segunda-feira, 25 de julho de 2016

Estamos perdendo nossos anjos


Meus queridos, o texto que segue abaixo escrevi já tem um certo tempo. A pergunta é: por que estamos sempre às voltas com os horrores do período medieval. Lei e entenda as razões de minhas aflições:

Estamos perdendo nossos anjos




Algum tempo atrás a pequena Kênia Barreto, de apenas nove anos de idade, foi ter com Deus.

Kênia era como as outras crianças de sua idade. Brincava, estudava, irritava-se ao ter que comer folhas e verduras amargas nas refeições, acalentava sonhos e esperanças.

Como todas as crianças da sua idade, em virtude da falta de segurança que assola nossas cidades, era mantida em seu castelo de fadas, e pouco saía do perímetro de sua casa. Que pai e mãe não respiram melhor e aliviados ao saber que a filha, de nove anos, brinca no quintal de casa?

Kênia morava em Santa Bárbara D’Oeste, município distante 138 km da capital do Estado mais rico e desenvolvido do país, São Paulo.

E a pequena criança, de apenas nove anos de idade, morreu num estado deplorável, envolto em vômito e diarréia, picada que foi em uma das mãos por um escorpião. E isto não ocorreu enquanto desbravava a floresta amazônica. Aconteceu enquanto brincava no quintal de sua casa.

Lembrei-me de um tempo já longínquo, quando coordenava um programa de saneamento rural e educação ambiental com recursos do Banco Mundial. Em uma pequena comunidade rural, o lixo, o entulho e as condições sanitárias faziam proliferar um exército de escorpiões.

Como a pobreza e a miséria estavam enraizadas em todas as residências, optamos por uma solução alternativa para combater os escorpiões: distribuir galos e galinhas para a comunidade. Predadoras de insetos, escorpiões e pequenos animais peçonhentos, as galinhas fariam o papel de “agentes” capazes de sanear o ambiente e, ao mesmo tempo, agregar ao cardápio alimentar ovos e frangos, oriundos da criação doméstica, um misto de brigadistas da saúde e granja domiciliar.

O planejado, contudo, não logrou êxito porque, famintos e miseráveis, a comunidade não teve alternativa que não fosse comer todos os “agentes” saneadores.

No Brasil, as questões sanitárias e de educação ambiental, são, desde sempre, tratadas de maneira deplorável. O caso da morte da pequena Kênia é prova do descaso das autoridades e dos agentes públicos. Nesses últimos anos os recursos federais destinados às ações de saneamento foram dos que mais receberam cortes para atender ao superávit primário. Os dados sem de corar os que tem vergonha na cara: o atendimento em coleta de esgotos mal chega a 48% da população brasileira; do esgoto gerado, apenas 37,5% recebe algum tipo de tratamento. Nas 100 cidades maiores cidades brasileiras somente 38,5% dos esgotos são tratados. Significa que, apenas essas cidades, lançam o equivalente a 3.500 piscinas olímpicas de esgotos por dia na natureza.

Carcomidas pelos escorpiões, pela esquistossomose, pela cólera, pela amebíase, pela giardíase, pela febre tifóide, pela salmonelose, pela hepatite infecciosa, pela poliomielite e pela disenteria, são nossas crianças que pagam o alto preço da irresponsabilidade de nossos políticos, de nossos gestores públicos.

A sociedade deve se mobilizar para impedir que os lobos sequazes continuem  sacrificando nossos anjos.
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Menino de 4 anos morre picado por escorpião em Planaltina, no DF

Garoto seria levado para Hospital de Base, mas morreu antes de transporte.
De janeiro a março deste ano foram registradas 244 ocorrências na capital.


Hospital Regional de Planaltina (Foto: Isabella Calzolari/G1)Hospital Regional de Planaltina, onde menino foi atendido após ser picado por escorpião (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Um menino de 4 anos morreu na manhã desta quinta-feira (19) após ser picado por um escorpião em Planaltina, no Distrito Federal, no dia anterior. Ele recebeu soro antiescorpiônico – para eliminar o veneno e manter a hidratação do corpo – mas morreu depois de diversas paradas cardiorrespiratórias.

A Secretaria de Saúde informou que o menino teve piora no estado de saúde durante a madrugada e foi levado para a UTI do hospital. Por volta de 7h, o Corpo de Bombeiros foi chamado para transferir o garoto para o Hospital de Base, na Asa Sul.

O deslocamento de quase 50 km seria feito de helicóptero, mas quando os bombeiros chegaram ao local, o garoto já havia morrido.
De janeiro a março deste ano, o número de acidentes domésticos envolvendo escorpiões no Distrito Federal cresceu 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, apontam dados da Vigilância Ambiental. Nos três primeiros meses do ano, foram 244 ocorrências, contra 219 no mesmo período de 2015. Em todo o ano anterior, foram 914 casos.
Prevenção
O escorpião amarelo é a espécie mais comum encontrada em área urbana no DF e em todo o país. A depender da quantidade de veneno liberada e da idade da vítima, a picada pode ser fatal. O animal tem hábitos noturnos e costuma se esconder em áreas escuras.
Um dos escorpiões que apareceram em apartamentos do bloco J da 416 Norte, em Brasília (Foto: Camila Viana/Arquivo Pessoal)Escorpião encontrado em apartamento na Asa Norte, em Brasília (Foto: Camila Viana/Arquivo Pessoal)
Segundo especialistas, uma boa forma de manter a casa livre de escorpiões é manter os ralos dos banheiros fechados. Se não houver um mecanismo próprio, pedaços de borracha ou plástico podem ser usados para vedar o buraco.

Na maior parte dos casos, os sintomas causados por uma picada são apenas locais, como inchaço e formigamento. Nestas ocorrências, o paciente fica em observação no hospital e não precisa tomar o soro escorpiônico. Em alguns casos, no entanto, o veneno pode causar danos ao pulmão e alterar a frequência cardíaca.
Em caso de acidente, o paciente deve lavar bem o local da picada e, se possível, aplicar uma compressa de gelo para aliviar a dor. Em seguida, deve ir a uma unidade de saúde – a exceção é o Hospital de Base, que não tem atendimento de clínica médica.
O Centro de Informações Toxicológicas também oferece esclarecimentos por telefone. O número é o 0800-644-6774.
Cuidados para evitar escorpiões (Foto: Edição de Arte/Agência Brasília)Cuidados para evitar escorpiões (Foto: Edição de Arte/Agência Brasília)


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Para aproveitar o período das férias escolares


Para aproveitar o período das férias escolares, selecionamos títulos para os mais variados públicos - de crianças a amantes de literatura.

No descanso, divirta-se a valer, descanse, recarregue as baterias. Não deixe de colocar a leitura em dia, cuide de manter atualizada a sua biblioteca e – jamais se esqueça, o bom presente é aquele que ensina uma lição e dura para sempre; por isso, habitue-se a adquirir livros também para presentear.

Veja a seguir as nossas sugestões de leitura. Basta clicar no título desejado e você será levado ao site com mais informações:

1) Coleção Educação, Teatro e Folclore
Dez volumes abordando 19 lendas do folclore brasileiro.



2) Coleção infantil
Dez volumes abordando temas variados do universo infanto-juvenil.



3) Coleção Educação, Teatro e Democracia
Quatro volumes abordando temas como democracia, ética e cidadania.



4) Coleção Educação, Teatro e História
Quatro volumes abordando temas como independência e cultura indígena.



5) Coleção Teatro greco-romano
Quatro volumes abordando as mais belas lendas da mitologia greco-romana.



6) O maior dramaturgo russo de todos os tempos: Nicolai Gogol – O inspetor Geral



7) O maior dramaturgo da literatura universal: Shakespeare – Medida por medida



8) Amor de elefante



9) Santa Dica de Goiás



10) Gravata Vermelha



11) Prestes e Lampião



12) Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski



13) Amor e ódio



14) O juiz, a comédia



15) Planejamento estratégico Quasar K+



16) Tiradentes, o mazombo – 20 contos dramáticos



17) As 100 mais belas fábulas da humanidade




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AS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br: 

A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 

I – Coleção Educação, Teatro e Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 8. Como é bom ser diferente 

III – Coleção Educação, Teatro e Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 

IV – Coleção Educação, Teatro e História (peças teatrais juvenis): 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 

B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: