terça-feira, 18 de abril de 2017

Site reúne 10 bilhões de dados essenciais para gestão pública

Quantas crianças estão fora da escola em sua cidade? Quantas pessoas vivem em situação de pobreza? Qual a porcentagem de residências sem coleta de lixo? Essas são perguntas que todo gestor público deve fazer e que já estão respondidas em pesquisas. Na maioria das vezes, os dados estão escondidos em planilhas espalhadas pela internet e de difícil compreensão, o que atrapalha a chegada dessa informação a quem tem o poder de decisão. Para tentar mudar esse quadro, desde o último dia 27, informações como essas estão disponíveis em um único site. O Datapedia (www.datapedia.info) reúne mais de 10 bilhões de dados sobre situação de todos os 5.570 municípios brasileiros. A ferramenta facilita a visualização das pesquisas que são fundamentais para a implementação de políticas públicas.
O diretor executivo e fundador do Datapedia, Marcos Silveira, teve a ideia de criar a plataforma quando desenvolvia políticas públicas na área de educação para prefeituras. Ele percebeu que gastava mais tempo coletando dados do que na análise das informações e na formulação das estratégias.
“Eu percebi quanto tempo eu perdia para encontrar as informações em sites confusos. Tinha muitos dados, muita informação importante disponível. Porém, estavam sempre separados, escondidos e em uma linguagem técnica que dificulta a visualização”, explica.
Transparência.
Para Silveira, ferramentas como o Datapedia têm um enorme potencial para fazer com que as políticas sejam aplicadas de forma mais racional e rápida, identificando quais são as prioridades de cada município. Segundo o diretor do site, o Brasil avançou muito com a Lei de Acesso à Informação. Mas, por uma dificuldade de alcançar todos esses dados disponíveis, ainda há casos de políticas públicas realizadas sem embasamento.
“Se um gestor quer melhorar a educação, por exemplo, ele precisa definir: qual é o nosso déficit? Quantas vagas serão criadas? Qual é o nosso índice de qualidade na educação? Qual é a nossa meta? Em quanto tempo iremos alcançá-la? Fazer esse plano só é possível se os dados estiverem disponíveis”, afirma.
No Datapedia, as informações estão separadas por cidade. Selecionando cada município, uma página mostra todos os indicadores disponíveis. Em todas as localidades, os dados estão apresentados com a mesma metodologia e com uma visualização intuitiva, com utilização de gráficos e tabelas que facilitam a análise até mesmo de quem, até então, não conhecia o indicador que está sendo analisado.
Marcos Silveira destaca que esse é um dos principais benefícios da plataforma. “Não são todas as cidades que teriam capacidade de desenvolver uma ferramenta dessa. No Datapedia, desde a cidade mais rica do Brasil até a mais pobre estão contempladas com os mesmos dados, com a mesma metodologia apresentada de uma forma amigável”, conclui.
Comparação.
Outra ferramenta está sendo elaborada pela equipe do Datapedia para ajudar nas análises das informações. Ela vai permitir que os usuários possam comparar dados de diferentes indicadores e municípios.
COMO É FEITO
Pesquisa.
O primeiro passo para disponibilizar os dados no Datapedia é fazer a busca pelos órgãos de pesquisa, como IBGE, Ministério da Educação, Ipea, entre outros. A partir daí, a equipe começa a trabalhar em como essas informações serão disponibilizadas.
Visualização.
Com os dados em mãos, os profissionais definem como esses números serão trabalhados de forma a serem apresentados da maneira mais didática possível. Definida a apresentação, as equipes realizam gráficos e imagens para tornar a visualização das informações mais amigável e facilitar a compreensão.
Indicadores.
Os indicadores mais complexos ganham uma explicação sobre como funciona a metodologia da avaliação para que possam ser analisados por quem não tem familiaridade com esses índices.
Análise.
Interessados em uma análise sobre situações específicas podem contratar o Datapedia para produções sob encomenda.
Iniciativa fomenta fiscalização
Desde que a informação pública se tornou mais acessível, cresceu o número de iniciativas populares interessadas em fiscalizar os órgãos governamentais. É o caso da Contas Abertas, ONG que se especializou em inspecionar as contas públicas e fornecer notícias e documentos aos cidadãos. Fundador e secretário geral da entidade, Gil Castello Branco comemora a chegada de plataformas como o site Datapedia.
“Costumo dizer que a iniciativa não parte do médico que chega em casa e tem um insight: ‘opa, vou fiscalizar meu deputado’. Quem acompanha mesmo são as ONGs, que cruzam e interpretam essas informações, já que nem todos têm a facilidade de entender o linguajar utilizado. Assim, vejo com bons olhos esse tipo de ideia. Afinal, o cidadão tende a compreender as necessidades de sua cidade e a participar com maior entusiasmo do processo”, avalia Castello Branco.
O Contas Abertas deu um dos pontapés iniciais para o processo de impeachment da expresidente Dilma Rousseff, ao descobrir e denunciar ao Tribunal de Contas da União (TCU) as chamadas “pedaladas fiscais”, ainda em 2014. Para Castello Branco, mais que fiscalizar os dados, é importante saber o que fazer com esse material.
“Esse trabalho de acompanhamento, fiscalização de dados e transmissão à sociedade civil de forma inteligível não é importante apenas para se saber a legalidade do gasto, mas também sua prioridade. A partir do momento em que temos essas informações mais detalhadas, sabemos quais são os setores que mais necessitam de investimentos”, completa o economista.
Quem também aprova esse tipo de iniciativa é a especialista em direito administrativo Maria Tereza Fonseca Dias. “Ainda que seja complicado apontar um resultado, essas ideias tendem a fazer com que a administração seja mais democrática. Quanto mais grupos sociais puderem informar-se, maior será a possibilidade para confrontar e pluralizar dados e discursos, o que pode trazer à sociedade maior convicção sobre temas importantes de políticas públicas”, avalia.
Bernardo Miranda e Wallace Graciano, em O Tempo/MG 


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Coleção Quasar K+: 

Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.


O que é a metodologia Quasar K+ de planejamento estratégico?

QUASAR K+ é uma metodologia que procura radicalizar os processos de participação cidadã através de três componentes básicos:
a.Planejamento;
b.Educação e Teatro;
c.Participação intensiva.

Para quem se destina a ferramenta?

A metodologia QUASAR K+ foi desenvolvida para se constituir em uma base referencial tanto para as pessoas, os indivíduos, como para as organizações. Portanto, sua utilização pode ensejar a modernização desde o simples comércio de esquina ao grande conglomerado corporativo. Mas, também, os projetos de crescimento e desenvolvimento individuais, a melhoria das relações familiares...

Fazendo uso da metodologia QUASAR K+ poderemos descortinar novos horizontes nos habilitando a fazer mais e melhor com menor dispêndio de recursos.

Qual a razão desta metodologia?

Nas democracias modernas as sociedades se mostram tanto mais evoluídas e sustentáveis quanto mais aprimoram a qualidade da participação na vida organizacional, política e social.

Para que a participação se revista de qualidade se faz necessário dominar um conjunto de técnicas e instrumentais capazes de impregnar o processo de maior eficácia.

É deste contexto que emerge a metodologia QUASAR K+: disponibilizar técnicas específicas ancoradas em valores e princípios da educação e do teatro, incorporando - como eixo estruturante - as ferramentas do planejamento.

Portanto, é uma metodologia que busca assegurar qualidade à consecução dos objetivos, estratégias e metas traçados.

Por conseguinte, a aplicação da tecnologia possibilitará que nossa inserção e participação nos ambientes de estudo, trabalho, entretenimento e moradia, se verifique de maneira progressivamente mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que nos empodera:

- eleva a autoestima – na medida em que tomamos consciência da evolução de nossa capacidade produtiva, da habilidade adquirida para interagir e contribuir com a família, o grupo social, a organização, a sociedade;

- incorpora ganhos sociais para a família, a escola, a instituição em que trabalhamos e a comunidade onde moramos, considerando que os produtos e resultados de nossa intervenção direta passam a ostentar qualidade diferenciada, mais fina, apurada e consentânea com as aspirações por um mundo melhor e mais justo.

De maneira estruturada, o livro enfoca:

- Planejamento e Administração
- O setor público
- Empreendedorismo & iniciativa privada
- Participação intensiva & terceiro setor
- Cidadania
- Qualidade Total
- Educação & Teatro

Para saber mais sobre o livro, clique na capa.


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