O conceito ESG (sigla em inglês para melhores práticas ambientais,
sociais e de governança) ganha cada vez mais espaço no mundo corporativo.
Ao
mesmo tempo em que as empresas apostam suas fichas nesta questão por pressão
dos investidores, há um déficit de profissionais especializados no segmento. Um
relatório da CFA Institute — associação global que certifica profissionais de
finanças —, de dezembro do ano passado, revelou que, a partir da análise dos
perfis de um milhão de profissionais de investimentos no LinkedIn, concluiu-se
que menos de 1% tinha formação na área. A procura por qualificação vem sendo
observada pelas universidades, e as escolas estão aprimorando seus programas.
Especialista
em ESG, o professor de Finanças e Sustentabilidade do Coppead/UFRJ, Celso
Funcia Lemme, acompanha os programas de outras instituições — como o Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa e a Fundação Getulio Vargas de São Paulo
(FGV-SP) — e considera que são bem estruturados e organizados em módulos para
cobrir os pontos principais da agenda ambiental, social e de governança,
seguindo regras internacionais. Neste sentido, o Coppead tem parceria Global Reporting
Initiative (GRI), o padrão internacional mais usado por empresas para gerar
relatórios de sustentabilidade.
—
Não há, em geral, pré-requisito para fazer esses cursos. Há muitas alunos que
estão buscando os cursos para se reposicionarem profissionalmente. São
profissionais de áreas diferentes, que buscam uma formação em sustentabilidade.
Outros já vêm de boa experiência na área, buscando consolidar o conhecimento
—explica Lemme.
Priscila
Claro, professora associada e coordenadora de Responsabilidade Social e
Extensão do Insper, observa que a procura por capacitação em ESG vem crescendo. Boa parte da demanda foi por programas abertos de curta
duração, mas também houve procura por formações mais longas. Isso também foi verificado
nos cursos de educação executiva customizados para empresas. A escola já lançou a pós-graduação em Sustentabilidade e
Negócios, que trará a visão de ESG tanto sob a ótica de investimentos quanto
sob a ótica de estratégia.
—O
grande desafio em relação à formação para a sustentabilidade é não separar nas
caixinhas o “E”, o “S” e o “G”. Todos os problemas relacionados a
desenvolvimento sustentável são complexos e, se tentarmos resolvê-los com uma
visão linear e segmentada da realidade, as soluções não serão efetivas. É
necessário ter uma visão sistêmica.
Rafael
Basseres Zarvos, de 45 anos, fundador da Oceano Gestão de Resíduos, fez o curso
on-line do IAG PUC-Rio por sentir necessidade de ter mais conhecimento sobre o
mercado financeiro, a partir da letra “G”, de governança, com a qual tinha
pouca familiaridade até então.
—
Por ter uma empresa de gestão e trabalhar com questões relacionadas à
sustentabilidade, pois integro o coletivo Lixo Zero do Rio de Janeiro, as áreas
social e ambiental fazem parte do meu dia a dia. O curso funcionou para
complementar meu conhecimento.
Tema tem mobilizado as
empresas
A
agenda ESG está latente desde 2020, quando houve uma grande movimentação de
investidores internacionais preocupados com o assunto. De acordo com Celso
Funcia Lemme, professor do Coppead/UFRJ, relatórios importantes divulgados no
World Economic Forum, em Davos, na Suíça, serviram como gatilhos, despertando o
interesse sobre a questão:
—Na
conferência de 2020, saiu uma carta muito forte da BlackRock, maior gestora de
investimentos do mundo, que expôs de maneira clara que suas políticas de
investimentos iriam requerer conexões ambientais, sociais e de governança. Esse
movimento foi seguido por grandes instituições financeiras no mundo inteiro,
provocando uma reação em cadeia.
Renata
Brito, coordenadora do MBA de ESG Management do IAG - Escola de Negócios da
PUC-Rio, aposta que haverá mais movimentação nos próximos anos:
—O
tema continuará a chamar a atenção do mercado e dos bancos. Isso quer dizer que
as instituições vão categorizar carteiras e portfólios, levantando
principalmente os pontos de risco na visão ambiental, social e de governança.
A
COP26, reunião do clima realizada na Escócia voltou os
olhos do mundo para questões relacionadas ao meio ambiente, mas o interesse
pelo assunto já vinha ganhando força nos últimos dois anos.
—Talvez
a COP26 tenha reforçado o interesse pelo tema, chamando a atenção para sua
urgência. Então, podemos dizer que o interesse pela COP26 foi muito forte,
fazendo parte desse grande movimento —conclui Lemme.
O Globo (com adaptações)
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