O Estado norte-americano da Califórnia precisa eliminar ou diminuir
consideravelmente o consumo de petróleo extraído da floresta amazônica para
proteger um ecossistema vital para se conter os efeitos da mudança climática,
disseram dois grupos de ativistas em um relatório nesta quinta-feira.
Dados
de importação da Agência de Informações de Energia dos Estados Unidos e de
manifestos de carga ajudaram a Stand.earth e a Amazon Watch a concluírem que
50% do petróleo produzido na Amazônia vai para a Califórnia.
Cerca
de um de cada nove galões de gasolina, diesel e combustível de aviação que
abastecem veículos e aviões na Califórnia estão ligados à floresta tropical.
"Refinarias,
negócios e consumidores da Califórnia estão desempenhando um papel
desproporcional no consumo de petróleo de uma das regiões mais
biodiversificadas da bacia do rio Amazonas", disseram os grupos no
relatório conjunto.
Cientistas
dizem que proteger a Amazônia é essencial para conter a mudança climática por
causa da quantidade vasta de gases de efeito estufa que a floresta absorve.
No
Equador, que o relatório diz ser a fonte de 89% do petróleo proveniente da
Amazônia, a perda de floresta primária em 2020 disparou para 19.101 hectares, o
nível mais elevado desde 2002, de acordo com o programa Maap da Amazon
Conservation baseado em dados da Universidade de Maryland.
Alexandra Valencia, Sharon
Bernstein e Oliver Griffin, Reuters
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