Conhecer o idioma mandarim será essencial àqueles que
militam no setor elétrico, nos próximos anos. Isto decorre da imensa disposição
dos asiáticos de promoverem investimentos na produção, distribuição e
transmissão da eletricidade. Perto de R$ 50 bilhões já teriam sido aplicados no
Brasil.
As empresas
chinesas participam da construção de parques eólicos e da produção de energia
solar.
Ademais, desperta a
acentuada ação dos chineses os empreendimentos da atividade petrolífera e gás
natural, em face da disposição da Petrobrás de negociar os seus ativos, a fim
de reduzir o endividamento. Para tanto, a nossa principal empresa do Estado
está organizando o primeiro leilão do Pré-sal, desde o ano de 2013.
A participação
chinesa nas refinarias do petróleo brasileiras também não foi afastada. A
organização vai retomar a venda delas, atendendo à determinação do Tribunal de
Contas da União (TCU). Os ativos seriam postos à venda gradativamente.
Consoante o
presidente da Petrobrás, Pedro Parente, a Petrobras pode ficar de fora de novas
unidades de refino, que venham a ser construídas no Brasil.
O governo
brasileiro, diante da insuficiente capacidade nacional instalada de fabricação
de equipamentos dos parques solares e eólicos, está convidando empresas
estrangeiras, a fim de que transfiram a sua tecnologia ao nosso País.
No setor energético
da biomassa, os chineses teriam condições financeiras para assumir posição
destacada, notadamente nas indústrias sucroalcooleiras em recuperação judicial.
O BNDES tem
priorizado o incentivo às fontes elétricas renováveis, como a biomassa, solar
fotovoltaica e dos ventos e preterido aquelas que usam combustíveis fósseis e
mais poluentes, como o carvão mineral e derivados do petróleo.
Conforme os
cálculos, no tocante à produção de eletricidade solar para a utilização em
residências, a conta de luz cai 80% e a economia advinda será suficiente para
pagar o financiamento da aquisição do equipamento em dez anos.
Existe a
expectativa de o Brasil produzir 1 gigawat (GW) de eletricidade solar, em 2018.
Para os
especialistas, a participação das hidrelétricas na geração elétrica deverá
diminuir nos próximos anos, operando com mais parques eólicos e solares e menor
impacto socioambiental.
Até o final deste
ano de 2017, o potencial hidrelétrico instalado, conforme o governo federal,
estaria estimado em 140 GW, sendo que 70% estariam concentrados nas áreas da
Amazônia e nas bacias dos rios: Araguaia, Tapajós e Tocantins. Nos últimos 20
anos, o Brasil não construiu grandes hidrelétricas, com exceção da Usina Santo
Antônio, com as suas obras iniciadas em 2006. A publicação Valor Setorial
anuncia que a usina de Belo Monte, no Pará, iniciaria a sua geração elétrica,
em breve.
Nos dias atuais, as
hidrelétricas participam com 64% da matriz elétrica brasileira, as térmicas
17%, a biomassa 8%, a nuclear 2%, a eólica 4% e os derivados do petróleo 5%.
A matriz elétrica
brasileira é composta por 76% de fontes renováveis, com a bioeletricidade
gerada a partir da biomassa da cana-deaçúcar, respondendo por 8% desse
percentual. A média da participação das fontes renováveis nos outros países é
tão somente de 25%. Consoante as estimativas, a bioeletricidade deverá alcançar
21% até 2025, gerando 12 mil megawatts.
Por Luiz Gonzaga Bertelli, no DCI/SP
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Um teatro de envergadura
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