.
Quatro
meses depois, ela ocupava o microfone na COP24, a conferência climática anual
da ONU, desta vez realizada na cidade de Katowice, na Polônia.
"Se
soluções dentro do sistema são tão impossíveis de encontrar, talvez tenhamos
que mudar o sistema", disse Greta. "Nós viemos aqui para lhes dizer
que a mudança está vindo, vocês gostem ou não."
Extinction Rebellion
O
grupo britânico Extinction Rebellion surgiu em 2018 pregando a desobediência
civil não-violenta
Outros
movimentos apareceram em 2018, exigindo ações mais drásticas na defesa da
natureza, entre eles o britânico Extinction Rebellion.
Criado
pelos ativistas ambientalistas Gail Bradbrook e Roger Hallam, ele foi lançado
oficialmente em outubro daquele ano, num protesto ao lado do Parlamento
britânico, em Londres.
A
organização apresentou-se ao mundo como um "movimento internacional que
usa desobediência civil não-violenta numa tentativa de interromper a extinção
em massa e minimizar o risco de colapso social".
Suas
ideias e ações questionam o sistema financeiro e o próprio capitalismo que,
segundo o movimento, são responsáveis pela destruição do meio ambiente.
Para
a nova geração de ativistas, não se devia pensar em mudanças climáticas apenas.
Era preciso agir diante do que chamavam de "emergência climática".
Essa
explosão de movimentos sociais marcou o ano de 2019, quando greves pelo clima
foram realizadas em inúmeras cidades de vários países.
A
onda culminou com uma semana de greves no mês de setembro. Os protestos
coincidiam com a reunião da ONU sobre o meio ambiente, a Cúpula da ONU por Ação
pelo Clima 2019, convocada pelo secretário-geral Antonio Guterres para que os
países melhorassem suas contribuições nacionalmente determinadas a partir de
2020.
Greta
Thunberg compareceu à cúpula após cruzar o Atlântico num barco, saindo da
Inglaterra, num gesto de oposição às viagens de avião, meio de transporte de
alta taxa de emissão de carbono.
Quenianos em protesto
pelo clima
Em
setembro de 2019, milhões de pessoas foram às ruas em defesa do ambiente, como
no Quênia
Na
ONU, novas palavras duras da sueca, endereçadas aos líderes mundiais e ditas
numa voz marcada pela raiva típica de muitos de sua geração.
"Vocês
roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias. E eu ainda sou
uma das que têm sorte. As pessoas estão sofrendo. As pessoas estão morrendo.
Ecossistemas inteiros estão entrando em colapso. Nós estamos no começo de uma
extinção em massa, e vocês só sabem falar de dinheiro e contos de fada de
eterno crescimento econômico. Como vocês se atrevem?", ela perguntava.
Seu
pronunciamento foi reproduzido num tuíte por ninguém menos que o presidente
Donald Trump, que escreveu: "Ela parece uma jovem garota muito feliz,
animada com um futuro brilhante e maravilhoso. Que bom ver isso!". Greta
então adotou a descrição em seu perfil no Twitter.
A
sueca lidou com ataques de jornalistas e políticos conservadores. Uma dessas
provocações saiu de Brasília. Em 10 de dezembro de 2019, o presidente
brasileiro, Jair Bolsonaro, criticou a cobertura que as ações da ativista
recebiam mundo afora.
"Impressionante
a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha", afirmou
Bolsonaro, após mencionar que Greta havia se manifestado em favor dos índigenas
da Amazônia.
No
dia seguinte, a revista americana Time anunciava que Greta Thunberg fora
escolhida como "Pessoa do Ano" da publicação.
"Uma
mudança significativa raramente acontece sem a força galvanizante de indivíduos
influentes, e em 2019, a crise existencial da Terra encontrou um em Greta
Thunberg", escreveu a Time.
Na
capa da revista, o nome da sueca apareceu ao lado das palavras "O Poder da
Juventude".
Preocupação e otimismo
O
ano de 2020 foi marcado pela pandemia de um novo coronavírus, chamado
Sars-Cov-2, causador de uma nova doença, a Cvid-19.
Os
seguidos confinamentos ao redor do mundo deixaram áreas e cidades inteiras sem
circulação de pessoas, o que ofereceu uma breve ideia do impacto da ação humana
sobre o meio ambiente. A drástica redução da atividade econômica no mundo logo
mostrou seu impacto no meio ambiente.
As
águas dos canais de Veneza, na Itália, tornaram-se cristalinas pouco depois que
os moradores foram obrigados a ficar em casa, e os imensos navios de cruzeiro
pararam de aportar deixando de desembarcar milhares de turistas como faziam
regularmente antes da pandemia.
Na
Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, tartarugas se aproximavam da costa.
Imagens de satélite mostravam grandes áreas urbanas na China livres da
poluição.
Muitos
viram a crise da Covid-19 como uma oportunidade de repensar grande parte das atividades
econômicas que causavam as mudanças climáticas.
Mundo
afora, havia motivos para preocupação e otimismo. O Brasil, governado por
Bolsonaro, para quem a Amazônia era uma região a ser explorada economicamente,
passou a ser criticado pela comunidade internacional.
A
taxa de desmatamento da floresta avançou a partir de 2017, registrando saltos
significativos em 2019, com 10,13 mil quilômetro quadrados, e 2020, com 11,09
mil.
Nações
europeias, preocupadas com a tendência, ameaçavam punir o Brasil comercialmente
para pressionar o governo a proteger a Amazônia.
Governos
de países desenvolvidos tentavam acompanhar o agravamento do problema, mas a
sensação era de atraso.
A
União Europeia comprometeu-se a se tornar neutra na relação entre emissão e
absorção de carbono em 2050 - a chamada "neutralidade de carbono".
Em
setembro de 2020, o governo chinês anunciou que o país tinha como objetivo
passar a reduzir suas emissões em 2030 e atingir a neutralidade de carbono em
2060. No final do ano, os Estados Unidos também tinham boas notícias para a
causa ambiental.
Em
novo movimento da gangorra da política americana, o democrata Joe Biden
derrotou Donald Trump nas eleições presidências de 2020.
Seu
discurso de campanha incluiu o incentivo à energia limpa e renovável e o
combate às emissões de carbono que causavam o aquecimento global. Biden
prometeu recolocar os EUA no Acordo de Paris, o que representava um enorme
reforço aos esforços da comunidade internacional.
A
temperatura terrestre continuou a subir. A Organização Meteorológica Mundial,
agência da ONU, já esperava que 2020 fosse um novo exemplo, e a confirmação
veio no início de 2021.
Segundo
a agência, em seu relatório O Estado do Clima Global 2020, o ano registrou uma
temperatura média da superfície global de 1,21 grau Celsius acima dos níveis
pré-industriais, além do 1.19 grau de 2019. Apenas 2016, com 1,23 grau, foi
mais quente. De acordo com a agência, havia 20% de chances de o aumento atingir
1,5 grau em 2024.
Os
alertas da comunidade científica internacional ficaram ainda mais duros em
agosto de 2021, quando o IPCC lançou seu primeiro grande relatório sobre
mudanças climáticas desde 2013.
Em
seu comunicado, a entidade disse: "Muitas das mudanças observadas no clima
são sem precedentes em milhares, se não centenas de milhares de anos, e muitas
das mudanças que já estão ocorrendo - como a contínua elevação do nível do mar
- são irreversíveis por centenas de milhares de anos".
O
secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o documento era "um
alerta vermelho para a humanidade".
"Este
relatório precisa soar como uma sentença de morte para o carvão e os
combustíveis fósseis, antes que eles destruam o planeta".
A ONU,
líderes e ativistas ao redor do mundo aumentavam a pressão antes da realização
da COP26, em Glasgow (Escócia, Reino Unido), em novembro.
No
evento na Escócia, houve avanços, mas a declarada sentença de morte dos
combustíveis fósseis não veio.
De
início, foi anunciado um inédito e bem recebido acordo pela proteção das
florestas, com a participação de mais de cem países, incluindo Brasil e China.
O
documento final estabeleceu o investimento de US$ 19,2 bilhões na proteção de
florestas, sendo que US$ 12 bilhões deveriam vir de 12 nações desenvolvidas,
para que o desmatamento mundo afora seja zerado e comece a ser revertido em
2030.
A
preocupação, porém, era se países com resultados negativos na área, como o
Brasil, cumpririam o estabelecido.
No
relatório final da COP26, no entanto, ficou um gosto de decepção em quem
sonhava com um passo mais significativo no combate às mudanças climáticas.
Nas
últimas horas de negociação, os governos da China e da Índia intervieram para
que o texto não falasse em "eliminação" do uso de carvão como
combustível.
O
termo foi substituído por "diminuição", o que levou muitas entidades
e representantes de países em desenvolvimento a condenar o resultado.
O
presidente da COP26, o deputado britânico Alok Sharma, chegou a pedir desculpas
aos participantes, no momento do anúncio do acordo final, pela forma como as
negociações foram concluídas - com pouca transparência, na visão de muitos.
Encerrada
a conferência, Sharma afirmou que "China e Índia terão de se explicar e
[explicar] o que fizeram aos países mais vulneráveis às mudanças do
clima".
Ele
disse que o chamado "Pacto de Glasgow" foi uma "vitória
frágil", mas afirmou que o acordo mantém o mundo no rumo para limitar a
elevação da temperatura do planeta em 1,5 grau acima dos níveis pré-industrias
- objetivo definito no Acordo de Paris.
A
ativista Greta Thunberg disse que os compromissos do documento foram
"muito, muito vagos" e que "não há nenhuma garantia de que nós
atingiremos o [que foi previsto no] Acordo de Paris".
A
pressão, porém, continuou crescendo contra os combustíveis fósseis, cada vez
mais considerados uma opção do passado. Em dezembro de 2021, a gigante
anglo-holandesa de energia Shell decidiu abandonar o projeto de exploração de
um campo de petróleo perto da ilha de Shetland, no extremo norte da Escócia.
A
empresa alegou que a justificativa econômica para sua participação "não
era forte o suficiente". Como escreveu o correspondente da BBC Kevin
Keane, havia fortes indicações de que o projeto se tornara um elevado
"risco de reputação" para a Shell.
Apesar
do acordo em Glasgow, governantes mundo afora ainda terão de lidar por muito
tempo com o movimento de jovens indignados e a pressão das nações mais
vulneráveis às mudanças climáticas, especialmente as mais pobres.
Os
combustíveis fósseis enfrentam pressões cada vez maiores, e as novas gerações
prometem continuar lutando ao longo do século 21 para salvar o clima e o
planeta Terra.
BBC
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1. A bruxa chegou... pequem a bruxa Livro
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3. A Caixa de Pandora Livro
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das crianças Livro
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2: A honestidade vale a pena Livro
3: O anjinho que semeava tolerância Livro
4: O menino que disse não ao bullying Livro
5: Toda criança tem direitos Livro
6: Vidas negras importam – nós queremos respirar Livro
7: Lélis, o ratinho que afinava queijo Livro
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9: Respeitando as leis de trânsito a cidade fica legal Livro
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12: A preservação do meio ambiente Livro
13: Dez maneiras de ajudar a preservar o meio ambiente Livro
14: A árvore faz o meio ambiente sorrir Livro
15: Os 5R – o jeito certo de dar ‘bom dia’ ao meio ambiente Livro
16: O lixo, a coleta seletiva e a reciclagem Livro
17: Lixo, o supervilão do meio ambiente Livro
18: Com o saneamento básico o meio ambiente fica feliz Livro
19: O dia em que a coruja de pintas brancas e as batatas cozidas derrotaram a
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ratinho Lélis explica: Livro
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24: O que são partidos políticos? Livro
25: Censura X Liberdade de expressão? Livro
26: Ditadura X Liberdades individuais? Livro
27: Redes sociais e democracia? Livro
28: Minorias e democracia? Livro
29: O que é abuso do poder econômico? Livro
30: O que é demagogia? Livro
31: O que é ética? VIII
– Coleção Mundo contemporâneo Livro
1: O jacaré debate educação e oportunidades Livro
2: O puma explica trabalho e renda Livro
3: A anta luta contra o aquecimento global Livro
4: O tucano denuncia a corrupção e os narcoterroristas Livro
5: O bicho-preguiça e a migração Livro
6: O sapinho Krock na luta contra a pandemia Livro
7: A onça pintada enfrenta as queimadas na Amazônia e no Pantanal Livro
8: A harpia confronta o racismo Livro
9: A ariranha combate a pobreza e a desigualdade Livro
10: O boto exige democracia e cidadania IX
– Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia Livro
1: Boitatá Livro
2: O boto Livro
3: O caipora Livro
4: O cairara Livro
5: A cidade encantada Livro
6: O curupira Livro
7: A galinha grande Livro
8: O guaraná Livro
9: Iara, a mãe d’água Livro
10: O lobisomem Livro
11: A mandioca Livro
12: A princesa do lago Livro
13: Saci-Pererê Livro
14: O uirapuru Livro
15: O velho da praia Livro
16: O velho e o bacurau Livro
17: A vitória-régia Livro
18: O açaí Livro
19: As amazonas Livro
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21: Matinta Perera Livro
22: Muiraquitã Livro
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– Coleção Filosofia para crianças Livro
1: O que é filosofia? Livro
2: A filosofia do amor Livro
3: O aviãozinho feliz Livro
4: O trenzinho feliz Livro
5: A lagartinha feliz Livro
6: A borboletinha feliz Livro
7: O encontro com Pitágoras Livro
8: A vida em um pinguinho de água Livro
9: O pequeno ponto azul Livro
10: Gentileza, o mel da vida XI
– Coleção Ciência e espiritualidade para crianças Livro
1: Panda Zen e a menina azeda Livro
2: Panda Zen e o verdadeiro valor Livro
3: Panda Zen e as mudanças Livro
4: Panda Zen e a Maria vai com as outras Livro
5: Panda Zen e a estrelinha cintilante Livro
6: Panda Zen e a verdade absoluta Livro
7: Panda Zen e o teste das 3 peneiras Livro
8: Panda Zen e os ensinamentos da vovó Livro
9: Panda Zen e os cabelos penteados Livro
10: Panda Zen e a magia da vida feliz Livro
11: Panda Zen e as paixões enganosas Livro
12: Panda Zen entre a reflexão e a ação Livro
13: Panda Zen e o mais importante Livro
14: Panda Zen, a gota e o oceano Livro
15: Panda Zen e a indecisão Livro
16: Panda Zen e o vaga-lume Livro
17: Panda Zen e a busca da identidade Livro
18: Panda Zen entre o arbítrio e a omissão Livro
19: Panda Zen e o trabalho Livro
20: Panda Zen e a falsa realidade XII
– Coleção Ensinando as crianças e seus papais a pensar Livro
1: O segredo da felicidade Livro
2: A gentileza pode tudo Livro
3: A mulher bela e rica e sua irmã feia e pobre Livro
4: O pequeno cachorro zen Livro
5: O pequeno gato zen Livro
6: O pequeno panda zen Livro
7: O pequeno sapo zen Livro
8: É melhor pensar antes de falar Livro
9: Os desafios são necessários Livro
10: A paz é a base de tudo XIII – Amazon collection: the green paradise Book 1 - The amazon rainforest Book 2 - The jaguar (A onça pintada) Book 3 - Macaw (Arara-canindé) Book 4 - Golden Lion Tamarin Book 5 - The button (O boto) Book 6 - Frogs Book 7 - Heron (Garça-real) Book 8 - Swallowtail (Saí-andorinha) Book 9 - Jacaretinga Book 10 - Harpy Book 11 - Tapir (Anta) Book 12 - Snakes Book 13 - Puma Book 14 - Sloth (Bicho Preguiça) Book 15 - Toucan (Tucano-toco) Book 16 - Amazonian Caburé Book 17 - Pisces Book 18 - White-faced spider monkey Book 19 - Irara Book 20 - Red macaw Book 21 - Otter (Ariranha) XIV – The cutest pets on the planet collection Book 1 - Black Eyes, the panda bear Book 2 - The happy kitten Book 3 - The aquarium fish Book 4 - Doggy, man's best friend Book 5 - The feneco Book 6 - The rabbit Book 7 - The chinchilla Book 8 - The Greenland Seal Book 9 - The dolphin Book
10 - The owl B
- TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS XV – ThM-Theater Movement: Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané
Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro Livro
2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça
teatral: a arte da dramaturgia Livro
3. Amor de elefante Livro
4. Gravata vermelha Livro
5. Santa Dica de Goiás Livro
6. Quando o homem engole a lua Livro
7: Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski Livro
8: Tiradentes, o Mazombo – 20 contos dramáticos Livro
9: Teatro total: a metodologia ThM-Theater Movement Livro
10: Respiração, voz e dicção: para professores, atores, cantores, profissionais
da fala e para os que aspiram a boa emissão vocal - teoria e mais de 200
exercícios Livro
11: Lampião e Prestes em busca do reino divino - o dia em que o bandido
promovido a homem da lei guerreou com o coronel tornado um fora da lei Livro
12: Giordano Bruno: a fogueira que incendeia é a mesma que ilumina Livro
13: Amor e ódio: não esqueçamos de Aylan Kurdi Livro
14: Pitágoras: tortura, magia e matemática na escola de filosofia que mudou o
mundo Livro
15: Irena Sendler, minha Irena Livro
16: O juiz, a comédia Livro
17: A comédia do mundo perfeito Livro
18: O dia do abutre Livro
19: A chibata Livro
20: O inspetor geral, de Nikolai Gogol – accountability pública, fiscalização e
controle Livro
21: A noite mais escura: o hospício de Barbacena, uma Auschwitz no coração do
Brasil XVI
– Shakespeare & accountability Livro
1: Medida por medida, ensaios sobre a corrupção, a administração pública e a
distribuição da justiça Livro
2: Macbeth, de Shakespeare: entre a ambição e a cobiça, o sucesso ou o ocaso de
profissionais e organizações Livro
3: A liderança e a oratória em Shakespeare Livro
4: Otelo, de Shakespeare: a inveja destroi pessoas, famílias e organizações Livro
5: Macbeth, de Shakespeare: entre a ambição e a cobiça, o sucesso ou o ocaso de
profissionais e organizações Livro
6: Ética & Governança à luz de Shakespeare C
- PLANEJAMENTO XVII
– Planejamento estratégico e administração Livro
1: Quasar K+ planejamento estratégico Livro2:
Ouvidoria pública: instrumento de participação e aprofundamento da democracia Livro
3: Pregão: economia e eficácia na administração pública Livro
4: Comunicação estratégica: da interlocução às palestras exitosas – como falar
bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão Livro
5: As máximas do empreendedor Livro
6: Vivendo e aprendendo a amar segundo Rodoux Faugh D
– OUTROS XVIII
– A pena e o amor como espada Livro
1: Os anjos esquecidos por Deus – romance Livro
2: Moving Letters – a arte de escrever bem Livro
3: Sobre flores e amores – poemas Livro
4: 300 maneiras corajosas de dizer bom dia Livro
5: Revolucione amando incondicionalmente Livro
6: Sobre homens e lobos, o conto Livro
7. A coroa de mil espinhos - poemas Sobre o autor Antônio
Carlos dos Santos é escritor e criador das seguintes metodologias: ©Planejamento
Estratégico Quasar K+; ©ThM
– Theater Movement; e ©Teatro
popular de bonecos Mané Beiçudo. Acompanhe o autor no facebook e nos
blogs: 1. Cultura e educação:
culturaeducacao.blogspot.com/ 2. Teatro popular:
teatromanebeicudo.blogspot.com/ 3. Planejamento:
https://planejamentoestrategicoquasark.blogspot.com/ 4. Educação
infantil: https://letrinhasgigantes.blogspot.com/ |