Hitler não entendia o potencial da bomba atômica, o que levou seu regime a não investir o suficiente no projeto. Foto: United Archives/IMAGO |
Medo de que os nazistas fossem os primeiros a desenvolver uma arma nuclear levou os americanos a lançarem o Projeto Manhattan, sob a direção de J. Robert Oppenheimer.
Em 1938, dois químicos alemães, Otto Hahn e Fritz Strassmann, descobriram a fissão nuclear. A fissão é a reação na qual o núcleo de um átomo se divide em dois ou mais núcleos menores, liberando grandes quantidades de energia. Com esse poder, concluíram os físicos, seria possível desenvolver uma bomba tão poderosa que ela seria capaz de arrasar cidades inteiras.
Quase
imediatamente, cientistas alemães começaram a trabalhar no projeto de uma bomba
atômica. Apoiado por uma forte base industrial alemã e interesse militar, o
Uranverein (clube de urânio) empregou alguns dos maiores especialistas
nucleares do mundo.
Embora
o projeto fosse secreto, a notícia se espalhou por meio de cientistas que
fugiam da perseguição na Alemanha nazista. Entre eles estava Albert Einstein,
que alertou o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, em 1939.
O
temor em relação ao desenvolvimento de uma super arma secreta nazista se
espalhou pelo mundo. A resposta dos EUA foi o Projeto Manhattan. Liderado por
J. Robert Oppenheimer – o programa teve início no verão de 1942, reunindo
cientistas que passaram e pesquisar maneiras de construir uma bomba de fissão
usando os elementos urânio e plutônio.
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O
medo do projeto nazista rival estimulou o governo dos EUA. Com enorme apoio
financeiro, Oppenheimer e sua equipe levaram apenas três anos para projetar e
testar com sucesso a primeira arma nuclear da história. Apenas três semanas
depois, a nova arma seria usada contra um alvo: a cidade japonesa de Hiroshima.
Gravações de Farm Hall
"Não
acredito em uma palavra de tudo isso", disse Werner Heisenberg, que
chefiou o programa de pesquisa nuclear alemão, quando ouviu a notícia sobre
Hiroshima.
Na
época, Heisenberg e os outros físicos nucleares que trabalharam no projeto
alemão estavam encarcerados em uma propriedade inglesa chamada Farm Hall, após
serem capturados na esteira da derrocada da Alemanha nazista. Os britânicos
gravaram secretamente os cientistas, com o objetivo de descobrir segredos dos
projetos nucleares nazistas.
Os
outros físicos alemães compartilhavam a incredulidade de Heisenberg. A maioria
acreditava que tudo não passava de um blefe para induzir a rendição japonesa.
"Não achei que seria possível [desenvolver a bomba] nos próximos vinte
anos", acrescentou Otto Hahn.
As
reações de Heisenberg e Hahn demonstram o quão distante o programa alemão
estava de desenvolver uma arma nuclear ao final da guerra.
"Os
Estados Unidos superestimaram completamente o desenvolvimento alemão do projeto
Uranverein. Foi só com [as gravações em] Farm Hall que eles entenderam
isso", aponta Takuma Melber, historiador da Universidade de Heidelberg, na
Alemanha.
Programa nuclear cancelado
Quando
o Projeto Manhattan estava a todo vapor, o programa de armas nucleares alemão
estava praticamente morto. Os cientistas alemães sabiam que não conseguiriam
separar os isótopos necessários para a criação de uma bomba atômica em menos de
cinco anos. Eles nunca conseguiram uma reação em cadeia bem-sucedida e não
tinham nenhum método eficiente de enriquecimento de urânio.
O
programa de armas nucleares foi cancelado em julho de 1942, com a divisão da
pesquisa em nove institutos diferentes na Alemanha. "Antes de 1942, era um
projeto militar, mas depois se tornou apenas um projeto civil", afirma
Melber.
A
partir de então, o objetivo mudou de uma arma nuclear para a construção de um
reator nuclear que pudesse sustentar a fissão nuclear em menor escala.
Heisenberg transferiu sua pesquisa para um laboratório instalado sob um castelo
em Haigerloch, na Alemanha, onde ele e sua equipe construíram um reator nuclear
experimental composto de cubos de urânio pendurados em um fio e submersos em um
tanque de água pesada.
Este
experimento foi o mais longe que o programa nuclear alemão chegou, mas o reator
nunca funcionou – não havia urânio suficiente presente no núcleo do reator para
atingir uma reação em cadeia.
Mas
eles estavam no caminho certo. Os cientistas agora acreditam que se os reatores
contivessem 50% a mais de urânio, Heisenberg poderia ter criado o primeiro
reator nuclear.
Desorganização e perseguição
Com
uma vantagem inicial e com vários cientistas brilhantes à disposição, por que a
Alemanha falhou em desenvolver um programa nuclear?
Por
um lado, a Alemanha estava perdendo muito capital humano. Muitos cientistas
judeus e poloneses como Lise Meitner, que desempenhou um papel fundamental na
descoberta da fissão nuclear por Hahn e Strassmann, fugiram da perseguição.
Vários desses refugiados foram para o Reino Unido e os Estados Unidos, onde
trabalharam no Projeto Manhattan.
Outros
cientistas foram convocados para servir no exército alemão. A pressão da guerra
na Alemanha também tornou escassos alguns dos recursos necessários para a
pesquisa, como quantidades suficientes de urânio enriquecido, avalia Melber. A
água, necessária para resfriar os reatores nucleares, também era escassa.
"A
produção de água pesada estava em andamento na Noruega ocupada pelos nazistas,
mas comandos aliados e noruegueses atacaram essas instalações", aponta
Melber.
Mas,
em última análise, foi a escassez de apoio político que foi decisiva para falta
de progresso. "Hitler tinha dificuldades para entender o projeto" e
cortou o apoio em 1942, aponta Melber. Sem esse respaldo, o programa nuclear
dispunha de poucos recursos, especialmente se comparado ao americano Projeto
Manhattan, que empregou 500 mil pessoas, cerca de 1% da força de trabalho dos
Estados Unidos, e custou cerca de US$ 2 bilhões (hoje cerca de US$ 24 bilhões).
Em
comparação, o Uranverein e os programas subsequentes envolveram menos de mil
cientistas e consumiram meros 8 milhões de Reichmarks (hoje cerca de US$ 24
milhões).
DW, Fred Schwaller
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O ratinho Lélis explica:
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VIII – Coleção Mundo contemporâneo
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Livro 7: A onça pintada enfrenta as queimadas na Amazônia e no Pantanal
Livro 8: A harpia confronta o racismo
Livro 9: A ariranha combate a pobreza e a desigualdade
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IX – Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia
Livro 1: Boitatá
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Livro 7: A galinha grande
Livro 8: O guaraná
Livro 9: Iara, a mãe d’água
Livro 10: O lobisomem
Livro 11: A mandioca
Livro 12: A princesa do lago
Livro 13: Saci-Pererê
Livro 14: O uirapuru
Livro 15: O velho da praia
Livro 16: O velho e o bacurau
Livro 17: A vitória-régia
Livro 18: O açaí
Livro 19: As amazonas
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Livro 21: Matinta Perera
Livro 22: Muiraquitã
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X – Coleção Filosofia para crianças
Livro 1: O que é filosofia?
Livro 2: A filosofia do amor
Livro 3: O aviãozinho feliz
Livro 4: O trenzinho feliz
Livro 5: A lagartinha feliz
Livro 6: A borboletinha feliz
Livro 7: O encontro com Pitágoras
Livro 8: A vida em um pinguinho de água
Livro 9: O pequeno ponto azul
Livro 10: Gentileza, o mel da vida
XI – Coleção Ciência e espiritualidade para crianças
Livro 1: Panda Zen e a menina azeda
Livro 2: Panda Zen e o verdadeiro valor
Livro 3: Panda Zen e as mudanças
Livro 4: Panda Zen e a Maria vai com as outras
Livro 5: Panda Zen e a estrelinha cintilante
Livro 6: Panda Zen e a verdade absoluta
Livro 7: Panda Zen e o teste das 3 peneiras
Livro 8: Panda Zen e os ensinamentos da vovó
Livro 9: Panda Zen e os cabelos penteados
Livro 10: Panda Zen e a magia da vida feliz
Livro 11: Panda Zen e as paixões enganosas
Livro 12: Panda Zen entre a reflexão e a ação
Livro 13: Panda Zen e o mais importante
Livro 14: Panda Zen, a gota e o oceano
Livro 15: Panda Zen e a indecisão
Livro 16: Panda Zen e o vaga-lume
Livro 17: Panda Zen e a busca da identidade
Livro 18: Panda Zen entre o arbítrio e a omissão
Livro 19: Panda Zen e o trabalho
Livro 20: Panda Zen e a falsa realidade
XII – Coleção Ensinando as crianças e seus papais a pensar
Livro 1: O segredo da felicidade
Livro 2: A gentileza pode tudo
Livro 3: A mulher bela e rica e sua irmã feia e pobre
Livro 4: O pequeno cachorro zen
Livro 5: O pequeno gato zen
Livro 6: O pequeno panda zen
Livro 7: O pequeno sapo zen
Livro 8: É melhor pensar antes de falar
Livro 9: Os desafios são necessários
Livro 10: A paz é a base de tudo
XIII – Amazon collection: the green paradise
Book 1 - The amazon rainforest
Book 2 - The jaguar (A onça pintada)
Book 3 - Macaw (Arara-canindé)
Book 4 - Golden Lion Tamarin
Book 5 - The button (O boto)
Book 6 - Frogs
Book 7 - Heron (Garça-real)
Book 8 - Swallowtail (Saí-andorinha)
Book 9 - Jacaretinga
Book 10 - Harpy
Book 11 - Tapir (Anta)
Book 12 - Snakes
Book 13 - Puma
Book 14 - Sloth (Bicho Preguiça)
Book 15 - Toucan (Tucano-toco)
Book 16 - Amazonian Caburé
Book 17 - Pisces
Book 18 - White-faced spider monkey
Book 19 - Irara
Book 20 - Red macaw
Book 21 - Otter (Ariranha)
XIV – The cutest pets on the planet collection
Book 1 - Black Eyes, the panda bear
Book 2 - The happy kitten
Book 3 - The aquarium fish
Book 4 - Doggy, man's best friend
Book 5 - The feneco
Book 6 - The rabbit
Book 7 - The chinchilla
Book 8 - The Greenland Seal
Book 9 - The dolphin
Book 10 - The owl
B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
XV – ThM-Theater Movement:
Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro
Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia
Livro 3. Amor de elefante
Livro 4. Gravata vermelha
Livro 5. Santa Dica de Goiás
Livro 6. Quando o homem engole a lua
Livro 7: Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski
Livro 8: Tiradentes, o Mazombo – 20 contos dramáticos
Livro 9: Teatro total: a metodologia ThM-Theater Movement
Livro 10: Respiração, voz e dicção: para professores, atores, cantores, profissionais da fala e para os que aspiram a boa emissão vocal - teoria e mais de 200 exercícios
Livro 11: Lampião e Prestes em busca do reino divino - o dia em que o bandido promovido a homem da lei guerreou com o coronel tornado um fora da lei
Livro 12: Giordano Bruno: a fogueira que incendeia é a mesma que ilumina
Livro 13: Amor e ódio: não esqueçamos de Aylan Kurdi
Livro 14: Pitágoras: tortura, magia e matemática na escola de filosofia que mudou o mundo
Livro 15: Irena Sendler, minha Irena
Livro 16: O juiz, a comédia
Livro 17: A comédia do mundo perfeito
Livro 18: O dia do abutre
Livro 19: A chibata
Livro 20: O inspetor geral, de Nikolai Gogol – accountability pública, fiscalização e controle
Livro 21: A noite mais escura: o hospício de Barbacena, uma Auschwitz no coração do Brasil
XVI – Shakespeare & accountability
Livro 1: Medida por medida, ensaios sobre a corrupção, a administração pública e a distribuição da justiça
Livro 2: Macbeth, de Shakespeare: entre a ambição e a cobiça, o sucesso ou o ocaso de profissionais e organizações
Livro 3: A liderança e a oratória em Shakespeare
Livro 4: Otelo, de Shakespeare: a inveja destroi pessoas, famílias e organizações
Livro 5: Macbeth, de Shakespeare: entre a ambição e a cobiça, o sucesso ou o ocaso de profissionais e organizações
Livro 6: Ética & Governança à luz de Shakespeare
C - PLANEJAMENTO
XVII – Planejamento estratégico e administração
Livro 1: Quasar K+ planejamento estratégico
Livro2: Ouvidoria pública: instrumento de participação e aprofundamento da democracia
Livro 3: Pregão: economia e eficácia na administração pública
Livro 4: Comunicação estratégica: da interlocução às palestras exitosas – como falar bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão
Livro 5: As máximas do empreendedor
Livro 6: Vivendo e aprendendo a amar segundo Rodoux Faugh
D – OUTROS
XVIII – A pena e o amor como espada
Livro 1: Os anjos esquecidos por Deus – romance
Livro 2: Moving Letters – a arte de escrever bem
Livro 3: Sobre flores e amores – poemas
Livro 4: 300 maneiras corajosas de dizer bom dia
Livro 5: Revolucione amando incondicionalmente
Livro 6: Sobre homens e lobos, o conto
Livro 7. A coroa de mil espinhos - poemas
Sobre o autor
Antônio Carlos dos Santos é escritor e criador das seguintes metodologias:
©Planejamento Estratégico Quasar K+;
©ThM – Theater Movement; e
©Teatro popular de bonecos Mané Beiçudo.
Acompanhe o autor no facebook e nos blogs:
1. Cultura e educação: culturaeducacao.blogspot.com/
2. Teatro popular: teatromanebeicudo.blogspot.com/
3. Planejamento: https://planejamentoestrategicoquasark.blogspot.com/