Obras gigantes, orçamentos estratosféricos
Levantamento do
GLOBO mostra ainda que empreendimentos perdem competitividade frente ao novo
cenário econômico
Consideradas
prioritárias à época do lançamento, oito grandes obras de infraestrutura do
país tiveram juntas um estouro no orçamento que alcança R$ 106,9 bilhões, na
comparação com a previsão inicial, informam CLEIDE CARVALHO e GUSTAVO SCHIMITT.
Anunciadas em sua
maior parte num cenário econômico favorável, elas somavam custos de R$ 66,1
bilhões. Hoje, alcançam R$ 173 bilhões. Empreendimentos como a Usina de Angra 3
e o Comperj, no Rio de Janeiro, ainda deixaram um rastro de desemprego e de
incerteza sobre a rentabilidade do negócio. O professor de Planejamento
Energético da Coppe/UFRJ Alexandre Szklo avalia que, apesar do prejuízo,
concluir os projetos é mais vantajoso do que simplesmente abandoná-los.
SÃO PAULO
Pelo menos oito
grandes obras de infraestrutura, consideradas prioritárias e sob
responsabilidade de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, serão
entregues até uma década depois do prazo original e com despesas muito acima da
previsão inicial. Anunciadas em sua maior parte num cenário econômico
favorável, elas somavam custos de R$ 66,1 bilhões. Hoje, alcançam R$ 173
bilhões — R$ 106,9 bilhões além do planejado.
Além de ficarem
mais caras — seja por causa do desvio ou do aumento de custos provocado pela
inflação — muitos projetos tiveram de ser adaptados e, em alguns casos, se
tornaram menos ambiciosos.
Os efeitos da
paralisação de obras no Rio é significativo no Comperj e na Usina de Angra 3.
Em Itaboraí, o Comperj deixou 27 mil desempregados. As consequências foram
queda na renda, favelização e lançamentos imobiliários encalhados.
No papel, o
complexo ficaria pronto em 2012. Por R$ 20,1 bilhões, Itaboraí abrigaria duas
refinarias, unidade de gás natural e uma unidade de lubrificantes. Até agora já
foram consumidos R$ 40,2 bilhões, e a Petrobras se viu obrigada a rever os
planos: cancelou uma refinaria e uma unidade de lubrificantes. Para terminar a
refinaria, com 86% da obra executada, e uma unidade de gás natural, a estatal
busca sócios para investir mais R$ 2 bilhões. A entrega será em 2020 — oito
anos de atraso.
A expectativa de
que Itaboraí se transformasse em eldorado sucumbiu. O MPF diz que o consórcio
responsável pela obra, formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht, entre outras,
pagou propina ao ex-governador Sérgio Cabral, preso em Bangu. A defesa de
Cabral nega as acusações. Andrade Gutierrez e Odebrecht firmaram acordo de
leniência e não podem ter contratos com a Petrobras.
O professor de
Planejamento Energético da Coppe/UFRJ Alexandre Szklo avalia que, além dos
danos da Corrupção, o Comperj e outras obras sofreram com erros de planejamento
que levaram a mudanças do conceito do projeto várias vezes enquanto já se
gastava nas obras. Ele acredita que dificilmente refinarias como o Comperj e
Abreu e Lima serão superavitárias.
— É uma uma escolha
de Sofia: se sabe que a refinaria não vai dar o lucro esperado e talvez dê até
prejuízo. Mas ainda assim, diante de todos investimentos, a conclusão é que
tende a valer a pena terminar — disse Szklo. — No Comperj, hoje não se sabe
mais o que é o projeto final, de tantas vezes modificado.
A Usina de Angra 3
enfrenta entraves semelhantes. Projetada há 23 anos, foi retomada em 2009 e
paralisada em 2015, deixando 1.100 desempregados. A usina deveria ter sido
entregue no ano passado. Agora, levará mais seis para ser construída e
consumirá R$ 5 bilhões a mais.
OBRA CONTRA SECA: NEM METADE FEITA
Othon Silva,
ex-presidente da Eletronuclear, responsável pelas obras de Angra 3, foi
condenado a 43 anos de prisão. O MPF aponta que ele recebeu R$ 12 milhões em
propina. Othon nega.
Promessa contra a
seca, o Canal do Sertão Alagoano consumiu R$ 1,7 bilhão da União entre 2008 e
2016, apenas em 120 km de um total de 250 km para levar água até o agreste de
Alagoas. Até agora foi licitado um trecho de 150 km, de cinco lotes. Todos
tiveram sobrepreço, segundo o TCU.
O valor licitado
para os primeiros 45 km, por exemplo, passou de R$ 9,3 milhões para R$ 388,5
milhões — 43 vezes mais — considerando apenas o investimento da União, sem a
contrapartida do governo de Alagoas, responsável pela obra. O segundo trecho,
com 19,7 km de extensão e estação elevatória, teria acarretado desperdício
superior a R$ 130 milhões. No último relatório do TCU, sobre outros três
trechos, o sobrepreço é de R$ 119 milhões.
Os três lotes são
tocados por empreiteiras investigadas na Lava-Jato, como OAS, Odebrecht e
Queiroz Galvão. A água deveria chegar ao km 150 em 2014. Agora, o governo de
Alagoas espera recursos do Ministério da Integração para conseguir terminar em
2019 — quatro anos de atraso.
Mais uma no rol de
promessas para levar água ao semiárido, a transposição do Rio São Francisco não
escapa à regra do desafio a prazos e orçamentos. O custo chega a quase R$ 10
bilhões, e o prazo de entrega é para o fim do ano. Resta, porém, incerteza se
será cumprido.
A primeira etapa do
Eixo Norte da transposição foi licitada de novo depois que a Mendes Júnior
abandonou o canteiro em junho passado. Flagrada na Lava-Jato, a empreiteira
fora declarada inidônea pela Controladoria Geral da União.
No Velho Chico, a
Lava-Jato investiga um consórcio formado pelas empresas OAS e Galvão
Engenharia, responsável por dois dos 14 lotes da transposição. O grupo é
suspeito de desviar R$ 200 milhões apenas no trecho que vai do agreste de
Pernambuco até a Paraíba.
ABREU E LIMA: MUDANÇA ASSOMBROSA
Investigadas pelo
MPF em Goiás, a extensão sul da Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia da Integração
Oeste-Leste (Fiol) tiveram obras divididas pelo cartel da Petrobras.
— As duas obras
foram lançadas em 2010, e quando foram incluídas no PAC, o cartel fez um pacote
só e dividiu as duas juntas, numa só negociação — diz o procurador Hélio Telho
Côrrea Filho, do MP de Goiás. Ele afirma que são 37 empreiteiras investigadas
no caso.
A extensão Sul da
Norte-Sul e a Fiol foram licitadas por R$ 6,9 bilhões, mas o custo chega hoje a
R$ 11,5 bilhões. Licitada em 2010, a extensão sul da Norte-Sul ficaria pronta
em 2012. A expectativa é que as obras sejam concluídas no fim do ano, se a
União tiver recursos. O atraso da Fiol é maior: o prazo de conclusão saltou de
2012 para 2019 — cinco anos a mais.
A Norte-Sul já
havia sido investigada pela operação Trem Pagador, mas a Lava-Jato acrescentou
informações depois das delações da Camargo Corrêa.
Alardeada como
única forma de garantir que não falte energia no Sudeste, a Usina de Belo
Monte, no Norte do país, só ficará totalmente pronta em 2019, quatro anos após
o previsto. O orçamento dobrou. Com base na delação da Andrade Gutierrez, a
Lava-Jato diz que foram pagos R$ 128 milhões em propinas a políticos.
Outra obra na lista
de atrasos e prejuízos é a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ela deveria
ter sido entregue em 2011 mas agora, após mudanças nos planos, deve ser em
2021. O salto no orçamento foi de quase 10 vezes: R$ 7,1 bilhões para R$ 61,8
bilhões.
A Petrobras informa
que o primeiro conjunto de refino iniciou operações. Porém, são necessárias
obras para colocar em funcionamento o segundo conjunto.
Para o economista
Raul Velloso a situação no momento é 'um desastre total'.
— Há um risco
grande de sucateamento porque as empresas estão com dificuldade de obter
financiamento e de voltar a contratar com a Petrobras. Elas assinaram acordos
de leniência, o que incluía a retomada das obras, mas isso ainda não aconteceu.
Por Gustavo Schmitt Cleide Carvalho, em O Globo
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O planejamento que interage estratégia e cultura
Coleção Quasar K+:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.
O que é a metodologia Quasar K+ de planejamento estratégico?
QUASAR K+ é uma metodologia que procura radicalizar os processos de participação cidadã através de três componentes básicos:
a.Planejamento;
b.Educação e Teatro;
c.Participação intensiva.
Para quem se destina a ferramenta?
A metodologia QUASAR K+ foi desenvolvida para se constituir em uma base referencial tanto para as pessoas, os indivíduos, como para as organizações. Portanto, sua utilização pode ensejar a modernização desde o simples comércio de esquina ao grande conglomerado corporativo. Mas, também, os projetos de crescimento e desenvolvimento individuais, a melhoria das relações familiares...
Fazendo uso da metodologia QUASAR K+ poderemos descortinar novos horizontes nos habilitando a fazer mais e melhor com menor dispêndio de recursos.
Qual a razão desta metodologia?
Nas democracias modernas as sociedades se mostram tanto mais evoluídas e sustentáveis quanto mais aprimoram a qualidade da participação na vida organizacional, política e social.
Para que a participação se revista de qualidade se faz necessário dominar um conjunto de técnicas e instrumentais capazes de impregnar o processo de maior eficácia.
É deste contexto que emerge a metodologia QUASAR K+: disponibilizar técnicas específicas ancoradas em valores e princípios da educação e do teatro, incorporando - como eixo estruturante - as ferramentas do planejamento.
Portanto, é uma metodologia que busca assegurar qualidade à consecução dos objetivos, estratégias e metas traçados.
Por conseguinte, a aplicação da tecnologia possibilitará que nossa inserção e participação nos ambientes de estudo, trabalho, entretenimento e moradia, se verifique de maneira progressivamente mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que nos empodera:
- eleva a autoestima – na medida em que tomamos consciência da evolução de nossa capacidade produtiva, da habilidade adquirida para interagir e contribuir com a família, o grupo social, a organização, a sociedade;
- incorpora ganhos sociais para a família, a escola, a instituição em que trabalhamos e a comunidade onde moramos, considerando que os produtos e resultados de nossa intervenção direta passam a ostentar qualidade diferenciada, mais fina, apurada e consentânea com as aspirações por um mundo melhor e mais justo.
De maneira estruturada, o livro enfoca:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.
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Portanto, é uma metodologia que busca assegurar qualidade à consecução dos objetivos, estratégias e metas traçados.
Por conseguinte, a aplicação da tecnologia possibilitará que nossa inserção e participação nos ambientes de estudo, trabalho, entretenimento e moradia, se verifique de maneira progressivamente mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que nos empodera:
- eleva a autoestima – na medida em que tomamos consciência da evolução de nossa capacidade produtiva, da habilidade adquirida para interagir e contribuir com a família, o grupo social, a organização, a sociedade;
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De maneira estruturada, o livro enfoca:
- Planejamento e Administração
- O setor público
- Empreendedorismo & iniciativa privada
- Participação intensiva & terceiro setor
- Cidadania
- Qualidade Total
- Educação & Teatro
- O setor público
- Empreendedorismo & iniciativa privada
- Participação intensiva & terceiro setor
- Cidadania
- Qualidade Total
- Educação & Teatro
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