quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Ericsson está com 5G pronto para enviar às teles

 


   “(...) Em março, a Ericsson inaugurou em São José dos Campos, 90 km distante de São Paulo, uma fábrica para 5G. É uma das quatro unidades produtivas do grupo no mundo - as outras estão no Estados Unidos, na China e Estônia. Segundo Dienstmann, a instalação paulista foi expandida de 4G para 5G. (...)”

 

O novo presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, assumiu o cargo no dia 2 de agosto com uma meta específica: capturar oportunidades de 5G no Brasil e nos demais países da América Latina, e ajudar os clientes da fabricante sueca a monetizar a nova geração de serviços móveis.

Dienstmann afirma que já assinou contrato com duas das três grandes operadoras que são atuais clientes de 4G (Vivo, da Telefônica Brasil; TIM e Claro) e que a fábrica da Ericsson no Brasil está literalmente com os equipamentos 5G encaixotados e prontos para serem enviados às teles. Só falta a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizar o leilão das faixas de radiofrequência, previsto para outubro, para que as operadoras comprem as licenças de uso do espectro.

Aos 52 anos de idade, Dienstmann já trabalhou em várias operadoras de telecomunicações no Brasil - desde a antiga Intelig, depois comprada pela TIM, à GVT, vendida para a Telefônica, e Oi. Passou também pela operadora de satélite Iridium e comandou a Cisco Brasil até o fim de 2015.

De volta ao setor de telecomunicações, o executivo se prepara para competir em um novo cenário, com bilhões de 'coisas' conectadas (loT, em inglês), cidades inteligentes, carros autônomos, tudo trafegando ultrarrápido por redes móveis e fibras ópticas. O fato de ter conhecido as operadoras 'por dentro' o ajuda a entender o que essas empresas querem, o que ele considera uma vantagem para enfrentar os próximos desafios.

'Comecei em chão de fábrica, como técnico de eletrônica, depois fui para startups. Antes, as redes eram 'dumb pipes' [simples, com pouca largura de banda). Agora, as redes neutras me atraem bastante', diz Dienstmann, referindo-se à estratégia atual de negócios em que a infraestrutura é separada dos serviços de uma operadora e compartilhada pelos interessados no mercado. Oi, Vivo e TIM já anunciaram suas redes neutras.

O antecessor de Dienstmann, Eduardo Ricotta, deixou a Ericsson em abril, depois de 27 anos no grupo, para comandar a empresa de energia Vestas na América Latina. 'Encontrei a empresa super focada [. . . ], líder em 5G em quantidade de patentes, 94 redes 5G comerciais em4s países e 144 contratos', diz o novo titular para o ConeSul.

Em março, a Ericsson inaugurou em São José dos Campos, 90 km distante de São Paulo, uma fábrica para 5G. É uma das quatro unidades produtivas do grupo no mundo - as outras estão no Estados Unidos, na China e Estônia. Segundo Dienstmann, a instalação paulista foi expandida de 4G para 5G.

Trata-se de uma fábrica de alta complexidade. Em 2019, 0 grupo anunciou a destinação de R$1 bilhão à unidade, de 2020 a 2025. A fabricante sueca não quer perder a corrida de 5G e mede forças coma finlandesa Nokia e a chinesa Huawei, que também têm fábricas no Estado de São Paulo.

A receita com vendas da Ericsson atingiram 104, 7 bilhões de coroas suecas (US$ 12, 14 bilhões pela cotação de ontem) de janeiro a junho de 2021. A companhia não informa resultados por país, mas o relatório cita alta de 5% em base anual na América Latina. A unidade paulista exporta 40% de sua produção para países da América do Sul, Europa e EUA.

A Ericsson firmou contrato anteriormente com a Entel, do Chile, para fornecer 5G. O leilão do país vizinho este ano teve lances vitoriosos da WOM (antiga Nextel); Movistar (Telefónica) e Entel. A primeira rede 5G na região foi instalada no Uruguai pela estatal Antel, tendo a Nokia como fornecedora.

Quanto ao processo para realização do leilão no Brasil, Dienstmann opina que o Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou a minuta do edital na semana passada, 'fez algumas calibragens técnicas e outras de mérito, sobre onde investir', que foram positivas. Para ele, a antecipação de lançar 5G nas capitais não interfere com as TVROS (parabólicas), não deve alterar o que as teles defendem para o leilão e 'não muda em nada' o projeto de demanda da Ericsson.

As teles já oferecem no Brasil a tecnologia 5G DSS, que contém algumas funcionalidades da nova geração, com fornecimento da sueca para todas elas. Dienstmann destaca que a 5G 'pura' tem grande sinergia com as redes já instaladas, como por exemplo, no core, na fibra, na infraestrutura por trás da tecnologia e o rádio é o mesmo.

A fabricante sueca tem recebido também demanda dos pequenos provedores de internet que pesquisam casos de uso de 5G. Eles querem saber sobre investimentos para modelagem do negócio.

Questionado se esse perfil de cliente interessa à Ericsson, o executivo responde que sim, mas isso também depende do apetite dos provedores para investir. 'Se [o investimento] for muito pequeno, fica inviável para eles e para nós', diz, acrescentando que a companhia tem uma área que cuida dos clientes emergentes. 'E 5G vai trazer número e natureza de clientes diferentes, muitos ainda na fase do Excel para fazer o business plan' É um esforço diferente daquele que colocamos nos clientes atuais. '

Por Tvone Santana, no Valor Econômico


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