sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Menos de 2% dos órgãos públicos têm sistema de proteção contra corrupção, dizem TCU e CGU


Dados são do Programa Nacional de Prevenção à Corrupção. Levantamento inédito mapeou mecanismos de combate a fraudes e ilícitos nos três poderes da União, de estados e municípios.

 

Menos de 2% dos órgãos públicos do Brasil possuem um sistema de proteção adequado contra fraudes e corrupção, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A descoberta faz parte do Programa Nacional de Prevenção à Corrupção (PNPC), um levantamento inédito que mapeou os mecanismos de combate à fraude e corrupção nos órgãos públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário municipal, estadual e federal.

O programa é voluntário e teve a adesão de 60% dos órgãos da administração pública - o equivalente a mais de 9 mil organizações públicas de todo o país.

Os órgãos públicos foram convidados a informar se têm, em suas estruturas oficiais:

O secretário de Orientação, Métodos, Informações e Inteligência para o Controle Externo e o Combate à Corrupção, Tiago Modesto, explicou ao g1 que um sistema simples - por exemplo, uma planilha que compare o consumo real de combustível e a média de uso dos carros - já é considerado um mecanismo capaz de detectar possíveis irregularidades.

Segundo Modesto, o objetivo é alcançar, dentro de quatro anos, 80% das organizações participantes com mecanismos adequados de combate à corrupção.

O secretário destacou, ainda, que ter uma estrutura de prevenção e combate a fraudes e corrupção é um primeiro passo - que não significa necessariamente uma redução drástica ou eliminação completa da corrupção no país.

"O que a gente está dando com esse programa é um primeiro passo para que os órgãos utilizem as ferramentas disponíveis como instrumento de melhoria", explicou.

União, estados e municípios

Ainda assim, o poder público carece de mecanismos de controle e combate aos ilícitos. A situação que mais preocupa é a dos municípios. Isso, porque 88% dos órgãos públicos municipais apresentaram alto grau de exposição à corrupção.

Para efeitos de comparação: apenas 38% dos órgãos estaduais e 20% dos federais têm alto grau de exposição à corrupção.

Três Poderes

Se os dados forem agregados por cada um dos poderes da República, o levantamento aponta que o Poder Legislativo é o mais vulnerável. Somando União, estados e municípios, 96% das organizações legislativas têm alto grau de exposição à corrupção.

Em seguida aparece o Judiciário, com 87% dos órgãos sob risco alto e muito elevado.

O Executivo é o poder em uma situação menos vulnerável, mas o quadro não é tranquilizador. Os dados apontam 2% dos órgãos executivos com nível aceitável de proteção, 23% com nível médio e 75% em nível alto ou muito alto de vulnerabilidade.

Metodologia

Para chegar aos números obtidos, as organizações participantes do programa informaram a existência e o uso de mecanismos considerados, tanto no Brasil como no exterior, essenciais ao enfrentamento de situações relacionadas à fraude/corrupção.

Foram incluídos na pesquisa mecanismos de prevenção, detecção, investigação, correção e monitoramento.

Para estados e municípios, também foram avaliados os mecanismos de transparência e participação social. Os órgãos de controle, como os tribunais de contas, fizeram a validação desses mecanismos.

Os dados divulgados nesta quarta-feira são o marco zero do levantamento. A cada dois anos, será feito um novo balanço nacional.

G1.Globo  


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