quinta-feira, 1 de junho de 2017

Eletricidade brasileira atrai chineses


Conhecer o idioma mandarim será essencial àqueles que militam no setor elétrico, nos próximos anos. Isto decorre da imensa disposição dos asiáticos de promoverem investimentos na produção, distribuição e transmissão da eletricidade. Perto de R$ 50 bilhões já teriam sido aplicados no Brasil.
As empresas chinesas participam da construção de parques eólicos e da produção de energia solar.
Ademais, desperta a acentuada ação dos chineses os empreendimentos da atividade petrolífera e gás natural, em face da disposição da Petrobrás de negociar os seus ativos, a fim de reduzir o endividamento. Para tanto, a nossa principal empresa do Estado está organizando o primeiro leilão do Pré-sal, desde o ano de 2013.
A participação chinesa nas refinarias do petróleo brasileiras também não foi afastada. A organização vai retomar a venda delas, atendendo à determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Os ativos seriam postos à venda gradativamente.
Consoante o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, a Petrobras pode ficar de fora de novas unidades de refino, que venham a ser construídas no Brasil.
O governo brasileiro, diante da insuficiente capacidade nacional instalada de fabricação de equipamentos dos parques solares e eólicos, está convidando empresas estrangeiras, a fim de que transfiram a sua tecnologia ao nosso País.
No setor energético da biomassa, os chineses teriam condições financeiras para assumir posição destacada, notadamente nas indústrias sucroalcooleiras em recuperação judicial.
O BNDES tem priorizado o incentivo às fontes elétricas renováveis, como a biomassa, solar fotovoltaica e dos ventos e preterido aquelas que usam combustíveis fósseis e mais poluentes, como o carvão mineral e derivados do petróleo.
Conforme os cálculos, no tocante à produção de eletricidade solar para a utilização em residências, a conta de luz cai 80% e a economia advinda será suficiente para pagar o financiamento da aquisição do equipamento em dez anos.
Existe a expectativa de o Brasil produzir 1 gigawat (GW) de eletricidade solar, em 2018.
Para os especialistas, a participação das hidrelétricas na geração elétrica deverá diminuir nos próximos anos, operando com mais parques eólicos e solares e menor impacto socioambiental.
Até o final deste ano de 2017, o potencial hidrelétrico instalado, conforme o governo federal, estaria estimado em 140 GW, sendo que 70% estariam concentrados nas áreas da Amazônia e nas bacias dos rios: Araguaia, Tapajós e Tocantins. Nos últimos 20 anos, o Brasil não construiu grandes hidrelétricas, com exceção da Usina Santo Antônio, com as suas obras iniciadas em 2006. A publicação Valor Setorial anuncia que a usina de Belo Monte, no Pará, iniciaria a sua geração elétrica, em breve.
Nos dias atuais, as hidrelétricas participam com 64% da matriz elétrica brasileira, as térmicas 17%, a biomassa 8%, a nuclear 2%, a eólica 4% e os derivados do petróleo 5%.

A matriz elétrica brasileira é composta por 76% de fontes renováveis, com a bioeletricidade gerada a partir da biomassa da cana-deaçúcar, respondendo por 8% desse percentual. A média da participação das fontes renováveis nos outros países é tão somente de 25%. Consoante as estimativas, a bioeletricidade deverá alcançar 21% até 2025, gerando 12 mil megawatts.
Por Luiz Gonzaga Bertelli, no DCI/SP


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Um teatro de envergadura



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