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O objetivo dos países é trazer maior satisfação aos trabalhadores e aumento de produtividade. Getty Images. |
Empresas ao redor do mundo estão implementando de forma definitiva
ou testando a jornada de trabalho reduzida. O objetivo é trazer maior
satisfação aos trabalhadores e aumento de produtividade. O esquema aposta em 4
dias de trabalho e 3 dias de descanso - mantendo o salário integral - para que
os funcionários possam ter mais mais tempo de lazer e para se dedicar mais à
família e a outras atividades.
Por aqui, a ideia é ainda
pouco explorada, mas já conta com uma empresa adepta. Em março de 2020, a
startup de produtos pet Zee.Dog adotou o modelo de 4 dias de trabalho para
aumentar a qualidade de vida e a produtividade dos funcionários nos escritórios
da empresa de São Paulo e Rio de Janeiro, além de Madri (Espanha) e Shenzhen
(China).
Veja a seguir outros
países que adotaram ou estão realizando testes para avaliar o impacto da
jornada de trabalho de 4 dias:
Bélgica
Islândia
Escócia e País de Gales
Suécia
Espanha
Alemanha, Nova Zelândia e
Japão.
Bélgica
A Bélgica é o país mais
recente a adotar o modelo de jornada de trabalho reduzida. Agora os
funcionários podem escolher entre trabalhar quatro ou cinco dias por semana,
mantendo-se a mesma carga horária total. A jornada semanal clássica belga é de
38 horas, mas o empregado tem a opção de trabalhar 45 horas numa semana e
deduzir as sete horas adicionais na seguinte.
De acordo com o
primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, a intenção do projeto é tornar a
economia mais dinâmica e melhorar a compatibilidade entre família e trabalho.
Islândia
Entre 2015 e 2019, a
Islândia testou, com 2.500 trabalhadores e trabalhadoras, um projeto semelhante
ao que a Bélgica vai implantar. As jornadas semanais, no entanto, foram reduzidas
de 40 horas para 35 ou 36, mantendo-se a mesma remuneração.
O estudo foi promovido e
avaliado pela Associação de Sustentabilidade e Democracia (Alda) e pelo think
tank britânico Autonomy. Sua conclusão foi que o bem-estar dos funcionários
melhorou significativamente, os processos de trabalho foram otimizados e
estabeleceu-se uma cooperação mais estreita entre os colegas. Em grande parte,
a produtividade permaneceu idêntica ou até aumentou.
Concluída essa fase de
testes, sindicatos e associações começaram a negociar a diminuição permanente
da jornada de trabalho. Atualmente, cerca de 86% dos trabalhadores islandeses
têm direito a uma semana de quatro dias.
Escócia
e País de Gales
A Escócia está atualmente
em fase de testes com a semana de quatro dias. Como apoio, empresas que
participam do projeto recebem do governo um aporte em torno de 10 milhões de
libras esterlinas.
No País de Gales, a pauta
está em discussão. A Comissária das Gerações do Futuro, Sophie Howe, fez
reivindicações nesse sentido, pelo menos para o setor público.
Suécia
Testes com uma semana
laboral de quatro dias e pagamento integral se realizaram na Suécia já em 2015.
As conclusões, neste caso, foram ambivalentes.
Políticos suecos de
esquerda acharam a implementação cara. Já as microempresas gostaram da ideia e
adotaram até mesmo a redução da carga horária. A companhia automobilística
Toyota, por exemplo, já abreviou os turnos dos mecânicos há cerca de dez anos
anos atrás, e mantém essa política desde então.
Espanha
Na Espanha, a semana de
quatro dias foi proposta a pedido do partido de esquerda Mais País. Cerca de 6
mil funcionários de 200 pequenas e médias empresas poderão prolongar o fim de
semana em um dia, com pagamento integral. O experimento está programado para
durar pelo menos um ano, mas ainda não tem data para começar.
Alemanha,
Nova Zelândia e Japão.
Na Alemanha, são
principalmente as pequenas startups que têm experimentado a semana mais
curta.No Japão, grandes companhias, como a Microsoft, estão dando aos
funcionários um fim de semana longo por mês.
Na Nova Zelândia, a
multinacional de alimentos e produtos farmacêuticos Unilever está testando a
semana de quatro dias com a mesma remuneração por cerca de um ano. Se o modelo
tiver sucesso, a empresa planeja expandi-lo para outros países.
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