O
cenário turbulento da imposição do isolamento social, na pandemia da Covid-19,
fez surgir oportunidades para repensar vários setores e serviços.
Diante
dos novos desafios, também aconteceram mudanças na educação corporativa,
voltada para profissionais que já estão no mercado. As organizações de todo o
mundo passaram a identificar, neste momento, quais as peças fundamentais no
processo de construção ou manutenção de suas estruturas.
O
professor e especialista em neuromarketing João Paulo Gomes destaca que a
principal mudança de paradigma é que as organizações mudaram o foco de suas
necessidades. “O mercado hoje espera que os profissionais estejam fortalecidos
além do âmbito de carreiras. Não se fala mais unicamente num currículo
otimizado. O foco agora vai além de suas competências, desenvolvendo de verdade
quais são suas habilidades técnicas e emocionais”, afirma.
Além
disso, é fundamental, na visão do especialista, saber como se pode praticar e
desenvolver essas habilidades na rotina profissional. "É preciso, antes de
tudo, neste novo modelo de mercado, saber qual o seu objetivo de vida, quais as
suas dores hoje em relação à sua área profissional. Antes a chancela era o seu
diploma. Mas só que não tem emprego para todo mundo. Então, hoje você não
precisa só disso. Precisa ser hábil”, ressalta.
O
especialista também destaca que outro item importante no cenário do
pós-pandemia é a velocidade com que as coisas mudaram e que, agora, exigem
resposta rápida do profissional. "É natural ver profissionais atuando em
múltiplas direções e descobrindo habilidades novas a cada desafio do mercado.
Existem instituições de formação que trabalham isso em cada aula. Outra mudança
é que, antes, você se preparava com um curso de idioma ou com uma única
pós-graduação. Hoje, é possível complementar sua carreira com cursos que já
nascem híbridos, totalmente digitais e personalizados para atender a sua
necessidade naquele momento. O ideal é que você nunca pare de se preparar. A
habilidade do presente e do futuro é a adaptabilidade", diz.
No
Diário de Pernambuco
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