O mundo evoluiu e não mais consegue se movimentar ao largo de suas organizações. A relação entre as pessoas e as instituições se tornou de tal forma umbilical que ficou impossível uma prescindir da outra.
Do nascimento à
morte, passando por todas as etapas de nossa existência, a do aprendizado
acadêmico, do aprendizado informal, da conformação de nossos conteúdos
imateriais, dos momentos de prazer e entretenimento até a realização no amor e
no exercício profissional, vivemos num permanente processo de simbiose com as
organizações, extraindo delas tanto quanto contribuímos, e vice-versa.
De forma geral,
a administração das organizações tornou-se um imperativo face a necessidade da
sociedade traduzir o esforço do trabalho coletivo em inclusão e bem-estar
social.
No plano
específico da administração educacional
(administração pública e privada sempre terão um viés educacional considerando
que lidam, diuturnamente, com a transformação de pessoas, processos, produtos e
resultados) este universo se reveste de maior importância em consequência do
ensino formal, oferecido nas escolas, ter se tornado o templo – não exclusivo, mas,
sem dúvidas, o referencial - onde se processa o substancial da geração,
reprodução e democratização do conhecimento.
Com todos os
problemas endo e exógenos que os martirizam, nossos locais de trabalho e,
sobretudo, as escolas de formação profissional ainda são exemplos bem-sucedidos
de reprodução do conhecimento acumulado pela humanidade.
O mundo foi
exigindo de suas organizações educacionais e profissionais um compromisso cada
vez maior com as condicionantes do progresso e do desenvolvimento. Hoje, mais
que em qualquer outra época da história - e muito mais o será no futuro - o saber fazer é a mola mestra propulsora
do desenvolvimento pessoal, coletivo e institucional.
Em tempos de
acelerada globalização tudo assume dimensões descomunais numa complexa e
intrincada rede de interdependências e interpenetrações. Cada vez dependemos
mais dos outros – pessoas e instituições.
O mesmo ocorre
em nível de nacionalidades. A aglutinação dos países em grandes blocos
políticos e econômicos está a evidenciar a irreversibilidade da
interdependência cosmopolita.
Neste contexto,
administrar se tornou muito mais que um mero ordenamento de fluxos e rotinas.
Enseja fundamentalmente a disposição de pessoas certas nos lugares certos, a
alocação de pessoas com distintos atributos em diversas escalas hierárquicas de
modo que as diferentes tarefas e atribuições possam ser dotadas de
operacionalidade, não uma funcionalidade inerte e sim uma sustentável.
Impregnar este
processo de racionalidade é a essência da administração.
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