ANA mapeia área irrigada de cana para ajudar
na gestão dos recursos hídricos
Levantamento
realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) para mapear a área irrigada de
cana-de-açúcar na região centro-sul do Brasil mostrou que, na safra 2015/2016,
cerca de 1,72 milhão de hectares de cana foram irrigados na região. O estudo é
importante para planejamento e gestão dos recursos hídricos, porque a cultura
da cana tem a maior área irrigada do país, alcançando cerca de 30% do total
irrigado, segundo a publicação da agência.
Do total
irrigado da cana-de-açúcar na safra passada, 45% estão concentrados em São
Paulo, 22,3% em Goiás e 19,9% em Minas Gerais, estados que, somados, respondem
por quase 90% da área irrigada no centro-sul do Brasil. O estudo considerou apenas
os canaviais que apresentaram resposta positiva à irrigação.
A
cana-de-açúcar é uma das principais fontes de riqueza agrícola e ocupa uma área
de cerca de 10,2 milhões de hectares nos estados do Sudeste, Centro-Oeste, Sul
e Nordeste. Além da maior área irrigada e apesar do baixo consumo de água por
hectare irrigado dessa cultura, há regiões em que a intensificação da irrigação
gera preocupações com a possibilidade de disputas pela água.
A
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima, para a safra 2016/2017, uma
produção de 695 milhões de toneladas de cana, que devem ser utilizadas para
produzir 39,8 milhões de toneladas de açúcar e 27,9 bilhões de litros de
etanol.
Cálculo do déficit
O levantamento também mostrou o déficit de água e permite
desenvolver políticas públicas para aumentar a segurança hídrica da cultura,
uma das mais importantes do País, e também garantir o uso múltiplo do recurso,
a exemplo do consumo humano e animal.
O cálculo do déficit foi fundamental no processo de
associação das classes de cana aos diferentes tipos de irrigação: de salvamento
(quando a água é usada para reduzir parcialmente o estresse hídrico, até a
chegada do período chuvoso), que corresponde a 98,4% da área total irrigada;
plena e semiplena, que, conjuntamente, representam apenas 1,58% da área de cana
no centro-sul. A área de cana sob pivôs centrais e sistemas lineares totalizou
57 mil hectares.
O problema do déficit ocorre quando a quantidade de água
fornecida pelas chuvas é menor do que a quantidade de água que a planta
necessita para se desenvolver e produzir. Outro problema destacado foi a enorme
insuficiência de água nos canaviais na safra 2015/2016, que superou a média
histórica de 2014 e 2015, que se deu por conta da seca na região centro-sul.
O Brasil está entre os dez países com a maior área
irrigada do planeta, embora utilize menos de 20% da área potencial.
Considerando a importância da irrigação no uso da água e a carência de
informações atualizadas, a ANA tem promovido estudos e parcerias para suprir a carência
de informações.
Por Júlia Buonafina, da Agência
Brasil
___________
Aprendendo a falar bem
Como fazer uma palestra? Mais cedo ou
mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.
"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos".
A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
Há quem desconheça que a conduta mais adequada é manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia.
Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...
E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...
Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a cabo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?
Desde a mais singela conversação entre amigos ou familiares, até a palestra em um auditório lotado, com três mil pessoas, devemos cuidar para que a comunicação se estabeleça em sua integralidade, otimizando a utilização dos recursos disponíveis, de modo que, ao fim e ao cabo, a mensagem transmitida tenha sido assimilada pelos receptores.
Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
Melhor, então, não ignorar a realidade e planejar a conquista da nova habilidade, ‘falar bem para o público’, independentemente do número de interlocutores, se um, se dez, se três mil...
Como em qualquer área do conhecimento acadêmico, um conjunto de técnicas criteriosamente adotadas pode tornar a travessia menos dolorida, mais produtiva e mais prazerosa.
Esta é a razão deste livro, impedir que a surpresa se constitua num imponderável, na variável indesejada; impedir que o leitor seja pego de calças curtas. E para isso a obra se divide em capítulos estruturados para abrigar desde os referenciais teóricos até exercícios, dicas e experiências concretas, tudo com o propósito de transformar o leitor em um exímio palestrante. Aventure-se nesta jornada. Compreenda as dimensões da comunicação, as variantes que conduzem a mensagem ao seu destino de forma límpida, rápida e fidedigna. Aprenda como utilizar as linguagens gestual e vocal para potencializar os conteúdos emitidos. E a estruturar uma apresentação impecável, que receba a empatia e a cumplicidade da plateia.
"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos".
A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
Há quem desconheça que a conduta mais adequada é manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia.
Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...
E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...
Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a cabo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?
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Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
Melhor, então, não ignorar a realidade e planejar a conquista da nova habilidade, ‘falar bem para o público’, independentemente do número de interlocutores, se um, se dez, se três mil...
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