sábado, 1 de julho de 2017

Cade fica mais rigoroso em atos de concentração ao julgar caso Kroton


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica mostrou durante o julgamento da fusão de Kroton e Estácio, ontem, que será muito mais rigoroso em casos de concentração evidente e sem eficiências claras o bastante para o consumidor.
Segundo o especialista em direito concorrencial do Nelson Wilians e Advogados Associados, Alexandre Bastos, o resultado da última sessão, indica um comportamento mais rígido do tribunal administrativo. "Em qualquer mercado, operações que causarem concentração muito exorbitante serão reprovadas", acredita o especialista.
O advogado cita como exemplo o futuro julgamento da aquisição da Alesat pela Ipiranga. "Sem dúvida, pode ter sérias dificuldades para ser aprovado", aposta ele.
No caso da Kroton e da Estácio, a relatora Cristiane Alkmin defendeu a aprovação da fusão, mas com rigorosas restrições ao negócio.
A conselheira sugeriu que a Kroton vendesse a operação da Anhanguera e os ativos da Uniderp para reduzir qualquer preocupação com a concentração do mercado. A escolha seria a mais óbvia pela força da marca e pela importância dela no ensino a distância da Kroton.
Contudo, na avaliação dela, a competição para a Kroton tem aumentado mesmo com as aquisições feitas pela companhia. "A Kroton tem 37% do mercado EAD [ensino a distância] e ganharia mais 9% com a operação, mas a empresa vem perdendo market share em número de polos. De 20% em2014 foi para 17% hoje", disse. Polo educacional é o local autorizado para oferecer cursos a distância.
Já o conselheiro Gilvandro Araújo votou pela reprovação completa da operação e levou em consideração a importância do setor para o desenvolvimento do País. "Estaríamos criando aqui uma empresa cinco vezes maior que a segunda colocada. Os remédios podem se tornar inócuos pela falta de adquirentes capazes de comprar os ativos que serão desinvestidos", concluiu.
O conselheiro Alexandre Cordeiro também foi contrário ao negócio. O julgamento da fusão não havia terminado até o fechamento desta edição do DCI, restando três votos.
Outros destaques
Além do caso Kroton-Estácio, a sessão contou com a celebração de três Termos de Compromisso de Cessação (TCC).
O primeiro foi firmado com a WH Engenharia, acusada de participar decartel no mercado de manutenção predial. A WH se comprometeu a recolher R$ 8,5 milhões ao Fundo de Direitos Difusos, subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Já o segundo foi firmado com a Cielo, para acabar com a exclusividade que existe entre Cielo e Rede para utilização dos chamados Pinpads (acrônimo do termo em inglês - Personal Information Number - Peripheral Adapter Device), que capturam transações com cartão de crédito. A Cielo se comprometeu a dar acesso a credenciadoras de menor porte aos seus PinPads, o que a Rede já havia se comprometido a fazer.
Por fim, foi firmado acordo com a Elo relativo a investigações de práticas anticoncorrenciais no mercado de meios de pagamento. O conselheiro João Paulo de Resende comentou que esse é um setor em que é comum o abuso de poderes econômicos.
A sessão também foi a primeira com a nova composição, após a posse do conselheiro presidente Alexandre Barreto de Souza, que recebeu boas-vindas na instituição em solenidade pouco antes do início da sessão de julgamento. O tribunal administrativo estava desfalcado desde 28 de maio do ano passado, quando Vinícius Marques de Carvalho deixou a presidência do Cade. O conselheiro Maurício Oscar Bandeira Maia, ainda não tomou posse no tribunal.
PERFIL
ALEXANDRE BARRETO, NOVO PRESIDENTE D0 TRIBUNAL DO CADE
• Recém-empossado, Barreto de Souza presidiu sua primeira sessão no Cade. O conselheiro foi nomeado ao órgão após atuar no Tribunal de Contas da União como chefe de gabinete do Ministro Bruno Dantas, não tendo experiência anterior com qualquer órgão antitruste.

Por Ricardo Bomfim, no DCI/SP

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