Investigadores suíços e americanos trabalham com autoridades brasileiras
para finalizar as tratativas com a Odebrecht para o que poderá ser o maior
acordo de leniência do mundo, afirmaram à Reuters fontes envolvidas nas
negociações.
Cerca de 80 executivos e funcionários da empreiteira negociam acordos de
delação premiada e um acordo de leniência para a empresa no âmbito da operação
Lava Jato. Em troca, eles terão de revelar detalhes sobre o papel da companhia
no esquema de pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
O acordo de leniência que garantiria ao infrator cerrtos benefícios, como
a não aplicação de multas e punições, deve ser o maior já realizado no mundo em
termos financeiros, sugeriram as fontes à Reuters, superando o acordo de 2008
no qual a alemã Siemens pagou US$ 1,6 bilhão a autoridades dos Estados Unidos e
da Europa pelo pagamento de propinas para obter contratos com governos.
Mais de 100 políticos antigos e atuais podem ser envolvidos nas delações.
É possível ainda que algumas autoridades que fazem parte do governo Temer sejam
envolvidas nas investigações, garantiram as fontes.
O que chama a atenção é que o acordo deve expor irregularidades na
maioria dos 27 países em que a Odebrecht realizou projetos. A participação
americana nas investigações se deve porque parte do dinheiro utilizado como
propina passou por bancos do país e também porque a empresa atuou em obras nos
Estados Unidos. Essas autoridades checam a possível participação de cidadãos
norte-americanos ou companhias que possam ter cometido crimes junto com a
empreiteira brasileira.
De acordo com as fontes da Reuters, a Suíça e os Estados Unidos
concordaram em apenas cobrar multas dos executivos da Odebrecht e deixar para a
Justiça brasileira decidir sobre eventuais penas de prisão.
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