“(...) Em março, a Ericsson inaugurou em
São José dos Campos, 90 km distante de São Paulo, uma fábrica para 5G. É uma
das quatro unidades produtivas do grupo no mundo - as outras estão no Estados
Unidos, na China e Estônia. Segundo Dienstmann, a instalação paulista foi
expandida de 4G para 5G. (...)”
O novo presidente da
Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, assumiu o cargo
no dia 2 de agosto com uma meta específica: capturar oportunidades de 5G no
Brasil e nos demais países da América Latina, e ajudar os clientes da
fabricante sueca a monetizar a nova geração de serviços móveis.
Dienstmann afirma que já assinou contrato com duas das três grandes operadoras
que são atuais clientes de 4G (Vivo, da Telefônica Brasil; TIM e Claro) e que a
fábrica da Ericsson no Brasil está literalmente com os equipamentos 5G
encaixotados e prontos para serem enviados às teles. Só falta a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizar o leilão das faixas de
radiofrequência, previsto para outubro, para que as operadoras comprem as
licenças de uso do espectro.
Aos 52 anos de idade, Dienstmann já trabalhou em várias operadoras de
telecomunicações no Brasil - desde a antiga Intelig, depois comprada pela TIM,
à GVT, vendida para a Telefônica, e Oi. Passou também pela operadora de
satélite Iridium e comandou a Cisco Brasil até o fim de 2015.
De volta ao setor de telecomunicações, o executivo se prepara para competir em
um novo cenário, com bilhões de 'coisas' conectadas (loT, em inglês), cidades
inteligentes, carros autônomos, tudo trafegando ultrarrápido por redes móveis e
fibras ópticas. O fato de ter conhecido as operadoras 'por dentro' o ajuda a
entender o que essas empresas querem, o que ele considera uma vantagem para
enfrentar os próximos desafios.
'Comecei em chão de fábrica, como técnico de eletrônica, depois fui para
startups. Antes, as redes eram 'dumb pipes' [simples, com pouca largura de
banda). Agora, as redes neutras me atraem bastante', diz Dienstmann,
referindo-se à estratégia atual de negócios em que a infraestrutura é separada
dos serviços de uma operadora e compartilhada pelos interessados no mercado.
Oi, Vivo e TIM já anunciaram suas redes neutras.
O antecessor de Dienstmann, Eduardo Ricotta, deixou a Ericsson em abril, depois
de 27 anos no grupo, para comandar a empresa de energia Vestas na América
Latina. 'Encontrei a empresa super focada [. . . ], líder em 5G em quantidade
de patentes, 94 redes 5G comerciais em4s países e 144 contratos', diz o novo
titular para o ConeSul.
Em março, a Ericsson inaugurou em São José dos Campos, 90 km distante de São
Paulo, uma fábrica para 5G. É uma das quatro unidades produtivas do grupo no
mundo - as outras estão no Estados Unidos, na China e Estônia. Segundo
Dienstmann, a instalação paulista foi expandida de 4G para 5G.
Trata-se de uma fábrica de alta complexidade. Em 2019, 0 grupo anunciou a
destinação de R$1 bilhão à unidade, de 2020 a 2025. A fabricante sueca não quer
perder a corrida de 5G e mede forças coma finlandesa Nokia e a chinesa Huawei,
que também têm fábricas no Estado de São Paulo.
A receita com vendas da Ericsson atingiram 104, 7 bilhões de coroas suecas (US$
12, 14 bilhões pela cotação de ontem) de janeiro a junho de 2021. A companhia
não informa resultados por país, mas o relatório cita alta de 5% em base anual
na América Latina. A unidade paulista exporta 40% de sua produção para países
da América do Sul, Europa e EUA.
A Ericsson firmou contrato anteriormente com a Entel, do Chile, para fornecer
5G. O leilão do país vizinho este ano teve lances vitoriosos da WOM
(antiga Nextel); Movistar (Telefónica) e Entel. A primeira rede 5G na região
foi instalada no Uruguai pela estatal Antel, tendo a Nokia como fornecedora.
Quanto ao processo para realização do leilão no Brasil, Dienstmann
opina que o Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou a minuta
do edital na semana passada, 'fez algumas calibragens técnicas e outras de
mérito, sobre onde investir', que foram positivas. Para ele, a antecipação de
lançar 5G nas capitais não interfere com as TVROS (parabólicas), não deve
alterar o que as teles defendem para o leilão e 'não muda em nada' o
projeto de demanda da Ericsson.
As teles já oferecem no Brasil a tecnologia 5G DSS, que contém algumas
funcionalidades da nova geração, com fornecimento da sueca para todas elas.
Dienstmann destaca que a 5G 'pura' tem grande sinergia com as redes já
instaladas, como por exemplo, no core, na fibra, na infraestrutura por trás da
tecnologia e o rádio é o mesmo.
A fabricante sueca tem recebido também demanda dos pequenos provedores de
internet que pesquisam casos de uso de 5G. Eles querem saber sobre
investimentos para modelagem do negócio.
Questionado se esse perfil de cliente interessa à Ericsson, o executivo
responde que sim, mas isso também depende do apetite dos provedores para
investir. 'Se [o investimento] for muito pequeno, fica inviável para eles e
para nós', diz, acrescentando que a companhia tem uma área que cuida dos
clientes emergentes. 'E 5G vai trazer número e natureza de clientes diferentes,
muitos ainda na fase do Excel para fazer o business plan' É um esforço
diferente daquele que colocamos nos clientes atuais. '
Por Tvone Santana, no Valor Econômico
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