Fome: mulher procura alimento no lixo em Belém (PA). (Foto: RAIMUNDO PACCO/AFP via Getty Images)
150 milhões de pessoas entraram no mapa da fome durante a pandemia. O relatório é da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU
Principal causa é crise
econômica
Publicado nesta quarta-feira
(6), o relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, da
Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), revelou que
150 milhões de pessoas foram afetadas pela fome desde o começo da pandemia de
covid-19. Em 2021, o número de pessoas que sofrem com insuficiência alimentar
chegou a 828 milhões.
Segundo a FAO, o número de
pessoas no mapa da fome cresceu durante a pandemia por conta, principalmente,
dos impactos econômicos.
Segundo a organização, a
fome é “uma sensação física desconfortável ou dolorosa causada pelo consumo
insuficiente de energia alimentar”.
Em 2021, segundo a
organização, havia esperança que o mundo começaria a se recuperar do cenário
pandêmico. “Apesar das esperanças de que o mundo emergiria a pandemia de Covid
em 2021 e que a segurança alimentar começaria a melhorar, a fome no mundo
aumentou ainda mais”, avalia o texto.
De acordo com a FAO, há no
mundo um padrão de “desigual de recuperação econômica” e com isso a população
mais afetada pela pandemia é também aquela que mais sofre com a perda de renda
não recuperada em 2021.
O futuro também não promete
melhoras. O documento faz uma projeção para o ano de 2030, quando deverá haver
ainda 670 milhões de pessoas com fome no planeta, o que representa
aproximadamente 8% da população mundial. Antes da pandemia, a previsão era de
que haveria 591,3 milhões de pessoas com fome em 2030, o que significa 78
milhões de pessoas a mais no mapa da fome.
A insegurança alimentar, que
é a incerteza de se conseguir alimento, que faz com que pessoas diminuam ou
interrompam a alimentação, também aumentou na pandemia, segundo a FAO.
Em 2021, 2,3 bilhões de
pessoas em todo o mundo viviam em insegurança alimentar moderada, caracterizada
pelo acesso inconsistente a alimento, ou grave, que é quando há interrupção na
alimentação. O número representa 29% da população mundial.
O número de pessoas que se
enquadram na insegurança alimentar grave chegou a 931 milhões, ou 11,7% da
população, aponta o relatório.
Impactos da inflação
Um dos grandes problemas
apontados pela FAO é o efeito da inflação no preço dos alimentos durante e depois
da pandemia de covid-19. Segundo o texto, há falta de acesso a uma dieta
saudável em todo o planeta.
O custo diário de uma
alimentação saudável, em 2020, era de, aproximadamente, US$ 3,54 por pessoa, um
valor 6,7% maior que em 2017. A região onde o acesso ficou mais caro foi na
América Latina e Caribe, onde o valor diário chegou a US$ 3,89 por pessoa em
2020.
Com isso, cerca de 3,1
bilhões de pessoas não tiveram condições financeiras de arcar com uma refeição
saudável naquele ano, 112 milhões a mais que no ano anterior.
“O mundo está retrocedendo
em seus esforços para acabar com a fome, insegurança alimentar e desnutrição em
todas as suas formas. Estamos agora a apenas oito anos de 2030, o ano da meta
global. Há esforços para avançar, mas estão se mostrando insuficientes diante
de um contexto mais desafiador e incerto”, diz o relatório.
Yahoo Notícias, Redação
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