Christine Lagarde condenou a corrupção, evasão fiscal e financiamento do terrorismo Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil |
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse, em
Valência, na Espanha, que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do
terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global.
Em um
discurso inaugural diante do plenário do Grupo de Ação Financeira contra
lavagem de dinheiro, ela pediu para "intensificar a luta contra a
corrupção e evasão fiscal". Na sua opinião, o efeito dominó que provoca a
falta de pagamento de impostos é um fator importante para um
"descontentamento popular e instabilidade econômica".
A evasão
fiscal, lembrou, faz com que "aumente a dívida pública e diminua o
investimento em educação, saúde e outros serviços públicos. Significa mais
desigualdade, já que os mais vulneráveis são os mais afetados pela forte queda
das despesas sociais".
Christine
Lagarde anunciou que o FMI publicará um relatório sobre o impacto da corrupção
no crescimento econômico e elogiou o trabalho do Grupo de Ação Financeira,
presidido pelo espanhol Juan Manuel Vega-Serrano, a favor da transparência.
Sociedades
opacas
Neste
sentido, lembrou Lagarde, revelações como Panama Papers, sobre o
complexo sistema de sociedades opacas para ocultar capitais, demonstram a
importância de apoiar este trabalho.
A diretora
do FMI também fez apelou para "afogar os fluxos financeiros" que
alimentam o terrorismo no mundo e pediu um maior trabalho de capacitação e o
entendimento de novas tecnologias financeiras, como as moedas virtuais.
Neste sentido,
lembrou que o chamado fintech (nova tecnologia financeira) é
uma "faca de dois gumes", que pode ser utilizada por redes
terroristas, mas também pode ajudar na linha de defesa contra elas.
Outro
ponto destacado por Lagarde foi a necessidade de evitar a exclusão de pessoas
em países em desenvolvimento do sistema bancário, pedindo melhores estruturas
reguladoras.
Da Agência
EFE