Satélite será o primeiro operado pelo
governo. Além de garantir comunicações militares seguras, ele levará internet a
regiões remotas. Este é o maior investimento do programa espacial do país nesta
década.
O Brasil lançou nesta quinta-feira (04/05) seu primeiro satélite
geoestacionário para defesa e comunicações estratégicas, o maior investimento
do programa espacial brasileiro nesta década. O lançamento foi feito do Centro
Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
O centro de controle da empresa lançadora de satélites
Arianespace considerou a decolagem um sucesso. Depois do lançamento, o satélite
foi separado do foguete que levou o equipamento para o espaço. O satélite
levará cerca de dez dias para alcançar sua posição final.
Após testes, o controle operacional do equipamento, que é o
primeiro deste tipo a ser operado e controlado pelo governo brasileiro, será
repassado para as Forças Armadas. O satélite, além de permitir comunicações
militares seguras, deverá expandir o acesso à internet rápida para locais do
país onde há pouca infraestrutura.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará
posicionado a 36 mil quilômetros de altitude e cobrirá todo o território
brasileiro e o Oceano Atlântico. Ele deverá operar por 18 anos.
O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa
de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da
capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações
estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga,
especialmente em áreas remotas.
A construção do satélite foi autorizada em 2013 e contou com um
investimento de 2,7 bilhões de reais para sua operação. O projeto é uma
parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações. O equipamento foi adquirido pela Telebras e construído pela
franco-italiana Thales Alenia, que aceitou transferir a tecnologia ao Brasil.
Deutsche Welle