sexta-feira, 3 de junho de 2016

Brasileiros trabalham 153 dias por ano só para pagar impostos


Em 1996 eram 100 dias por ano.

Brasileiro trabalha mais dias do que na Alemanha, EUA e México.


 O brasileiro trabalha cada vez mais para pagar impostos. Em 1996 eram 100 dias por ano, atualmente são 153 dias só para pagar os tributos. Esse aumento ao longo do tempo fez com que o brasileiro trabalhe mais dias para o governo do que em países como Alemanha, Estados Unidos e México.
Veja o que acontece em outros países:
França: 171 dias
Suécia: 163 dias
Brasil: 153 dias
Alemanha:139 dias
EUA: 98 dias
México: 91 dias
A França e a Suécia têm uma carga tributária maior, mas os serviços públicos deles são muito melhores do que os do Brasil. E se engana quem acha que o imposto de renda é o que dá a maior mordida no dinheiro do brasileiro. A maior parte dos impostos é para o consumo.
De janeiro ao começo de junho, todo o dinheiro ganho foi para pagar impostos. “Nós temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, devemos estar entre a 12ª e a 15ª no mundo todo, mas o retorno é muito insatisfatório”, afirma João Eloi Olenike, presidente do IBPT.
Em São Paulo há um painel que mostra, em tempo real, quanto já foi pago para os governos federal, estaduais e municipais neste ano – a conta já está em mais de R$ 800 bilhões.
Atualmente, quase 35% (34,67%) do preço das roupas vão para o governo. A cada 10 rolos de papel higiênico, pelo menos três ficam para os impostos (32,55%). Além disso, 37% (37,3%) do pacote de biscoitos está na mesma e, a cada duas latinhas de refrigerante, quase uma inteirinha é do governo. Na conta de luz, 56% do valor pago é de impostos.
Do Jornal da Globo
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As lições de Tiradentes se perderam no tempo?

As lições de Tiradentes se perderam no tempo?

No Brasil colonial destacou-se, na economia, a mineração.

Pelos idos de 1690 o ouro foi descoberto em Minas Gerais, em 1719 em Mato Grosso e em 1725 em Goiás.

Portugal entrou em êxtase com a nova oportunidade. E logo a nova riqueza representada pela exploração do minério recebeu uma legislação específica.

Os fiscais da Coroa eram os responsáveis pela distribuição das cobiçadas terras auríferas. E quanto mais ricas e poderosas as pessoas, maiores eram os lotes recebidos.

A título de imposto, Portugal ficava com nada menos que 1/5 de todo o ouro encontrado. Cabia à Intendência de Minas exercer a fiscalização da atividade e cobrar o Quinto.

O processo de cobrança era simples e eficaz. Todo o ouro encontrado deveria, necessariamente, ser levado à Casa de Fundição, que o processava de modo a transformá-lo em barras. Ao retornar para o mineiro, a Coroa já tinha retido seus 20%. Não havia outra forma legal para o ouro circular.

No período do Marquês de Pombal – Primeiro Ministro do rei D. José I, Portugal passou a exigir que o Brasil pagasse, no mínimo, 100 arrobas de ouro anualmente.

A atividade atraiu levas de imigrantes de modo que, quando a operação começou a ser tornar mais complexa, exigindo outro tipo de tecnologia para a extração do minério, o setor começou a declinar, quando então o Quinto se tornou um tributo por demais asfixiante para os mineradores.

E as penas para o descumprimento das leis eram severas, implicando em degredo ou prisão.

Foi chegando a um ponto que os protestos e revoltas começaram a eclodir, destacando-se o movimento de 1789 que entrou para a história brasileira com o nome de Inconfidência Mineira.

O movimento levou à execução de Tiradentes no ano de 1792. Levado à forca, o mártir da Independência brasileira teve ser corpo esquartejado e sua cabeça exposta em logradouro público, como exemplo para os que ousassem desafiar o sistema colonial e as determinações da metrópole.

A cobrança do Quinto foi o mote encontrado pelos inconfidentes para obter apoio popular para a revolta.

Basta comparar os impostos praticados no Brasil colônia com os cobrados atualmente para perceber que as coisas pioraram, e bastante. Aliás, a sociedade civil agradeceria se o atual governo praticasse as mesmas taxas exigidas pela Coroa. Se Portugal estimulou revoltas e mais revoltas ao cobrar 20%, hoje o governo retira da sociedade algo em torno de 50% de tudo o que a nação produz.

Em alguns produtos os valores dos impostos pagos pelo consumidor beiram à extorsão.

Toda vez que o consumidor abastece o automóvel, deixa com o governo 57,13% do que desembolsa. Quando bebe uma cerveja, entrega ao fisco 56% do que paga. E ai segue, com a prática de tributos escandalosos, nada escapando à fúria arrecadatória do governo.

Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil tem a maior carga tributária. É a segunda maior do planeta, só perdendo para a Dinamarca. Mas existe aqui uma diferença determinante, fundamental. No país europeu, tudo funciona como um relógio suíço, já por aqui...

Por aqui, o problema estrutural é que o governo arrecada muito, muitíssimo, e administra mal, muito mal. Não consegue retornar à sociedade – com serviços de qualidade - a colossal soma de recursos que confisca imperativamente.

Sobretudo setores como a infra-estrutura física e econômica, a segurança, saúde e a educação no Brasil encontram-se em frangalhos, em estado de indigência e completa insolvência.

Parte expressiva dos impostos arrecadados é manejada pelas ratazanas para alimentar a descomunal rede de corrupção. Uma outra parte considerável se perde nas teias intrincadas da burocracia, nos labirintos de um aparelho de Estado ineficaz e perdulário, na gestão desqualificada, no gigantismo abissal dos poderes da República... De modo que só uma pequena fração dos recursos investidos chega ao destino final, à ponta do processo.

A grande verdade é que o Governo brasileiro é uma mistura de Dinamarca com Gabão. Sua eficiência para arrecadar se nivela à européia, mas a qualidade de sua gestão não consegue superar sequer a do Gabão ou, com mais precisão, à de Serra Leoa, o país mais pobre do mundo, com uma renda per capita de 490 dólares por ano e expectativa de vida de 39 anos.

É tanta injustiça que Tiradentes e os inconfidentes de Minas devem purgar dias e noites revirando nos túmulos, indignados com a aleivosia que domina o cenário nacional. O país tem se tornado uma fraude e a sociedade precisa se mobilizar para que o sonho dos inconfidentes não se perca nas páginas de livros mal cuidados esquecidos nos escaninhos das bibliotecas.

Antônio Carlos dos Santos 

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4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
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15. O mensageiro do diabo 
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