segunda-feira, 22 de maio de 2017

Professores defendem educação emocional para melhorar aprendizado de crianças


Professores defenderam a inclusão da educação emocional nas escolas, como forma de melhorar o aprendizado das crianças e auxiliar a resolução de conflitos pessoais e familiares. O tema foi debatido na última quinta-feira (18) em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
O professor João Roberto de Araújo, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que é um equívoco priorizar o âmbito econômico na educação e ignorar as emoções e o afeto humano. Araújo, que é mestre em Psicologia Social, disse que, assim como se ensina geografia ou matemática, é preciso ensinar as crianças a lidar e compreender as emoções.
"Será que sentir raiva é feio? Não, não é feio. A raiva faz parte, mas eu preciso saber que eu posso fazer isso ou aquilo com a raiva para não ser um analfabeto emocional. O analfabeto emocional é aquele que não sabe as emoções que tem, como elas aparecem e não sabe o que fazer com elas. Por isso eles matam, ferem, roubam, vão presos e sofrem profundamente", disse Araújo.
Experiência municipal
A Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco (AC) trabalha com educação emocional nas escolas há cerca de seis anos. Depois de incorporar a dimensão emocional no currículo escolar e na formação continuada dos professores, a capital acriana subiu do 9º para o 4º lugar entre as capitais brasileiras no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).
“Essa competência emocional é uma competência importante para que nós possamos, a partir de um novo clima emocional, favorecer o avanço da aprendizagem", disse o secretário municipal de Educação de Rio Branco, Márcio Batista.
Em Rio Branco, as crianças têm aulas de educação emocional duas vezes por semana e passam a compartilhar seu estado emocional. "A criança na escola aprende as estratégias de conhecer as emoções, de falar sobre as emoções, regular essas emoções e desenvolver uma autoconfiança tamanha que ela se encoraja a fazer a mediação de conflitos com os pais que, pela ausência de uma educação emocional, não conseguem fazer”, disse o secretário.
Márcio Batista destacou que o programa melhorou o clima emocional nas escolas e, consequentemente, favoreceu o avanço da aprendizagem dos alunos.
Debate no Brasil
O presidente da Comissão de Educação, deputado Caio Narcio (PSDB-MG), defendeu o debate sobre o assunto no Legislativo e a aproximação do tema por meio do conhecimento de experiências de implementação da educação emocional.
"É importante verificar o funcionamento de algo que, na prática, já está produzindo resultados inquestionáveis e que merecem de nós uma atenção e um olhar diferenciado. Esse instrumento pode ajudar não só no desenvolvimento dos nossos índices educacionais, mas no desenvolvimento do ser humano com um todo", disse Narcio, que sugeriu a realização da audiência desta quinta-feira.
Como resultado da audiência pública, Caio Narcio espera sensibilizar o Ministério da Educação para que essas experiências sejam ampliadas por meio de projetos-pilotos. Para ele, é fundamental que a educação emocional se torne realidade no sistema educacional do Brasil.
Agência Câmara Notícias

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O livro 
A peça teatral enfoca duas das mais importantes personalidades do movimento artístico mundial, o poeta e dramaturgo Maiakovski e o diretor teatral Meyerhold, ambos russos.

Entusiastas de primeira hora da revolução de 1917 pouco tempo depois se tornariam grandes vítimas dela, devorados que foram pela burocracia e pela repressão soviética.

Maiakovski passou para a história como o ‘poeta da revolução’; Meyerhold como o encenador criador do grotesco cênico e da Biomecânica, escola teatral que sorveu as ideias produtivistas de Taylor, a teoria de reflexos condicionados de Pavlov e os estudos das relações corpo-emoções de Willian James.

Filiados ao Partido Bolchevique, Maiakovski e Meyerhold montam, em 1918, em comemoração ao primeiro ano da revolução soviética, a peça teatral “Mistério Bufo”.

A partir daí mergulham no materialismo dialético e no realismo socialista promovendo um teatro maniqueísta de propaganda política: o bem numa extremidade, o mal na outra; os revolucionários de um lado e os exploradores do outro, bem ao sabor da nova ordem burocrática.

Mas quando abrem mão do teatro panfletário, simplista e maniqueísta, passam a ser acusados pelo establishment comunista de produzir uma arte “incompreensível para as massas”, e de cultuar em suas montagens “aspectos místicos, eróticos e de espírito associal”

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