quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Alternativa ecológica para fertilizantes


Apesar de importar mais de 85% dos insumos utilizados para as lavouras no país, o Brasil tem soluções caseiras avançadas, usando a nanotecnologia, que poderiam ser mais bem aproveitadas, como a Arbolina

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia contribui para a crise de fertilizantes que preocupa o Brasil. O país é o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes e importa mais de 85% desses insumos, de forma que está mais vulnerável às oscilações de preços que o conflito vem provocando.

Apesar disso, o Brasil possui uma solução nacional e ecológica para esse problema e que ajuda a reduzir a dependência de importações de fertilizantes de qualquer país: a Arbolina, uma nanotecnologia que é aplicada na planta. A substância entra rapidamente na célula, melhorando o desempenho de pimentões, tomates e alfaces, entre outros. O nanoproduto eleva a taxa de fotossíntese e otimiza o aproveitamento de água e o uso de nutrientes pela planta.

A Arbolina oferece, também, nutrição à planta, de forma a deixá-la mais saudável e, consequentemente, aumentando a produção e combatendo os diversos tipos de estresses abióticos.

Economia

Os benefícios econômicos dessa produção para o país são diversos, de acordo com o coordenador e co-fundador da Krilltech, Marcelo Rodrigues. Segundo ele, que é professor de química da Universidade de Brasília (UnB), o primeiro consiste na nacionalidade do produto, ou seja, por ser uma tecnologia criada e desenvolvida no Brasil, o preço não é atrelado ao dólar, como acontece com as commodities.

Os pequenos produtores também conseguem, por meio da implementação do produto, recuperar áreas de produção perdidas e movimentar a economia local. 'O cacau foi devastado no Sul da Bahia por conta da Vassoura de Bruxa. Hoje, é possível encontrar lavouras velhas que foram abandonadas e renovar esse pé de cacau. A produção aumentou muito e, com isso, é possível recuperar a economia local. Pequenos produtores que não têm acesso à tecnologia, aumentam a produtividade da lavoura. Um agricultor que é de subsistência se transforma em um agricultor que produz alimento para a população, além de se tornar um consumidor', detalha Rodrigues.

Meio ambiente

O projeto também visa benefícios ambientais para o Brasil. São programas de recuperação de áreas degradadas por meio da implantação da Arbolina. Dentre esses espaços, estão incluídas a Amazônia e as áreas da caatinga, onde será realizado o plantio de Umbu, que é utilizada no extrativismo. 'Vamos pegar plantas de interesse econômico, tanto para o extrativismo da madeira como para cosméticos e fármacos', afirma o professor.

A produção em escala da Arbolina, estudo de mercado e comercialização é realizada na Bahia, em Dias d'Ávila. Em Brasília, a Krilltec possui um centro de desenvolvimento de novas tecnologias em parceria com a UnB. 'Esse laboratório é responsável por desenvolver toda a parte de pesquisa e desenvolvimento, ou seja, patentes, novos produtos e tecnologias', conta Rodrigues.

A produtora rural Angela Schirato de Salles, está no segundo ano em que está usando o produto desenvolvido na UnB em sua lavoura na cidade mineira de Cabeceira Grande. 'Em termos de produtividade, é um produto que traz bons resultados. Ele cuida da planta no todo, transporta todos os nutrientes da terra para a planta, ajuda na fotossíntese. Então, você tem uma planta mais forte, com mais flores, por exemplo', destaca.

Em relação à dependência do país de fertilizantes importados em relação a outros países, o professor da UnB lamenta que o Brasil ainda não consegue valorizar a produção nacional. 'Essa tecnologia é estratégica para o país, porque vamos parar de depender tanto de outros. É uma pena a não valorização, porque depois outros países compram a tecnologia, e o Brasil vai ter que comprar deles a preço de dólar. Falta de visão e metas nacionais, isso são agendas que deveriam fazer parte do Estado', afirma. *Estagiária sob a supervisão de Rosana Hessel

"Essa tecnologia é estratégica para o país, porque vamos parar de depender tanto de outros. É uma pena a não valorização, porque depois outros países compram a tecnologia, e o Brasil vai ter que comprar deles a preço de dólar"

Marcelo Rodrigues, professor da UnB e coordenador e co-fundador da Krilltech

Dependência elevada

Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes são a soja, o milho e a cana-de-açúcar, que somam cerca de 73% do consumo nacional. Nesse sentido, torna-se arriscado depender de outros países, devido à instabilidade na conjuntura internacional provocada pela guerra no Leste Europeu.

Em busca de uma solução para esse problema, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reuniu-se com representantes de empresas de fertilizantes do Canadá, no último dia 14. O Canadá é um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo. No caso do potássio - uma das principais insumos - , é o maior produtor global.

O debate principal foi do atual momento por qual passa o setor, com a redução das exportações dos insumos vindos da Rússia e da Belarus. Por meio de contratos diretos entre empresas privadas dos dois países, está previsto um aumento de importação de fertilizantes em 400 mil toneladas, de acordo com apuração do jornal O Estado de São Paulo.

Oportunidade

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que essa crise internacional gerada pela guerra no Leste Europeu após a invasão da Ucrânia pela Rússia, no mês passado, pode ser uma grande oportunidade para o Brasil.

'O Brasil não se inseriu nas cadeias globais de valor durante grande parte do período de especialização, e temos agora oportunidade com a redivisão das cadeias globais para estarmos muito mais presentes. Há uma oportunidade secular para o Brasil, se tiver as políticas certas, para entrar nas cadeias globais de valor. O que está acontecendo no mundo é grande oportunidade para o Brasil', disse o presidente da autoridade monetária, em evento do Tribunal de Contas da União (TCU).

Gabriela Chabalgoity, Jornal Correio Braziliense  



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