As últimas pesquisas efetuadas pelo MEC - e por organismos internacionais - registram a mediocridade em que se encontra o sistema de ensino brasileiro no que se refere à qualidade.
Em torno de 50% dos alunos brasileiros, situados na faixa etária dos 15
anos, estão no chamado nível 1 de alfabetização, indicador estabelecido pela
Unesco para classificar a performance dos estudantes. Neste patamar estão
aqueles que mal conseguem efetuar leitura e interpretação de textos. Em um dos levantamentos,
41 países pesquisados, o Brasil ficou na 37ª posição, à frente apenas de quatro
países. No continente americano deixamos para trás apenas o Peru.
Os indicadores desnudam uma situação por demais grave. Estão a enfatizar
que metade dos alunos brasileiros com bom aproveitamento acadêmico, que desde
sempre estiveram na escola, não dominam a língua pátria e são incapazes de
extrair dos textos seus reais significados. Passam cerca de dez anos na escola
regular sem quase nada aprender. É uma pantomina em que todos se enganam
mutuamente: o estado presta contas divulgando inaugurações de novas e mais ‘modernas’
escolas, os pais contentam-se com um ‘lugar’ onde possam deixar os filhos –
qualquer um, desde que fora da violência das ruas – e os alunos acomodam-se na
ignorância, que não exige esforço, estudos e trabalhos. E o país amplia a
distância que o separa dos países desenvolvidos.
Para construir uma nova realidade para a educação urge entender o caos
em que o país está mergulhado. É o primeiro passo, identificar com precisão os problemas
para que se tenha condições de encará-los de frente, estabelecendo políticas,
diretrizes e estratégias que os conformem aos nossos objetivos e metas.
Perceberemos, então, que para criarmos um país desenvolvido em que as
oportunidades e a justiça sejam patrimônio de todos será necessário muito mais
do que tem sido realizado.
As edificações destinadas ao ensino carecem de reformas, adequações e -
principalmente - um novo conceito. Estes espaços devem ser reconcebidos. As
salas de aula convencionais não mais respondem às necessidades contemporâneas.
O espaço em que interagem professor e aluno deve se ampliar para todo o espaço
de convivência comunitária. As ruas, praças, demais logradouros e equipamentos
públicos devem ser extensões de nossas salas de aula. Todo o ambiente que nos
envolve deve ser utilizado como salas de aula, laboratórios de pesquisas e
oficinas de aprendizagem. A realidade é que a escola sempre funcionou como uma
instituição externa à sociedade. Literalmente isolada. Sobretudo neste momento
em que a violência urbana as têm obrigado a se ‘protegerem’ e, então,
aprisionam-se erguendo em seu entorno muralhas de concreto, cercas elétricas,
sistemas de monitoramento eletrônico, vigilância 24 horas e cães de guarda.
De igual modo os conteúdos ministrados estão defasados, inadequados. Os assuntos são tratados e abordados de forma cartesiana e mecânica, de modo que não exercem fascínio, não exercem encanto sobre os alunos. Agrava o quadro o sistema adotado de remuneração dos professores: baixos salários que retiram de um dos principais atores deste processo o estímulo. Mais grave: afeta de maneira irremediável a alto estima dos educadores. E mais grave ainda, afasta os melhores profissionais da profissão.
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7) O maior dramaturgo da literatura universal: Shakespeare – Medida por medida
8) Amor de elefante
9) Santa Dica de Goiás
10) Gravata Vermelha
11) Prestes e Lampião
12) Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski
13) Amor e ódio
14) O juiz, a comédia
15) Planejamento estratégico Quasar K+
16) Tiradentes, o mazombo – 20 contos dramáticos
17) As 100 mais belas fábulas da humanidade
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