domingo, 2 de outubro de 2022

Dezenas de países boicotam participação russa em conferência da Unesco



Representantes de dezenas de países participantes da conferência mundial da Unesco sobre políticas culturais, Mondiacult, deixaram o auditório onde o evento acontecia nesta sexta-feira, durante a intervenção do representante da Rússia, em protesto contra a invasão à Ucrânia.

 

O boicote ocorreu durante a sessão final da reunião, depois que 48 países, liderados pela Lituânia, emitiram uma declaração contra "a agressão injustificável e ilegal" da Rússia à Ucrânia. "Não podemos continuar observando como um país pode tentar apagar a cultura e identidade de outro", disse Simonas Kairys, ministro da Cultura da Lituânia, em nome do grupo, que inclui Estados Unidos, Reino Unido, os membros da União Europeia, Equador, Guatemala e Japão.

"Pedimos à Rússia que se retire das fronteiras reconhecidas com a Ucrânia e exigimos o fim da agressão", acrescentou Kairys, enquanto os delegados dos países signatários se levantavam. Minutos depois, quando o chefe da delegação russa, Sergey Obryvalin, tomou a palavra, vários participantes se levantaram e se retiraram.

"Essas declarações são inaceitáveis, elas contrariam o equilíbrio no mundo, o equilíbrio que a Unesco quer preservar", respondeu o representante russo. Após o discurso de Obryvalin, os delegados que participaram do boicote retornaram a seus lugares, segundo participantes do evento.

De acordo com o ministro lituano, até 24 de setembro a Unesco havia verificado danos em 193 sítios culturais ucranianos desde o começo da invasão russa, incluindo museus, bibliotecas, centros culturais e prédios históricos. Ele destacou que, segundo a imprensa, as forças russas saquearam museus e várias peças desapareceram.

No encerramento desta edição da Mondiacult - a primeira desde 1998 - 150 países declararam por unanimidade, e "pela primeira vez", que a cultura é um "bem público mundial", e concordaram em criar "um roteiro comum para reforçar as políticas públicas nesta matéria".

"Como tal, os Estados pedem a integração da cultura como um objetivo específico por direito próprio entre os próximos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas", acrescentaram os organizadores, que se comprometeram a combater mais intensamente o tráfico ilegal de bens culturais e anunciaram a criação pela Unesco e Interpol de um museu virtual de bens culturais roubados.

Os organizadores também concordaram com a criação, a partir de 2025, de um fórum mundial sobre políticas culturais, que será organizado a cada quatro anos pela Unesco.

AFP


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