Conforme
foi o mundo evoluindo, deferentes variáveis foram sendo delineadas. (i) O
enfoque nas tarefas operacionais, depois na (ii) estrutura das organizações, em
seguida (iii) nas pessoas e, finalmente, no (iv) ambiente e na (v) tecnologia,
nos legaram estes cinco componentes básicos que, utilizados de forma isolada ou
conjuntamente, conformam a gestão que empreendemos nas diferentes instituições.
Utilizando
essas cinco variáveis de forma eficaz o gestor consegue conduzir seu
empreendimento rumo às mudanças e transformações necessárias para que a
instituição não perca a identificação com o seu tempo e, de igual modo, não
seja atropelada pela concorrência, pela ineficácia, ou pelas incertezas da
modernidade.
O
gestor de qualquer empreendimento, quando busca a eficácia, se reveste de um
caráter educador. Como seu objetivo é extrair o máximo de produtividade de sua
equipe de subordinados e colaboradores, deve estabelecer uma interlocução em
que ensine e aprenda ao mesmo tempo, trafegando permanentemente numa via de mão
dupla em que o único objetivo é atingir o bem comum. Ao mesmo tempo em que
assume o papel de educador, o gestor - ao transformar as rotinas e as próprias
instituições - maneja a cultura organizacional, abordando um dos componentes
mais caros aos indivíduos e às corporações.
Todavia,
um componente tem sido mantido à margem dos processos institucionais. O
racionalismo, a burocracia, o tecnicismo e o materialismo contemporâneo impõem
às presentes gerações um perfil pasteurizado, pretensamente científico e impessoal.
Neste contexto, tratar dos valores imateriais, intangíveis e do espírito humano
soa como retornar a um tempo distante e ultrapassado. É então de se arguir o
quanto de amor as pessoas conseguem impregnar às suas ações institucionais. Quanto
às relações profissionais, a concorrência selvagem, a busca pelo sucesso a
qualquer preço implica, para quase todos, na supressão de tudo o que represente
sentimento, emoção e afeto, consolidando uma visão tacanha do trabalho. Por isso
é comum, nas repartições, a onipresença de trabalhadores coisificados, tratados
como poste onde o cachorro deita a urina.
Somos
um todo e é este conjunto que atua na vida, nas esferas pessoal, familiar,
profissional e social. Assegurar que é inadequado agregar amor às nossas
realizações institucionais é como imaginar ser possível, ao adentrarmos no
local de trabalho, deixar pendurada num cabideiro, nossa alma. Que serenamente aguardará
o término da jornada para, novamente, como uma casaca engomada, ser vestida por
cada um de nós.
Por
incrível que pareça muitos são os que assim se comportam.
Quando
trabalhamos com carinho conseguimos agregar mais valor às nossas atividades e
realizações.
O
Ministério da Educação tem divulgado estudos que demonstram o quanto nossas
crianças são impactadas negativamente pelo sentimento de rejeição provocado por
colegas e professores. Os estudantes sentem-se ultrajados, desprezados,
expressando esta relação no baixo aproveitamento escolar, na baixa autoestima,
e na vivência familiar e comunitária. Seria possível a manutenção deste trágico
cenário num ambiente permeado de carinho e amor?
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