BRUXELAS - O Parlamento Europeu suspendeu na quinta-feira a
ratificação de um novo acordo de investimento com a China até que Pequim
suspenda as sanções a políticos da União Europeia (UE), aprofundando uma
disputa nas relações sino-europeias e negando às empresas da UE maior acesso à
China.
A resolução para congelar a ratificação foi aprovada
com 599 votos a favor, 30 votos contra e 58 abstenções.
O Acordo Abrangente de Investimento UE-China, fechado
por negociadores em dezembro após sete anos de conversas, tinha como objetivo
colocar as empresas da UE em pé de igualdade na China e consolidar a posição de
Pequim como parceiro comercial de confiança.
Mas Pequim impôs sanções em março a 10 políticos da
UE, bem como a grupos de pesquisa e órgãos diplomáticos, em resposta às sanções
ocidentais contra autoridades chinesas acusadas de detenções em massa de
uigures muçulmanos no noroeste da China.
As sanções da China incluem cinco membros da
Assembleia da UE e seu subcomitê de direitos humanos.
Pequim
nega qualquer irregularidade.
O impasse é um retrocesso tanto para a China como para
a UE. A ratificação do acordo permitiria uma maior proteção dos investimentos
europeus e dos direitos de propriedade intelectual na China. A China esperava
melhorar sua posição internacional como parceiro comercial justo e respeitoso,
dizem os diplomatas europeus.
Por
Robin Emmott, Reuters
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