domingo, 9 de julho de 2017

Governo paulista inicia testes para trabalho 'home office'


O Governo de Estado de São Paulo sancionou no dia 27/06 o decreto 62.648, que possibilita e cria determinações para a prática do teletrabalho, ou home office, para funcionários públicos. Os servidores serão supervisionados durante o trabalho à distância.
Com a sanção do texto, o projeto recém começou a fase de testes, que terá previsão de duração de oito meses. O piloto foi iniciado com grupos de funcionários da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado. Os servidores da diretoria de Representação, nas unidades de Bauru, Campinas e São Paulo, responsáveis por análise e revisão de autos de infração, já estão colocando em prática a modalidade à distância. Dos 80 agentes da área, 20 se candidataram para testar esse método de trabalho remoto.
Segundo determina o decreto, os agentes poderão trabalhar em casa durante dois dias da semana, exceto segundas e sextas-feiras. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Helcio Tokeshi, a secretaria pode acompanhar o horário em que o servidor acessou o sistema e quais processos foram baixados, para um controle do trabalho. O diretor adjunto da diretoria de representação fiscal da secretaria, André Watanabe Hurtado, explica como funciona a fiscalização do trabalho. "Há uma meta de quantidade de trabalho. A nossa diretoria tem diversas atividades, mas a única sujeita ao home office, é a que se pode mensurar a produção. Os funcionários acessam remotamente o sistema, por um acesso com certificado digital, e com isso, os gestores irão medir o trabalho pelo servidor ".
Ele garante ainda que, por mais que o controle seja remoto, não há possibilidade de o funcionário não trabalhar durante todo o período, por conta da quantidade de trabalho. "No teletrabalho eles têm que produzir 15% a mais do que presencialmente".
Obrigações
Quanto às obrigações dos servidores, o artigo 9º do decreto estabelece que os mesmos devem estar acessíveis durante o horário de trabalho, mantendo telefones de contato ativos e consultando o e-mail institucional; manter o superior informado do andamento do trabalho; comparecer ao seu órgão ou entidade, no mínimo a cada dez dias para reunião com superiores; cumprimento de eventuais obrigações presenciais; entre outras. Caso as determinações não sejam cumpridas pelo funcionário, o mesmo perderá o direito ao home office.
Segundo a Secretaria, o objetivo da medida é, além do aumento da produtividade, por conta do maior bem-estar do funcionário em realizar suas atividades em casa, sem precisar se deslocar ao trabalho, a economia de gastos públicos como manutenção do escritório (energia elétrica e água), transporte e alimentação.
A advogada Cecília Teixeira Carvalho, especialista em questões trabalhistas do escritório Bobrow Teixeira de Carvalho Advogados, defende o decreto, alegando a efetividade de outros órgãos públicos que já adotaram a medida. "Os órgãos públicos que já adotaram tiveram aumento de produtividade, como o Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho e o Tribunal de Justiça de São Paulo. "Acredito que isso vai ser bom, mesmo porque as responsabilidades serão maiores, tem que trabalhar porque há fiscalização". E destaca que a medida pode melhorar a produtividade pois dá mais qualidade de vida ao servidor.

Por Beatriz Boturão, no DCI/SP

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Aprendendo a falar bem



Como fazer uma palestra? Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.

"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos". 

A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito. 

O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?

A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.

Há quem desconheça que a conduta mais adequada é manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia. 

Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...

E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...

Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a cabo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?

As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.

Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?

Desde a mais singela conversação entre amigos ou familiares, até a palestra em um auditório lotado, com três mil pessoas, devemos cuidar para que a comunicação se estabeleça em sua integralidade, otimizando a utilização dos recursos disponíveis, de modo que, ao fim e ao cabo, a mensagem transmitida tenha sido assimilada pelos receptores. 

Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais. 

Melhor, então, não ignorar a realidade e planejar a conquista da nova habilidade, ‘falar bem para o público’, independentemente do número de interlocutores, se um, se dez, se três mil... 

Como em qualquer área do conhecimento acadêmico, um conjunto de técnicas criteriosamente adotadas pode tornar a travessia menos dolorida, mais produtiva e mais prazerosa. 

Esta é a razão deste livro, impedir que a surpresa se constitua num imponderável, na variável indesejada; impedir que o leitor seja pego de calças curtas. E para isso a obra se divide em capítulos estruturados para abrigar desde os referenciais teóricos até exercícios, dicas e experiências concretas, tudo com o propósito de transformar o leitor em um exímio palestrante. Aventure-se nesta jornada. Compreenda as dimensões da comunicação, as variantes que conduzem a mensagem ao seu destino de forma límpida, rápida e fidedigna. Aprenda como utilizar as linguagens gestual e vocal para potencializar os conteúdos emitidos. E a estruturar uma apresentação impecável, que receba a empatia e a cumplicidade da plateia. 
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